O enfermeiro assume um papel fundamental na produção do cuidado e na educação em saúde. Promover a qualidade de vida, a autonomia do sujeito e o autocuidado apoiado faz parte de sua relação com o cuidado do idoso, uma vez que, com o avançar da idade, algumas perdas são consideradas como esperadas e devem ser alvo de atenção da equipe de saúde. É fundamental que o profissional amplie seu olhar, tanto em relação à consulta de enfermagem quanto em relação ao papel do enfermeiro no direcionamento e no acompanhamento dos casos de idosos com alterações cognitivas. Para isso, é de suma importância considerar o conhecimento teórico-prático, bem como a humanização do cuidado. Descrição da imagem não disponível Neste desafio, considerando os dados da consulta:
a) Identifique quais sinais e sintomas mais chamaram a atenção do enfermeiro para a suspeita de alteração cognitiva e o que a nota do MEEM representa.
b) Considerando a paciente em questão, cite as causas reversíveis que devem ser investigadas, pelo enfermeiro e ​​​​​​​pela equipe, que podem estar associadas ao quadro de demência.

PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO

a) No caso de J.C.F., a suspeita de alteração cognitiva se dá principalmente pelos episódios de se perder, pela afasia e pelo início de sintomas sem precisão e de período longo (maior do que 6 meses), características que, além de indicarem uma possível demência, afastam a hipótese de depressão. A nota 21 no MEEM indica uma alteração leve, servindo de alerta para a possibilidade de diagnóstico de demência.

