Para a maioria das pessoas, risco é a probabilidade de ocorrer no jogo da vida um resultado de que não gostaríamos. Por exemplo, o risco de dirigir um carro em velocidade excessiva é receber uma multa, ou pior ainda, se envolver em um acidente.
Nas finanças, nossa definição de risco é diferente e mais ampla. O risco é a probabilidade de recebermos como retorno sobre um investimento algo inesperado. Desse modo, o risco inclui não somente os resultados ruins, isto é, retornos mais baixos do que o esperado, mas também resultados bons, ou seja, retornos mais altos do que o esperado.
Grande parte deste estudo reflete uma tentativa de chegar a um modelo que melhor mensure o “perigo” em qualquer investimento e de converter esse modelo na “oportunidade” que precisaríamos para compensar o perigo. Em termos financeiros, denominamos o perigo como “risco” e a oportunidade como “retorno esperado”.
Um bom modelo para risco e retorno nos fornece as ferramentas para mensurar o risco em qualquer investimento e usa essa medida de risco para chegar ao retorno esperado apropriado sobre esse investimento; esse retorno esperado nos fornece a taxa de desconto para usar na avaliação.
DAMODARAN, A. Finanças Corporativas: teoria e prática. Porto Alegre: Bookman, 2004. (adaptado)
Como investidor você poderia investir toda a sua carteira em um ativo. Se fizer isso estará exposto tanto ao risco específico da empresa quanto ao risco de mercado. Se, no entanto, você expande sua carteira para incluir outros ativos ou ações, está diversificando, e agindo assim, pode reduzir a exposição ao risco específico de uma empresa. Existem duas razões pelas quais a diversificação reduz ou, no máximo, elimina o risco específico da empresa. A primeira é a de que cada investimento em uma carteira diversificada é uma porcentagem muito menor dessa carteira do que seria o caso se você não tivesse diversificado. Desse modo, qualquer medida que aumenta ou reduza o valor unicamente daquele investimento ou de um pequeno grupo de investimentos terá apenas um pequeno impacto sobre sua carteira como um todo, enquanto que investidores não diversificados estão muito mais expostos a mudanças nos valores dos investimentos de suas carteiras. A segunda razão é que os efeitos de medidas específicas da empresa sobre os preços de ativos individuais em um portfólio podem ser positivas ou negativas para cada ativo em qualquer período. Desse modo, em carteiras muito grandes, esse risco será rateado a zero e não afetará o valor global da carteira.
DAMODARAN, A. Finanças Corporativas: teoria e prática. Porto Alegre: Bookman, 2004. (adaptado)
Considerando os textos apresentados, escolha a alternativa que explique corretamente como deve ser considerada a definição de risco em finanças.
Escolha uma opção:
a.
Uma das razões pelas quais os investidores diversificam suas carteiras de investimentos é a possibilidade de aumentar o retorno que esses investimentos podem trazer, já que, com a diversificação da carteira de investimentos, o risco certamente será menor.
b.
Um modelo que avalia corretamente a relação de risco e retorno dos investimentos consegue expressar de maneira clara que o risco será sempre maior quanto maior for o retorno esperado desses investimentos, já que o risco avalia o quanto o investimento traz de retorno positivo ao investidor.
c.
O risco é a probabilidade de um investidor receber como retorno algo inesperado. Portanto, o risco inclui os resultados ruins (retornos mais baixos do que o esperado) e os resultados bons (retornos mais altos do que o esperado).
d.
O risco de um investimento representa a probabilidade de receber como retorno sobre esse investimento algo mais baixo do que o esperado.
e.
Quando uma empresa opta por diversificar o risco de seus investimentos, ela tende a investir em diferentes ativos e/ou títulos, a fim de ter sob controle os retornos esperados vindos desses investimentos realizados.
Lista de comentários
Resposta:
Não é a A
Explicação:
Resposta:
Alternativa C
Explicação:
Corrigido pelo AVA