Leia o trecho da crônica de Luis Fernando Veríssimo:

Entreouvida na rua: “O que isso tem a ver com o meu café com leite?” Não sei se é uma frase feita comum que só eu não conhecia ou se estava sendo inventada na hora, mas gostei. Tudo, no fim, se resume no que tem e não tem a ver com o nosso café com leite, no que afeta ou não afeta diretamente nossas vidas e nossos hábitos. É uma questão que envolve mais do que a vizinhança próxima. Outro dia ficamos sabendo que o Stephen Hawking voltou atrás na sua teoria sobre os buracos negros, aqueles furos no Universo em que a matéria desaparece. Nem eu nem você entendíamos a teoria, e agora somos obrigados a rever nossa ignorância: os buracos negros não eram nada daquilo que a gente não sabia que eram, são outra coisa que a gente nunca vai entender. Nosso consolo é que nada disto tem a ver com nosso café com leite. Os buracos negros e o nosso café com leite são, mesmo, extremos opostos, a extrema angústia do desconhecido e o extremo conforto do familiar. Não cabem na mesma mesa ou no mesmo cérebro.
(VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro e o que nós temos a ver com isso. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.)

Se o tipo de conhecimento produzido por Stephen Hawking é conhecimento científico, que tipo de conhecimento tem a ver, segundo Veríssimo, “com o meu café com leite?”

Escolha uma:
a. Conhecimento filosófico
b. Conhecimento artístico
c. Conhecimento culinário
d. Conhecimento popular ou senso comum
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Com o objetivo de tornar prática essa reflexão convido vocês a buscar em suas lembranças esses valores culturais envoltos na mestiçagem, que se adensam aos princípios da globalização junto à complexidade, a partir das receitas culinárias. Gostaria que pensasse e trouxesse de suas lembranças, quer como estudante ou como docente, experiências práticas que teve no ambiente escolar em torno de receitas culinárias, e que essas vivências tenham contribuido para o seu conhecimento em torno da geografia e da história. Você também pode apresentar propostas que possam ser desenvolvidas nas práticas escolares, em torno desses receitas, contanto que a atividade criada oportunize enunciar alguns princípios da história e da geografia. Para tanto podemos pensar nos seguintes aspectos em relação às receitas culinárias: -quanto à memória dos indivíduos; - quanto à relação da espacialidade geográfica em que as receitas são criadas e produzidas; -quanto aos objetos onde as receitas são impressas ou expressas (história oral) e como são ali expostas (caligrafia, imagens, etc). -quanto aos valores imateriais que não estão explícitos nas receitas, como o modo de fazê-las (e que indicam os perfis da história e da geografia de uma região). -quanto às relações sociais que se dão quando se troca uma receita. - quanto às mudanças de ingredientes e adaptações para o modo de preparo- pensando em atender uma respectiva região e suas necessidades-sociais ou pessoais. -quanto à posse dos indivíduos e seus hábitos alimentares – pensando também nas necessidades físicas ou até mesmo relacionadas à tecnologia disponível na época e no lugar do preparo das receitas. Agora pense e nos relate. Se sua história for real conte-a em detalhes para que possamos assim, além de construir um arquivo com as práticas pedagógicas que possam ser aplicadas visando este tema, também possamos estruturar um lindo e rico arquivo a partir das micro histórias de vocês.
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