b) No caso de J.C.F., a idosa apresenta as seguintes possibilidades de causas reversíveis: o uso de medicamentos, cabendo ao médico e farmacêutico avaliarem se alguma medicação de uso contínuo pode estar influindo na alteração cognitiva, no apetite e na fadiga; ​​​​​​​e as alterações de alguns meses no padrão de alimentação, que podem estar acarretando as alterações cognitivas observadas e relatadas, cabendo orientar a família para ajustes no padrão alimentar e na oferta de alimentos à idosa. Dessa forma, é fundamental fazer a investigação completa para a escolha do melhor tratamento e, havendo possibilidade, a reversão do quadro, contando com o apoio da própria idosa, dos cuidadores e da família.
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O enfermeiro atua na promoção e na reabilitação da saúde de indivíduos e de uma coletividade, além de auxiliar na prevenção de doenças e de agravos relacionados, inclusive, à saúde mental. A infância e a adolescência são fases importantes na vida do indivíduo, pois vários acontecimentos e comportamentos surgidos nessa idade podem refletir na fase adulta. O uso de substâncias psicoativas, por exemplo, pode causar o transtorno mental da dependência química no futuro. Nesta situação, você trabalha em um posto de saúde e se depara com o caso de um adolescente de 14 anos. Os dados desse caso são apresentados a seguir. ​​​​​​​​​​​​​​Neste Desafio, você é o colega com quem a enfermeira Ana conversou. a) Diante do caso, aponte os fatores de risco ou de vulnerabilidades para a ocorrência de transtornos mentais. b) Você, enfermeiro, pode atuar no caso? c) Cite e justifique quais estratégias e/ou ferramentas você pode utilizar nesse tipo de situação. Padrão de resposta esperado a) Conflitos familiares, baixa renda e problemas de habitação, pai ex-presidiário, uso de drogas na família, uso de álcool e de crack. b)​​​​ Sim, o enfermeiro pode atuar nesse caso. c) A realização de uma visita domiciliar para compreender melhor o contexto da família. O agendamento de uma consulta de Enfermagem para o paciente PVV, em que poderia ser feita uma escuta ativa sobre quais problemas ele percebe em sua vida e, a partir disso, elaborar estratégias junto a outros profissionais para atuar nesses problemas. É interessante procurar maneiras de fortalecer os laços entre o paciente PVV e o seu irmão, para que este atue como fator protetor, estimulando aquele a buscar hábitos de vida saudáveis. Também é importante a realização de intervenções na escola do paciente PVV para prevenir o uso de substâncias psicoativas pelos demais alunos e conscientizá-los a respeito das repercussões negativas.
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No passado, a prática da Enfermagem era responsabilidade das irmãs de caridade e de atendentes, uma vez que não existia formação profissional em Enfermagem. Em 1890, foi criada a primeira escola de Enfermagem no Brasil, denominada Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras. O que impulsionou a criação dessa escola? A. A saída das irmãs de caridade do Hospital Nacional de Alienados resultou na necessidade de formar profissionais para prestar assistência aos pacientes. B. A forte crise financeira desencadeou o fechamento de muitas instituições de saúde mental naquele período. C. Com a Proclamação da República e a volta da família real para Portugal, as instituições perderam assistência, uma vez que os funcionários não aceitavam a República. D. A necessidade de se formar profissionais humanistas e capazes de desenvolver o trabalho de Enfermagem, conforme os preceitos de Florence Nightingale. E. O bom tratamento dispensado pelas irmãs de caridade incomodou a classe médica, que via como necessário o isolamento no tratamento dos considerados loucos. RESPOSTA CORRETA: A. A saída das irmãs de caridade do Hospital Nacional de Alienados resultou na necessidade de formar profissionais para prestar assistência aos pacientes. EXPLICAÇÃO: As mudanças na situação política, social e econômica do País geraram conflitos entre o Estado, a classe médica e o clero, o que fez com que as irmãs de caridade deixassem o Hospital Nacional de Alienados. Esse acontecimento resultou na criação, em 1890, da primeira escola de Enfermagem no Brasil, com o objetivo de formar profissionais para atuar na assistência aos pacientes. A crise financeira e a Proclamação da República não tiveram relação com a criação da escola. Os preceitos de Florence Nightingale só chegam ao Brasil em 1923. O tratamento dispensado pelas irmãs de caridade era, também, baseado no isolamento, não sendo considerado o mais adequado.
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Marilda, 48 anos, secretária, católica, mora com o marido e uma filha de 18 anos, busca ajuda ambulatorial por queixa de insônia e ansiedade. Marilda relaciona tais sintomas com preocupações a respeito da perspectiva de sua filha mais nova se mudar para fora de casa, pois foi aprovada no vestibular de outra cidade. Diz que sua vida é cuidar dos filhos e não sabe o que fazer, uma vez que a caçula irá sair de casa. Pensa em se mudar de cidade junto com a filha. Assinale a alternativa que identifica corretamente o tipo de crise enfrentado pela cliente. A. Crise de maturidade/desenvolvimento, pois Marilda se mostra imatura para enfrentamento da situação. B. Crise que reflete psicopatologia, pois tais queixas refletem a presença de um transtorno mental que limita sua capacidade de enfrentamento da situação. C. Crise de antecipação de transições na vida, pois a saída dos filhos de casa é um evento normal no ciclo de vida, mas que pode resultar na percepção de falta de controle. D. Crise disposicional, pois cabe ao enfermeiro somente acolher a cliente e a encaminhar para avaliação psiquiátrica. E. Crise resultante de estresse traumático, pois a saída dos filhos de casa pode ser vivenciada como a morte dos mesmos. RESPOSTA CORRETA: C. Crise de antecipação de transições na vida, pois a saída dos filhos de casa é um evento normal no ciclo de vida, mas que pode resultar na percepção de falta de controle. JUSTIFICATIVA: O caso descreve uma situação previsível e normal do ciclo de vida, mas que gera estresse e, somado às fortalezas e fragilidades individuais, pode provocar uma situação de crise relacionada à antecipação de transições da vida. ​​​​​​​
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O uso de psicofármacos por pacientes com transtornos mentais é uma das modalidades de tratamento existentes nos dias atuais. Nesse sentido, é necessário que a família e os profissionais de saúde estejam atentos para a forma como esses pacientes utilizam sua medicação. Você é enfermeiro do serviço de saúde mental do município de Ribeirinhas (BA) e, recentemente, admitiu um paciente com o seguinte caso: Descrição da imagem não disponível ​​​​​​​ Após analisar o caso, resolva as seguintes questões: 1) Qual é a provável causa para o sono profundo que Milton sente ao usar clonazepam? 2) Você consideraria a presença de algum fator de risco para a ocorrência de síndrome neuroléptica maligna no paciente? Se sim, por quê? 3) Na qualidade de enfermeiro, como você poderia atuar nesse caso? PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO: 1) O sono do paciente provavelmente é causado pela interação entre o clonazepam, que é um benzodiazepínico, e o uso de álcool, que potencializa a ação daquele. 2) Sim, existe fator de risco para a ocorrência de síndrome neuroléptica maliga em Milton, pois ele faz uso de um neuroléptico (haloperidol), cuja dosagem está além do que lhe fora prescrito. 3) No papel de enfermeiro, pode-se conversar com Milton para conscientizá-lo das repercussões negativas que poderiam ocorrer devido ao uso concomitante de álcool e um benzodiazepínico. Também pode-se orientá-lo a nunca ajustar a dose do medicamento sem orientação médica, pois isso pode ocasionar graves efeitos indesejados, que, inclusive, poderiam causar sua morte. Além disso, é importante orientar a família a observar sinais e sintomas de gravidade, principalmente aqueles relacionados à impregnação neuroléptica. Seria interessante, nesse caso, agendar consulta com profissional médico para verificar a possibilidade de ajustes na dosagem do neuroléptico em uso ou, ainda, a troca por outro fármaco, bem como considerar a possibilidade de se estabelecer um projeto terapêutico singular para esse paciente.
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Os cuidados de enfermagem visam ao restabelecimento da saúde do indivíduo, bem como à prevenção de potenciais agravos. Sobre os cuidados ao paciente em uso de ansiolíticos, assinale a alternativa correta. A. É necessário orientar pacientes e familiares que os ansiolíticos podem provocar redução da atenção; no entanto, não oferecem riscos para a execução de atividades rotineiras. B. É necessário orientar pacientes e familiares que a capacidade de dirigir pode diminuir e que há riscos de acidentes, pois os ansiolíticos provocam diminuição da atenção. C. É necessário orientar pacientes e familiares que o uso de ansiolíticos não apresenta nenhum efeito colateral; portanto, seu uso é seguro e permite uma rotina de vida normal. D. É necessário orientar pacientes e familiares que, com o uso de ansiolíticos, o paciente deve ficar recluso no domicílio, devido aos quadros de agressividade que podem ocorrer. E. É necessário orientar pacientes e familiares sobre a importância da adesão ao tratamento, acrescentando-se, ainda, informações sobre o aumento da atenção causado pelo uso de ansiolíticos. RESPOSTA CORRETA: B. É necessário orientar pacientes e familiares que a capacidade de dirigir pode diminuir e que há riscos de acidentes, pois os ansiolíticos provocam diminuição da atenção. JUSTIFICATIVA: Como os ansiolíticos atuam no sistema nervoso central, causando indução do sono, relaxamento muscular e redução do estado de atenção, é necessário que os usuários desses medicamentos evitem conduzir veículos automotivos ou executar qualquer outra atividade que exija concentração, pois esses fármacos podem causar acidentes e outros agravos, oferecendo riscos para o próprio paciente e para terceiros. Por isso, é importante que os enfermeiros orientem corretamente pacientes e familiares.
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