QUE EU HEI DE AMAR...
Essa que eu hei de amar perdidamente um dia,
será tão loura, e clara, e vagarosa, e bela,
que pensarei que é o sol que vem, pela janela,
trazer luz e calor a esta alma escura e fria.
E, quando ela passar, tudo o que eu não sentia
da vida há de acordar no coração, que vela...
E ela irá como o sol, e eu irei atrás dela
como sombra feliz... — Tudo isso eu me dizia,
quando alguém me chamou. Olhei: um vulto louro,
e claro, e vagaroso, e belo, na luz de ouro
do poente, me dizia adeus, como um sol triste...
E falou-me de longe: “Eu passei a teu lado,
mas ias tão perdido em teu sonho dourado,
meu pobre sonhador, que nem sequer me viste!
ALMEIDA, Guilherme de. Toda a poesia . São Paulo:
Martins, 1952. T.1. p. 146-7.

A fala da personagem feminina, na última estrofe do poema, permite depreender que, segundo ela, o eu-lírico:

Escolha uma:
a. Imaginava amar perdidamente um dia uma mulher loura e bela, e prestava muita atenção às que passavam perto.
b. Estava tão concentrado nos seus pensamentos sobre a mulher de seus sonhos que nem percebeu que ela, na realidade, estava perto.
c. Embora estivesse absorto, ainda teve condições de estabelecer relações amorosas com o vulto louro, claro, vagaroso e belo.
d. Disse que estava tão perdido em seu sonho dourado, que nem passou perto e nem sequer foi percebido por ninguém.
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