De minha pátria os muros eu mirava, feitos outrora, e então desmoronados; da carreira do tempo já cansados, da qual sua bravura caducava.
Saí ao campo, e vi que o sol tragava os arroios do gelo desatados; e pelos montes a queixar-se os gados, pois com sombras ao dia a luz furtava.
Entrei em casa, vi que, amarfanhada, era os despojos de um antigo lar, meu báculo mais curvo e menos forte;
vencida pela idade a minha espada, e não encontrou coisa o meu olhar que lembrança não fosse já da morte Com base no poema, analise as afirmativas a seguir:
I. O poema faz um grande jogo sonoro e semântico com as palavras ”mirava”, “cansados” e “gados”, formalizando o cultismo. II. O poema apresenta uma profunda reflexão sobre a vida e existência do eu-lírico. III. Há uma forte presença do conceptismo no poema, uma vez que ele desenvolve-se em uma jogo conceitual e temático. IV. O eu-lírico deseja a morte ao compreender que seu país foi inteiramente devastado pela guerra.
É correto o que se afirma em: Alternativas Alternativa 1: I, apenas.
O conceptismo significa “jogo de ideias”. Também é chamado de Quevedismo, pois foi inspirado na poesia do poeta espanhol Francisco de Quevedo (1580-1645). Portanto, a alternativa I é incorreta e a alternativa III é correta. II. O poema realmente apresenta uma reflexão profunda sobre a vida e a existência do eu-lírico. O autor expressa observações sobre a passagem do tempo, a decadência da juventude e a inevitabilidade da morte. Portanto, essa afirmativa também é correta. IV. O eu-lírico não expressa explicitamente o desejo pela morte. Ele reconhece a decadência e a morte como aspectos inevitáveis da vida, mas não está desejando ativamente a morte. Portanto, essa afirmativa não é correta.
A resposta correta sobre o soneto do poeta Francisco de Quevedo é é a alternativa 3
Soneto de Francisco de Quevedo
I- O poema faz um jogo sonoro e semântico não apenas com as palavras
"mirava", "cansados" e "gados".
III- O poema não deixa claro que o eu-lírico deseja a morte; ele está refletindo sobre a passagem do tempo, a decadência e a morte como uma realidade inevitável, mas não explicitamente desejando-a.
No poema, o eu lírico expressa uma sensação de nostalgia ao observar os muros de sua pátria, que um dia foram grandiosos, mas agora estão em ruínas. Esses muros representam o passado glorioso e a bravura de sua nação, que gradualmente perdeu sua força e vitalidade ao longo do tempo.
Ao sair para o campo, o eu lírico testemunha o derretimento do gelo sob o sol, simbolizando a efemeridade das coisas e a transitoriedade da vida. Os gados nos montes queixando-se e a luz do dia sendo roubada pelas sombras reforçam essa ideia de um mundo em constante mudança e deterioração.
Veja mais sobre soneto em: https://brainly.com.br/tarefa/596512
Lista de comentários
Resposta:
Alternativa 3: II e III, apenas.
Explicação:
O conceptismo significa “jogo de ideias”. Também é chamado de Quevedismo, pois foi inspirado na poesia do poeta espanhol Francisco de Quevedo (1580-1645). Portanto, a alternativa I é incorreta e a alternativa III é correta.
II. O poema realmente apresenta uma reflexão profunda sobre a vida e a existência do eu-lírico. O autor expressa observações sobre a passagem do tempo, a decadência da juventude e a inevitabilidade da morte. Portanto, essa afirmativa também é correta.
IV. O eu-lírico não expressa explicitamente o desejo pela morte. Ele reconhece a decadência e a morte como aspectos inevitáveis da vida, mas não está desejando ativamente a morte. Portanto, essa afirmativa não é correta.
A resposta correta sobre o soneto do poeta Francisco de Quevedo é é a alternativa 3
Soneto de Francisco de Quevedo
I- O poema faz um jogo sonoro e semântico não apenas com as palavras
"mirava", "cansados" e "gados".
III- O poema não deixa claro que o eu-lírico deseja a morte; ele está refletindo sobre a passagem do tempo, a decadência e a morte como uma realidade inevitável, mas não explicitamente desejando-a.
No poema, o eu lírico expressa uma sensação de nostalgia ao observar os muros de sua pátria, que um dia foram grandiosos, mas agora estão em ruínas. Esses muros representam o passado glorioso e a bravura de sua nação, que gradualmente perdeu sua força e vitalidade ao longo do tempo.
Ao sair para o campo, o eu lírico testemunha o derretimento do gelo sob o sol, simbolizando a efemeridade das coisas e a transitoriedade da vida. Os gados nos montes queixando-se e a luz do dia sendo roubada pelas sombras reforçam essa ideia de um mundo em constante mudança e deterioração.
Veja mais sobre soneto em: https://brainly.com.br/tarefa/596512
#SPJ2