Em 1921, a Rússia conhece a mais terrível fome da sua História: “(...) há vários meses, 9/10 da população não come mais pão. Primeiro, misturaram o que restava de farinha com todo tipo de ervas, depois comeram as ervas puras e depois, quando não restava mais nada, cozinharam e engoliram argila. (...) A cada dia, até a colheita, aumentará o âmbito das províncias e distritos onde não subsiste absolutamente mais nada que um ser humano possa comer”
(PASCAL, Pierre, Meu estado da alma. Meu diário da Rússia, tomo III, 1922-1926. L’Age d’Homme, Lausanne, 1982. apud. SALOMONI, Antonella. Lênin e a Revolução Russa. São Paulo: Ática, 1997, p. 133).
Sobre a crise do regime soviético é INCORRETO afirmar:
(A) Diante da degradação da economia agrícola, devastada pelo conflito bélico, Lênin impõe o abandono do comunismo de guerra e a passagem para a fase de desenvolvimento da chamada Nova Política Econômica (NEP).
(B) Na primavera de 1921, enquanto a degradação da produção agrícola, devastada pela guerra, e as magras colheitas repercutiam de forma drástica na economia da Rússia, em contrapartida, assiste-se a recuperação de seu parque industrial e sistema de transporte e prosperidade na zona rural.
(C) Na cúpula do partido comunista havia a consciência de uma “contra-revolução camponesa”; os dirigentes procuram tirar lições do episódio de Kronstadt e inquietam-se com o esgotamento dos operários. Ocorrendo um recuo econômico, que significou, acima de tudo, abandonar o “comunismo de guerra”.
(D) No mesmo momento em que o general Tukatchevski marcha sobre Kronstadt, abre-se em Moscou o Décimo Congresso do Partido Comunista. Apelando para o fim do ‘estado de urgência’, Lênin impõe a passagem para a Nova Política Econômica (NEP).
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Quando criança, eu adorava acompanhar meu pai, que era Juiz de Paz da região, em suas andanças pelos sítios, fazendas e povoados, fazendo gambiras, politicando, ou até mesmo realizando casamentos. Sempre fui um apaixonado pela natureza. Aquela mata virgem verdinha, verdinha. O alvoroço da bicharada ao nascer do sol. A maravilhosa sinfonia executada pelos passarinhos, ao entardecer. As corredeiras dos pequenos ribeirões, contrárias ao cardume de piabas e lambaris saltitantes, no período da piracema. Naquele meu mundo, tudo me fascinava. Lembro-me de uma certa vez, em que eu o acompanhei numa viagem à fazenda do seu tio Teófilo, lá pelas bandas do Rio Claro, um dos mais famosos garimpos de diamante e ouro do Mato Grosso goiano. Como de sempre, ia conosco o negro Severino, homenzarrão de muita marca de bexiga na cara e de pouca vontade de conversar. Tinha chegado há muito tempo nessa região, vindo do norte de Goiás, mais precisamente das barrancas do rio Paranã, pois era descendente dos quilombolas, escravos que, na época do flagelo e da vergonha da escravatura, fugiam da Bahia e formavam comunidades no vasto e inexplorado sertão goiano. Odir Rocha, in Auscultando a VidaCom base na leitura, indique a alternativa INCORRETA: (A) Pela temática apresentada percebe-se que Odir Rocha é um escritor preocupado, principalmente, com os problemas psicológicos do homem, continuando assim, uma tradição ficcional iniciada no século anterior por autores como Clarice Lispector e Octávio de Faria. (B) O coloquialismo da linguagem utilizada pelo autor tem por finalidade aproximar o texto literário da vida cotidiana, conferindo-lhe um alto teor de realismo. (C) Odir Rocha se inscreve na prosa tocantinense como um autor memorialista, que trata com carinho as reminiscências do passado. (D) O autor demonstrou preocupação com as situações do homem comum, transformando-se em observador da paisagem natural e conhecedor da história local e da vida do interior.
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