Em todos países existe pobreza, de modo mais abundante ou menos. Mas o continente onde existe mais pobreza em todos os aspectos é em África. É o continente que mais precisa de ajudas, e muitas vezes as ajudas são uma gota no oceano porque a pobreza é imensa e as ajudas não chegam para tudo. África é dos continentes que mais sofre o impacto dos desequilíbrios em termos de desenvolvimento. É o continente mais pobre do mundo e possui o maior índice de mortalidade infantil. 2/3 da população está abaixo do limiar da pobreza.
Os conflitos armados, as epidemias, o agravamento da miséria, o apartheid, tudo contribui para a degradação do continente. Depois da descolonização, as guerras civis tornaram-se constantes, cerca de 20 nações africanas entraram em guerra. O continente africano é rico em minerais, ouro, diamantes, petróleo e outros recursos naturais que deviam potenciar o desenvolvimento, só que são aproveitados por outras potências mundiais, o que provoca conflitos e não contribui para o desenvolvimento do continente. Os europeus com a expansão económica exploraram toda a riqueza que a África possui, deixando ao continente eternos conflitos de fronteiras e religiosos. Os países ricos ainda aproveitam os povos africanos, fazem escravos e traficam milhões de africanos. Um dos problemas históricos que acentua esta degradação é o racismo devido ao apartheid, que gerou discriminação perante as pessoas de outra raça e de outra cor, tal como já foi referido no tema preconceitos e discriminação onde aprofundamos esta questão. Em nenhuma outra parte do mundo a questão racial assumiu questões tão graves como em África. Embora os negros e mestiços constituam 86% da população, só os brancos tinham, todo o poder político, e somente eles tinham direitos civis, o que prejudicou e retardou o desenvolvimento deste continente. E como se espalhou pelo mundo, e o impacto foi tão forte, que, actualmente, as pessoas de outra cor ou raça têm bastantes dificuldades porque são discriminadas e excluídas, o que as impede de ter uma vida normal de arranjar emprego, casa, e consequentemente muitas destas pessoas podem vir a viver na pobreza ou no limiar da pobreza.
O maior problema na área da saúde é a propagação de epidemias. Cerca de 90% dos casos mundiais de malária ocorrem na África Subsaariana e 71% dos portadores do vírus HIV no planeta vivem na região. Em Botsuana e Zimbabué a SIDA atinge 1 em cada 4 adultos. Por causa da SIDA, a expectativa de vida dos africanos cai drasticamente. Em 1990 era de 59 anos e agora cerca de 45 anos. A crise da SIDA tornou-se no maior factor de declínio no desenvolvimento humano nesta região. O vírus infectou 5,5 milhões na África do Sul, 2,9 milhões na Nigéria, 1,8 milhões em Moçambique, 1,7 milhões no Zimbabué, 1,4 milhões na Tanzânia e 1,3 milhões no Quénia.
A malária é outra doença muito alarmante, que provoca imensas mortes em África. Mata mais de 1 milhão de pessoas por ano; 80% das vítimas encontram-se na África Subsaariana e 18% das mortes em África são de crianças até 5 anos.
Para além dessas doenças, o continente é responsável por 50% dos casos mundiais de meningite (do Senegal à Etiópia) e por 25% dos casos mundiais de tuberculose. É também responsável por muitas outras doenças, como por exemplo, a febre-amarela, o dengue, a febre tifóide, a lepra, a cólera, infecção urinária, avitaminose, desnutrição, raquitismo e hepatite. Todas estas doenças ocorrem devido à falta de água potável, do alto nível de poluição e da falta de cuidados médicos.
A África é também o continente onde os Estados investem menos em saúde. Como por exemplo, na Tanzânia e em Malawi, existem apenas dois médicos por cada cem mil habitantes. Muitas regiões não têm ambulatório nem laboratórios. Não têm acesso a medicamentos. Não há tratamentos. Há falta de hospitais, de médicos e de equipamentos de saúde.
Todas estas doenças, e toda a falta de condições de saúde, fazem com que a população africana viva em sofrimento e em pobreza, porque ao estarem doentes são excluídos da sociedade e vivem longe de tudo e de todos, sem nada, como se fossem embora para morrerem sozinhos, o que acontece especialmente às vítimas da lepra.
E é em tudo factores que contribuem para a degradação do continente, tornando-o mais pobre. São doenças que matam milhões de pessoas em África e que se curam no resto do mundo.
