Leia o trecho da crônica de Luis Fernando Veríssimo:
Entreouvida na rua: “O que isso tem a ver com o meu café com leite?” Não sei se é uma frase feita comum que só eu não conhecia ou se estava sendo inventada na hora, mas gostei. Tudo, no fim, se resume no que tem e não tem a ver com o nosso café com leite, no que afeta ou não afeta diretamente nossas vidas e nossos hábitos. É uma questão que envolve mais do que a vizinhança próxima. Outro dia ficamos sabendo que o Stephen Hawking voltou atrás na sua teoria sobre os buracos negros, aqueles furos no Universo em que a matéria desaparece. Nem eu nem você entendíamos a teoria, e agora somos obrigados a rever nossa ignorância: os buracos negros não eram nada daquilo que a gente não sabia que eram, são outra coisa que a gente nunca vai entender. Nosso consolo é que nada disto tem a ver com nosso café com leite. Os buracos negros e o nosso café com leite são, mesmo, extremos opostos, a extrema angústia do desconhecido e o extremo conforto do familiar. Não cabem na mesma mesa ou no mesmo cérebro. (VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro e o que nós temos a ver com isso. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.)
Se o tipo de conhecimento produzido por Stephen Hawking é conhecimento científico, que tipo de conhecimento tem a ver, segundo Veríssimo, “com o meu café com leite?”
Escolha uma: a. Conhecimento filosófico b. Conhecimento artístico c. Conhecimento culinário d. Conhecimento popular ou senso comum
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tatippz
Letra D) Conhecimento popular ou senso comum. - Confirmado.
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