A coesão é de extrema importância para a coerência global de um texto. Dependendo do gênero, problemas coesivos geram vícios de linguagem que prejudicam a compreensão da mensagem a ser passada ao receptor/interlocutor, criando um texto confuso e, às vezes, ambíguo.
Um vício de linguagem comum que costuma ser facilmente resolvido com o uso de procedimentos de coesão referencial é a repetição. Um texto que reitera demasiadamente um mesmo termo torna a leitura enfadonha e faz com que o leitor desista de prosseguir com a leitura. Por outro lado, quando utilizada de forma consciente ou proposital, pode ter um efeito diferenciado no texto literário.
Considerando o texto apresentado, analise o uso da repetição do termo "madeira" no texto, explicando se ela foi ou não proposital e quais são os efeitos provocados pela reiteração do vocábulo.
Um vício de linguagem comum que costuma ser facilmente resolvido com o uso de procedimentos de coesão referencial é a repetição. Um texto que reitera demasiadamente um mesmo termo torna a leitura enfadonha e faz com que o leitor desista de prosseguir com a leitura. Por outro lado, quando utilizada de forma consciente ou proposital, pode ter um efeito diferenciado no texto literário.
Considerando o texto apresentado, analise o uso da repetição do termo "madeira" no texto, explicando se ela foi ou não proposital e quais são os efeitos provocados pela reiteração do vocábulo.
Lista de comentários
Resposta: A repetição nem sempre configura um vício de linguagem. Ela pode também ser usada para conferir ênfase ou, ainda, ter natureza estilística, como é o caso do texto de Millôr Fernandes. O autor repete demasiadamente a palavra madeira com o fim que enfatizar o uso do material em tudo que o rodeia. Com isso, o seu texto tem um tom irônico e satírico, uma vez que se utiliza de produtos fabricados com madeira para escrever um artigo sobre o desmatamento.
A ironia permite ao leitor refletir sobre a hipocrisia de se defender algo sem antes aplicar o que se defende em sua própria vida. Também permite inferir que, às vezes, certas práticas e costumes estão tão enraizados em nossa sociedade, como o uso de produtos manufaturados da madeira, que sequer nos damos conta disso.
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