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Em todos países existe pobreza, de modo mais abundante ou menos. Mas o continente onde existe mais pobreza em todos os aspectos é em África. É o continente que mais precisa de ajudas, e muitas vezes as ajudas são uma gota no oceano porque a pobreza é imensa e as ajudas não chegam para tudo. África é dos continentes que mais sofre o impacto dos desequilíbrios em termos de desenvolvimento. É o continente mais pobre do mundo e possui o maior índice de mortalidade infantil. 2/3 da população está abaixo do limiar da pobreza.
Os conflitos armados, as epidemias, o agravamento da miséria, o apartheid, tudo contribui para a degradação do continente. Depois da descolonização, as guerras civis tornaram-se constantes, cerca de 20 nações africanas entraram em guerra. O continente africano é rico em minerais, ouro, diamantes, petróleo e outros recursos naturais que deviam potenciar o desenvolvimento, só que são aproveitados por outras potências mundiais, o que provoca conflitos e não contribui para o desenvolvimento do continente. Os europeus com a expansão económica exploraram toda a riqueza que a África possui, deixando ao continente eternos conflitos de fronteiras e religiosos. Os países ricos ainda aproveitam os povos africanos, fazem escravos e traficam milhões de africanos. Um dos problemas históricos que acentua esta degradação é o racismo devido ao apartheid, que gerou discriminação perante as pessoas de outra raça e de outra cor, tal como já foi referido no tema preconceitos e discriminação onde aprofundamos esta questão. Em nenhuma outra parte do mundo a questão racial assumiu questões tão graves como em África. Embora os negros e mestiços constituam 86% da população, só os brancos tinham, todo o poder político, e somente eles tinham direitos civis, o que prejudicou e retardou o desenvolvimento deste continente. E como se espalhou pelo mundo, e o impacto foi tão forte, que, actualmente, as pessoas de outra cor ou raça têm bastantes dificuldades porque são discriminadas e excluídas, o que as impede de ter uma vida normal de arranjar emprego, casa, e consequentemente muitas destas pessoas podem vir a viver na pobreza ou no limiar da pobreza.
O maior problema na área da saúde é a propagação de epidemias. Cerca de 90% dos casos mundiais de malária ocorrem na África Subsaariana e 71% dos portadores do vírus HIV no planeta vivem na região. Em Botsuana e Zimbabué a SIDA atinge 1 em cada 4 adultos. Por causa da SIDA, a expectativa de vida dos africanos cai drasticamente. Em 1990 era de 59 anos e agora cerca de 45 anos. A crise da SIDA tornou-se no maior factor de declínio no desenvolvimento humano nesta região. O vírus infectou 5,5 milhões na África do Sul, 2,9 milhões na Nigéria, 1,8 milhões em Moçambique, 1,7 milhões no Zimbabué, 1,4 milhões na Tanzânia e 1,3 milhões no Quénia.
A malária é outra doença muito alarmante, que provoca imensas mortes em África. Mata mais de 1 milhão de pessoas por ano; 80% das vítimas encontram-se na África Subsaariana e 18% das mortes em África são de crianças até 5 anos.
Para além dessas doenças, o continente é responsável por 50% dos casos mundiais de meningite (do Senegal à Etiópia) e por 25% dos casos mundiais de tuberculose. É também responsável por muitas outras doenças, como por exemplo, a febre-amarela, o dengue, a febre tifóide, a lepra, a cólera, infecção urinária, avitaminose, desnutrição, raquitismo e hepatite. Todas estas doenças ocorrem devido à falta de água potável, do alto nível de poluição e da falta de cuidados médicos.
A África é também o continente onde os Estados investem menos em saúde. Como por exemplo, na Tanzânia e em Malawi, existem apenas dois médicos por cada cem mil habitantes. Muitas regiões não têm ambulatório nem laboratórios. Não têm acesso a medicamentos. Não há tratamentos. Há falta de hospitais, de médicos e de equipamentos de saúde.
Todas estas doenças, e toda a falta de condições de saúde, fazem com que a população africana viva em sofrimento e em pobreza, porque ao estarem doentes são excluídos da sociedade e vivem longe de tudo e de todos, sem nada, como se fossem embora para morrerem sozinhos, o que acontece especialmente às vítimas da lepra.
E é em tudo factores que contribuem para a degradação do continente, tornando-o mais pobre. São doenças que matam milhões de pessoas em África e que se curam no resto do mundo.