Em D. Quixote, Miguel de Cervantes narra a trajetória do Cavaleiro da Triste Figura e o modo como suas aventuras influenciaram sua vida. Para tanto, o autor se utiliza da jornada do fidalgo e de seus embates contra moinhos de vento para construir um aprendizado, que culmina no autoconhecimento do herói ao final da obra. Fora da ficção, verifica-se que, assim como em Cervantes, a deficiência de educação financeira no Brasil prejudica tanto a formação individual dos cidadãos quanto perpetua a falta de conhecimento na sociedade. Logo, é fundamental analisar tal contexto com vistas a mitigar essa carência no país.
Em princípio, cabe destacar que a deficiente educação financeira no Brasil viola os preceitos constitucionais de acesso a educação. Afinal, segundo a Constituição Federal de 1988, todos os brasileiros têm direito a um ambiente que auxilie sua formação cidadã, social, intelectual e profissional. Isso posto, devido a carência de fomento ao ensino monetário no país, tem-se, consequentemente, graves prejuízos à construção social dos brasileiros não só em virtude das dificuldades que a falta de instrução leva para a vida privada dos cidadãos, mas também, pelos problemas econômicos que a falta de ensino em nível nacional pode causar ao país. Desse modo, assegurar o que prevê a constituição é passo importante para enfrentar a carência de ensino financeiro no contexto atual.
Outrossim, consoante Raimundo Faoro em Mudanças Sociais no Brasil, há no país uma carência cultural de ensino no que concerne às populações mais carentes no país. Isso, por sua vez, aliado à deficiência atual de educação financeira no país, perpetua uma cultura de gastos excessivos, desmedidos e não planejados. Ou seja, tem-se um agravamento do problema e uma violação do preceito aristotélico de sociedade, pois, ao invés da integração social harmoniosa proposta por Aristóteles, há um desinformação latente que atinge principalmente as camadas sociais mais vulneráveis e assegura o círculo vicioso da falta de ensino no país. Desta maneira, reverter o quadro de deficiência na educação monetária é fulcral à equidade social no país.
Portanto, é fundamental analisar a carência de ensino financeiro no Brasil a partir das esferas privada e social. Dito isso, urge que o Ministério da Educação, aliado às Universidades Públicas, promova palestras mensais, ministradas por professores e alunos do curso de economia, em escolas com o fito de conscientizar e educar os jovens acerca da importância das finanças e melhorar seu desenvolvimento pessoal. Ademais, o Governo Federal, em parceria com startups, deve estimular a criação de aplicativos objetivando disseminar informações básicas, como planejamento monetário e controle de ganhos, para o público adulto. Feito isso, poder-se á reduzir as consequências da falta de educação financeira no país e proporcionar lucidez aos cidadãos, tal qual Cervantes.
Lista de comentários
Resposta:
A deficiente educação financeira no Brasil
Em D. Quixote, Miguel de Cervantes narra a trajetória do Cavaleiro da Triste Figura e o modo como suas aventuras influenciaram sua vida. Para tanto, o autor se utiliza da jornada do fidalgo e de seus embates contra moinhos de vento para construir um aprendizado, que culmina no autoconhecimento do herói ao final da obra. Fora da ficção, verifica-se que, assim como em Cervantes, a deficiência de educação financeira no Brasil prejudica tanto a formação individual dos cidadãos quanto perpetua a falta de conhecimento na sociedade. Logo, é fundamental analisar tal contexto com vistas a mitigar essa carência no país.
Em princípio, cabe destacar que a deficiente educação financeira no Brasil viola os preceitos constitucionais de acesso a educação. Afinal, segundo a Constituição Federal de 1988, todos os brasileiros têm direito a um ambiente que auxilie sua formação cidadã, social, intelectual e profissional. Isso posto, devido a carência de fomento ao ensino monetário no país, tem-se, consequentemente, graves prejuízos à construção social dos brasileiros não só em virtude das dificuldades que a falta de instrução leva para a vida privada dos cidadãos, mas também, pelos problemas econômicos que a falta de ensino em nível nacional pode causar ao país. Desse modo, assegurar o que prevê a constituição é passo importante para enfrentar a carência de ensino financeiro no contexto atual.
Outrossim, consoante Raimundo Faoro em Mudanças Sociais no Brasil, há no país uma carência cultural de ensino no que concerne às populações mais carentes no país. Isso, por sua vez, aliado à deficiência atual de educação financeira no país, perpetua uma cultura de gastos excessivos, desmedidos e não planejados. Ou seja, tem-se um agravamento do problema e uma violação do preceito aristotélico de sociedade, pois, ao invés da integração social harmoniosa proposta por Aristóteles, há um desinformação latente que atinge principalmente as camadas sociais mais vulneráveis e assegura o círculo vicioso da falta de ensino no país. Desta maneira, reverter o quadro de deficiência na educação monetária é fulcral à equidade social no país.
Portanto, é fundamental analisar a carência de ensino financeiro no Brasil a partir das esferas privada e social. Dito isso, urge que o Ministério da Educação, aliado às Universidades Públicas, promova palestras mensais, ministradas por professores e alunos do curso de economia, em escolas com o fito de conscientizar e educar os jovens acerca da importância das finanças e melhorar seu desenvolvimento pessoal. Ademais, o Governo Federal, em parceria com startups, deve estimular a criação de aplicativos objetivando disseminar informações básicas, como planejamento monetário e controle de ganhos, para o público adulto. Feito isso, poder-se á reduzir as consequências da falta de educação financeira no país e proporcionar lucidez aos cidadãos, tal qual Cervantes.