Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Com base no famoso poema de Camões, analise as afirmativas a seguir:
I. A sua construção de sentido passa por um jogo de figuras de linguagem antitéticas. II. O eu-lírico vale-se da ironia para definir o amor e suas potenciais vicissitudes. III. O uso de grandes imagens e comparações são traços característicos da poesia de Camões. IV. O poema define o amor como algo impossível, impalpável e um vício que deve ser ignorado.
É correto o que se afirma em: Alternativas Alternativa 1: I, apenas.
A afirmativa I está correta. O poema utiliza uma série de figuras de linguagem antitéticas, como “contentamento descontente”, “não querer mais que bem querer”, “ganha em se perder”, entre outras. Essas antíteses contribuem para a construção do sentido poético e expressam a dualidade e a incompreensão do sentimento amoroso12.
A afirmativa II está incorreta. O poema não usa a ironia para definir o amor, mas sim a antítese. A ironia é uma figura de linguagem que consiste em sugerir o contrário do que se afirma, geralmente com intenção crítica ou humorística3. O poeta não está sendo irônico, mas sim sincero e angustiado ao expor as contradições do amor.
A afirmativa III está incorreta. O poema não usa grandes imagens e comparações, mas sim conceitos abstratos e opostos. As imagens e comparações são recursos que consistem em estabelecer relações entre elementos concretos ou sensoriais para criar uma impressão ou uma ideia4. O poeta não recorre a esses recursos, mas sim a termos que expressam sentimentos e sensações contraditórias.
A afirmativa IV está incorreta. O poema não define o amor como algo impossível, impalpável e um vício que deve ser ignorado, mas sim como algo real, palpável e irresistível. O poeta não nega o amor, mas sim questiona como ele pode causar amizade nos corações humanos se ele é tão contrário a si mesmo.
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Resposta:
Alternativa 1: I, apenas.
Explicação:
A afirmativa I está correta. O poema utiliza uma série de figuras de linguagem antitéticas, como “contentamento descontente”, “não querer mais que bem querer”, “ganha em se perder”, entre outras. Essas antíteses contribuem para a construção do sentido poético e expressam a dualidade e a incompreensão do sentimento amoroso12.
A afirmativa II está incorreta. O poema não usa a ironia para definir o amor, mas sim a antítese. A ironia é uma figura de linguagem que consiste em sugerir o contrário do que se afirma, geralmente com intenção crítica ou humorística3. O poeta não está sendo irônico, mas sim sincero e angustiado ao expor as contradições do amor.
A afirmativa III está incorreta. O poema não usa grandes imagens e comparações, mas sim conceitos abstratos e opostos. As imagens e comparações são recursos que consistem em estabelecer relações entre elementos concretos ou sensoriais para criar uma impressão ou uma ideia4. O poeta não recorre a esses recursos, mas sim a termos que expressam sentimentos e sensações contraditórias.
A afirmativa IV está incorreta. O poema não define o amor como algo impossível, impalpável e um vício que deve ser ignorado, mas sim como algo real, palpável e irresistível. O poeta não nega o amor, mas sim questiona como ele pode causar amizade nos corações humanos se ele é tão contrário a si mesmo.
FONTE: Bing GPT4