Ainda no inicio de século XX os conhecimentos que estudavam a vida e seus processos, encontravam-se separadas entre elas, caracterizada em dois grandes grupos, os dos Descritivos da História Natural: Zoologia e Botânica; e os experimentais, Citologia, Embriologia e Fisiologia Humana. Isso só reforçava a menor faixa dada a esses conhecimentos biológicos em relação às outras áreas.
Mesmo com o uso do termo que define biologia com o estudo da vida, por Lamarck e Treviranus, a unificação desses conhecimentos só aconteceu muito depois. Não só devido à produção de conhecimentos, mas principalmente pela influência dos movimentos sociais, filosóficos e políticos das primeiras décadas do século XX, como a vertente Genética e principalmente o Positivismo Lógico, que assumiu que o conhecimento era autêntico quando tinha por base o empirismo, esse movimento trouxe a ideia de unificação das ciências diante de um único método, a partir da Lógica e da Matemática, e foi o que resguardou filosoficamente a ideia da unificação das Ciências Biológicas.
Esses acontecimentos foram provocando a comunidade de biólogos, que começaram a buscar a unidade na biologia em meio às diversas áreas existentes. Essa ação teve origem após admitir-se, em bases genéticas, a teoria da Evolução, proposta do Charles Darwin em 1859. Nesse momento da história, mesmo com a consolidação da seleção natural, a Teoria da Evolução tinhas algumas lacunas, devido aos eventos Mendelianos ocorrerem apenas mais a frente. Essa dificuldade em provar a Teoria de Darwin teve grandes reflexos nas Ciências Biológicas, pois muitos, em seu interior, acreditam na evolução orgânica, mesmo ela não sendo provada, assim como todas as outras vertentes das Ciências Biológicas, que não eram tradicionalmente experimentais, mas derivam da História Natural. A partir disso os esforços para unificação dos conhecimentos biológicos concentraram-se em tornar a
Evolução uma ciência positivista, e foi com a contribuição de Gregor Mendel, que esses esforços ganharam prestígio e força.
Foi durante a década de 1910, com o aporte e pioneirismo de Ronald Fisher, John Burdon Sanderson Haldane e Sewall Wright em genética de populações que a evolução passou a ser aprofunda quantitativamente, um grande exemplo de como os modelos matemáticos passaram a influenciar os pesquisadores dentro das Ciências Biológicas é o Equilibro de Hardy e Weinberg (inicio do século XX), esse emprego cada vez mais usual levou a Evolução a passar por um processo de atualização e modernização. Por fim, através dos estudos de Thomas Hunt Morgan, Hermann Joseph Muller e Theodosius Dobzhansky a evolução ficou definida como mudança na frequência gênica em populações. Foi assim então que a genética de populações preencheu as lacunas que existiam na teoria de Darwin, e a partir disso, novas maneiras de interpretar e estudar essa área foram surgindo e ajudando na unificação dessas ciências.
Entre as duas Grandes Guerras e após a Segunda Guerra Mundial o movimento de unificação se torna mais forte e evidente nos Estados Unidos, onde cientistas defendiam abertamente a ideia de unificação a partir da Teoria Evolucionista. Todo o movimentos que ocorreu em torno disso (convenções, reuniões, pesquisas, lançamento de livros e publicações)foi denominado neodarwinismo, ou a Teoria Sintética da Evolução, entretanto ainda existiam diversos aspectos e hipóteses a se consolidarem.
Existiam ainda muitos conflitos entre biólogos e disputas entre algumas áreas, porém os avanços das pesquisas biomoleculares ganharam muita atenção após o modelo de DNA de Watson e Crick que contribuíram para a consolidação da Biologia Moderna, ampliando seu prestígio, devido ao grande valor de aplicação e implantação.
Assim as palavras ditas por Dobzhansky “nada em biologia faz sentido, se não for à luz da evolução”, tornam-se emblemáticas na compreensão do quão a Evolução passou a ser a teoria organizadora do mundo dos seres vivos. Foi assim então que tanto a Genética Molecular quanto a Citologia, assim como a História Natural que originou a Ecologia junto a outras áreas; e isso também pode ser aplicado a Paleontologia e aos inúmeros campos da Fisiologia se fortaleceram com a resignação da evolução.
A modernização e a consolidação da unificação das Ciências Biológicas a partir das Ciências Naturais e as pesquisas biomoleculares, ganharam muito impulso com a engenharia genética que estourou na década de 1980. Nos primeiros anos do século XXI o cenário das Ciências Biológicas é muito diferente. Os desafios estão diante as problemáticas ambientais que vem desafiando as áreas que envolvem a biologia a ampliar seus conhecimentos.
Portanto mesmo com a persistente existência das discordâncias internas, é possível afirmar que atualmente todas as áreas do conhecimento das Ciências Biológicas aceitam a Evolução, logo estão unificadas.
