Os níveis de fala, que constituem os diferentes registros empregados nas diversas situações comunicativas, são, geralmente, determinados pelos gêneros textuais. Há, por exemplo, gêneros que pedem a forma culta – como os textos jurídicos – e outros gêneros que pedem a forma coloquial, como uma conversa entre amigos. Mas há gêneros textuais que permitem o emprego tanto da forma culta quanto da coloquial. Observe as alternativas a seguir e identifique o gênero textual que é flexível quanto aos níveis de fala nele empregados. a) A procuração é o instrumento por meio do qual uma pessoa física ou jurídica confere poderes a outra, para tratar de negócios ou agir em seu nome, representando-o de pleno direito nos termos do documento. b) O editorial é um texto jornalístico de natureza argumentativa, que exprime o posicionamento do jornal acerca de determinado tema de interesse público. c) O edital é uma comunicação ou ordem, com finalidade de convocar, avisar ou informar. Refere-se a um instrumento de notificação pública que deve ser afixado em local de acesso dos interessados ou publicado em um órgão de imprensa oficial ou particular. d) O certificado é o documento expedido por uma autoridade que diz a verdade sobre um fato que conhece em razão do cargo exercido. e) A ata é o registro resumido, claro e fiel, das ocorrências de uma reunião, assembleia ou sessão. Deve ser escrita em parágrafo único, não podendo haver rasuras.
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A norma tradicional da língua portuguesa estipula que o verbo "namorar" é transitivo direto, devendo aparecer em enunciados como "Pedro namora Maria". Mas, no dia a dia, é comum o uso da preposição "com" regendo o verbo: "Pedro namora com Maria". A seguir, constam possíveis explicações para essa variação na transitividade do verbo "namorar". A única explicação que não condiz com a regra é: a) O verbo "namorar" pertence ao mesmo campo semântico de verbos como "noivar" e "casar", os quais são regidos pela preposição "com": "Eu noivei com Pedro"; "Maria casa com Pedro no mês que vem". Por analogia com esses dois verbos, muitos falantes tomam como normal a construção "Pedro namora com Maria". b) Namorado(a) é a pessoa com quem se namora. Similarmente, muitos falantes podem entender que, por envolver a relação amorosa de pessoas, o modo direto do verbo "namorar" pede a preposição "com", assim como ocorre no modo reflexivo ("se namora"). c) Os mesmos processos de variação que ocorrem em "namorar com" também ocorrem em construções como "Pedro enamorou-se de Maria". d) Um dos sentidos expressos pela preposição "com" é o sentido de "companhia". Como não se namora sozinho, muitos falantes podem entender que a preposição "com" é apropriada na regência de "namorar". e) Também se usa o verbo "namorar" para expressar "desejo por algo": "Estou namorando aquele abajur há algum tempo". Para diferenciar os dois sentidos do verbo "namorar", muitos falantes adotam a conjunção "com" quando o verbo indica "estar em um relacionamento amoroso".
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Assinale a alternativa que corresponde à caracterização do gênero textual e-mail (ou correio eletrônico): a) Precisa atingir um público heterogêneo, pois está presente em espaços públicos. São requisitos fundamentais: correção gramatical; clareza; objetividade; e capacidade de interferir no comportamento de quem o lê. Em geral, o texto conta com o auxílio de imagens. A disposição do texto, as imagens utilizadas, as cores e as dimensões das letras colaboram para a eficácia da comunicação. b) Correspondência que circula na esfera oficial. Tem as mesmas características de uma carta: local; data; vocativo; corpo; despedida; e identificação. Pressupõe, entretanto, formalidade, incluindo as formas de tratamento convenientes (senhor; ilustríssimo ou excelentíssimo senhor). Após o nome e a assinatura de quem escreve, deve constar o cargo que exerce. A identificação da instituição se dá no timbre do próprio papel, cujo formato é denominado ofício. c) Circula na esfera digital, mediado por um provedor da Internet. Pela rapidez com que chega ao destinatário, vem substituindo a carta convencional. A linguagem poderá ser formal ou informal, dependendo do nível de intimidade dos interlocutores e dos assuntos a serem tratados. Usa-se a saudação, mas não é necessário anotar a data, que aparecerá automaticamente. Os cumprimentos finais costumam ser breves. d) Texto prescritivo que traz informações sobre um medicamento, seja em folha anexa, seja impresso na própria embalagem. Deve orientar o paciente sobre o uso correto do medicamento e alertá-lo para os riscos do uso indevido. Traz: nome; formas de apresentação (cápsulas, drágeas, gel); composição (princípio ativo); indicação e contraindicação; posologia (doses); validade; fabricante, etc. Existem recomendações para que esse texto siga padrões e seja simplificado de modo que se torne acessível ao público leigo, mas nem sempre essas recomendações são seguidas. As informações dirigidas a profissionais da saúde costumam ser mais técnicas e mais complexas. Circula nas esferas cotidiana, comercial (farmacêutica), publicitária e digital. e) Apresenta os mesmos constituintes de uma carta pessoal: local de onde se escreve; data; saudação inicial; corpo da mensagem; saudação final; e identificação. O diferencial é que seu destinatário é um veículo de comunicação que decidirá por sua publicação (ou não) em seções especialmente destinadas para isso. O assunto do texto relaciona-se a alguma matéria publicada anteriormente nesse veículo e em relação à qual se deseja fazer comentários, sejam de anuência, sejam de protesto, sejam de divergência. Trata-se de texto opinativo que, em geral, apresenta argumentos; estes precisam ser suficientemente convincentes para embasar o ponto de vista do remetente.
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