Na prática do psicodiagnóstico, a consulta psicológica exige do psicólogo conhecimento teórico e ética profissional. Cada paciente corresponde a uma história que chega ao consultório, e, mesmo que o contato seja breve, como ocorre no psicodiagnóstico, o psicólogo clínico deve se mostrar atento ao que vai ser relatado.
Para o psicodiagnóstico, é importante informar ao paciente sobre a condição apontada depois da condução das entrevistas e da aplicação dos testes e das técnicas diagnósticas utilizadas pelo psicólogo. Com essas informações gerais em mente, imagine a seguinte situação:
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Informar ao paciente — e, no caso de atendimento com crianças e adolescentes, aos pais do paciente — o diagnóstico não é uma tarefa fácil, pois o psicólogo lida com as expectativas dos envolvidos e a orientação sobre os impactos na vida do paciente. Considerando o caso citado, como os resultados da queixa que levou Marcelo ao psicólogo poderiam ser informados?
Ao informar o paciente ou responsável pelo paciente sobre os resultados do psicodiagnóstico, é importante que o psicólogo seja claro, objetivo e empático. No caso citado, é preciso levar em consideração que Marcelo apresentou uma queixa de ansiedade e dificuldades escolares, que foram avaliadas durante as sessões de entrevistas e aplicação de testes psicológicos.
O psicólogo pode, por exemplo, iniciar a conversa destacando que entende que a situação pode ser difícil, mas que é importante compartilhar com o paciente a avaliação realizada. Em seguida, o profissional pode apresentar os resultados obtidos, com uma linguagem acessível e sem jargões técnicos, de modo que o paciente e/ou seus responsáveis possam compreender a informação.
No caso em questão, o psicólogo poderia informar que foi identificada a presença de sintomas de ansiedade e um prejuízo no desempenho escolar, e que esses dados indicam a necessidade de um acompanhamento e de uma intervenção psicológica. Nesse momento, o psicólogo pode esclarecer sobre o tratamento, seus objetivos e possíveis resultados, sempre priorizando o acolhimento do paciente e/ou dos responsáveis para que se sintam seguros e amparados.
O psicólogo deve comunicar a Marcelo e seus pais o resultado do teste. Para isso, é importante que ele agende uma consulta psicológica para a entrevista devolutiva. Os pais e o menino serão chamados ao consultório para que informações, esclarecimentos e orientações sobre encaminhamento sejam transmitidas.
Na consulta da entrevista devolutiva, o psicólogo deve informar o diagnóstico aos pais, de maneira clara, objetiva e empática, observando a necessidade de estabelecer um rapport e um vínculo. O psicólogo pode, junto aos pais, abordar os tópicos referentes ao caso e retomar os motivos da busca pela avaliação. As preocupações e impressões sobre o processo de avaliação podem ser discutidas. O psicólogo então pode expor as suas impressões como avaliador e os resultados do processo propriamente dito, fornecendo uma explicação breve e acessível sobre o diagnóstico, identificando as dificuldades e as potencialidades que a criança apresenta.
Ao final, é importante que o psicólogo abra um espaço para esclarecimentos de dúvidas, preocupações e sentimentos dos pais. Com o encaminhamento, eles podem conversar sobre a colaboração conjunta para a elaboração de um plano terapêutico, considerando as indicações terapêuticas sugeridas pelo profissional. Caso o profissional veja necessidade, é possível ainda explicar aos pais sobre a importância de que eles mesmos passem por um tratamento psicológico e os benefícios que isso pode trazer para eles mesmos e para as relações familiares, para lidar com todos os sentimentos que o diagnóstico pode trazer à tona.
Sobre o laudo para a escola, o psicólogo deve ter em mente que as informações devem se referir exclusivamente à queixa escolar que foi trazida inicialmente, sem entrar em detalhes sobre questões que extrapolem essa esfera, a fim de proteger o sigilo do paciente.
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Resposta:
Ao informar o paciente ou responsável pelo paciente sobre os resultados do psicodiagnóstico, é importante que o psicólogo seja claro, objetivo e empático. No caso citado, é preciso levar em consideração que Marcelo apresentou uma queixa de ansiedade e dificuldades escolares, que foram avaliadas durante as sessões de entrevistas e aplicação de testes psicológicos.
O psicólogo pode, por exemplo, iniciar a conversa destacando que entende que a situação pode ser difícil, mas que é importante compartilhar com o paciente a avaliação realizada. Em seguida, o profissional pode apresentar os resultados obtidos, com uma linguagem acessível e sem jargões técnicos, de modo que o paciente e/ou seus responsáveis possam compreender a informação.
No caso em questão, o psicólogo poderia informar que foi identificada a presença de sintomas de ansiedade e um prejuízo no desempenho escolar, e que esses dados indicam a necessidade de um acompanhamento e de uma intervenção psicológica. Nesse momento, o psicólogo pode esclarecer sobre o tratamento, seus objetivos e possíveis resultados, sempre priorizando o acolhimento do paciente e/ou dos responsáveis para que se sintam seguros e amparados.
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O psicólogo deve comunicar a Marcelo e seus pais o resultado do teste. Para isso, é importante que ele agende uma consulta psicológica para a entrevista devolutiva. Os pais e o menino serão chamados ao consultório para que informações, esclarecimentos e orientações sobre encaminhamento sejam transmitidas.
Na consulta da entrevista devolutiva, o psicólogo deve informar o diagnóstico aos pais, de maneira clara, objetiva e empática, observando a necessidade de estabelecer um rapport e um vínculo. O psicólogo pode, junto aos pais, abordar os tópicos referentes ao caso e retomar os motivos da busca pela avaliação. As preocupações e impressões sobre o processo de avaliação podem ser discutidas. O psicólogo então pode expor as suas impressões como avaliador e os resultados do processo propriamente dito, fornecendo uma explicação breve e acessível sobre o diagnóstico, identificando as dificuldades e as potencialidades que a criança apresenta.
Ao final, é importante que o psicólogo abra um espaço para esclarecimentos de dúvidas, preocupações e sentimentos dos pais. Com o encaminhamento, eles podem conversar sobre a colaboração conjunta para a elaboração de um plano terapêutico, considerando as indicações terapêuticas sugeridas pelo profissional. Caso o profissional veja necessidade, é possível ainda explicar aos pais sobre a importância de que eles mesmos passem por um tratamento psicológico e os benefícios que isso pode trazer para eles mesmos e para as relações familiares, para lidar com todos os sentimentos que o diagnóstico pode trazer à tona.
Sobre o laudo para a escola, o psicólogo deve ter em mente que as informações devem se referir exclusivamente à queixa escolar que foi trazida inicialmente, sem entrar em detalhes sobre questões que extrapolem essa esfera, a fim de proteger o sigilo do paciente.