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Ainda no inicio de século XX os conhecimentos que estudavam a vida e seus processos, encontravam-se separadas entre elas, caracterizada em dois grandes grupos, os dos Descritivos da História Natural: Zoologia e Botânica; e os experimentais, Citologia, Embriologia e Fisiologia Humana. Isso só reforçava a menor faixa dada a esses conhecimentos biológicos em relação às outras áreas.
Mesmo com o uso do termo que define biologia com o estudo da vida, por Lamarck e Treviranus, a unificação desses conhecimentos só aconteceu muito depois. Não só devido à produção de conhecimentos, mas principalmente pela influência dos movimentos sociais, filosóficos e políticos das primeiras décadas do século XX, como a vertente Genética e principalmente o Positivismo Lógico, que assumiu que o conhecimento era autêntico quando tinha por base o empirismo, esse movimento trouxe a ideia de unificação das ciências diante de um único método, a partir da Lógica e da Matemática, e foi o que resguardou filosoficamente a ideia da unificação das Ciências Biológicas.
Esses acontecimentos foram provocando a comunidade de biólogos, que começaram a buscar a unidade na biologia em meio às diversas áreas existentes. Essa ação teve origem após admitir-se, em bases genéticas, a teoria da Evolução, proposta do Charles Darwin em 1859. Nesse momento da história, mesmo com a consolidação da seleção natural, a Teoria da Evolução tinhas algumas lacunas, devido aos eventos Mendelianos ocorrerem apenas mais a frente. Essa dificuldade em provar a Teoria de Darwin teve grandes reflexos nas Ciências Biológicas, pois muitos, em seu interior, acreditam na evolução orgânica, mesmo ela não sendo provada, assim como todas as outras vertentes das Ciências Biológicas, que não eram tradicionalmente experimentais, mas derivam da História Natural. A partir disso os esforços para unificação dos conhecimentos biológicos concentraram-se em tornar a
Evolução uma ciência positivista, e foi com a contribuição de Gregor Mendel, que esses esforços ganharam prestígio e força.
Foi durante a década de 1910, com o aporte e pioneirismo de Ronald Fisher, John Burdon Sanderson Haldane e Sewall Wright em genética de populações que a evolução passou a ser aprofunda quantitativamente, um grande exemplo de como os modelos matemáticos passaram a influenciar os pesquisadores dentro das Ciências Biológicas é o Equilibro de Hardy e Weinberg (inicio do século XX), esse emprego cada vez mais usual levou a Evolução a passar por um processo de atualização e modernização. Por fim, através dos estudos de Thomas Hunt Morgan, Hermann Joseph Muller e Theodosius Dobzhansky a evolução ficou definida como mudança na frequência gênica em populações. Foi assim então que a genética de populações preencheu as lacunas que existiam na teoria de Darwin, e a partir disso, novas maneiras de interpretar e estudar essa área foram surgindo e ajudando na unificação dessas ciências.
Entre as duas Grandes Guerras e após a Segunda Guerra Mundial o movimento de unificação se torna mais forte e evidente nos Estados Unidos, onde cientistas defendiam abertamente a ideia de unificação a partir da Teoria Evolucionista. Todo o movimentos que ocorreu em torno disso (convenções, reuniões, pesquisas, lançamento de livros e publicações)foi denominado neodarwinismo, ou a Teoria Sintética da Evolução, entretanto ainda existiam diversos aspectos e hipóteses a se consolidarem.
Existiam ainda muitos conflitos entre biólogos e disputas entre algumas áreas, porém os avanços das pesquisas biomoleculares ganharam muita atenção após o modelo de DNA de Watson e Crick que contribuíram para a consolidação da Biologia Moderna, ampliando seu prestígio, devido ao grande valor de aplicação e implantação.
Assim as palavras ditas por Dobzhansky “nada em biologia faz sentido, se não for à luz da evolução”, tornam-se emblemáticas na compreensão do quão a Evolução passou a ser a teoria organizadora do mundo dos seres vivos. Foi assim então que tanto a Genética Molecular quanto a Citologia, assim como a História Natural que originou a Ecologia junto a outras áreas; e isso também pode ser aplicado a Paleontologia e aos inúmeros campos da Fisiologia se fortaleceram com a resignação da evolução.
A modernização e a consolidação da unificação das Ciências Biológicas a partir das Ciências Naturais e as pesquisas biomoleculares, ganharam muito impulso com a engenharia genética que estourou na década de 1980. Nos primeiros anos do século XXI o cenário das Ciências Biológicas é muito diferente. Os desafios estão diante as problemáticas ambientais que vem desafiando as áreas que envolvem a biologia a ampliar seus conhecimentos.
Portanto mesmo com a persistente existência das discordâncias internas, é possível afirmar que atualmente todas as áreas do conhecimento das Ciências Biológicas aceitam a Evolução, logo estão unificadas.