ALGUÉM ME AJUDA POR FAVOR É PRA AMANHÃ
Texto 1 trecho 2
[...]
O problema vem sendo pensado e discutido à exaustão em alguns países, com destaque para Alemanha, França e Itália. A recomendação mais importante é a de que haja redução na jornada de trabalho. Na França e na Itália, a jornada semanal já é de 34 horas [..).
Embora a medida tenha sido bem-sucedida no início, ainda nas décadas de 1980 e 1990, apos alguns anos, percebe-se que ela so sera etetiva se for adotada por todos os paises. e que, com as racilidades da globalização - e com as novas possibilidades oferecidas pelas tecnologias de ponta -, as empresas que querem aumentar sua produtividade simplesmente evitam lugares onde a jornada de trabalho tenha sido reduzida.
De qualquer forma, a própria OIT [Organização Internacional do Trabalho] prioriza essa iniciativa, e a frase "trabalhar menos para que todos trabalhem" virou um lema muito utilizado na Europa. Outra medida bastante polêmica vem sendo alardeada por sindicatos britânicos: eles defendem uma atuação conjunta de governos, empresários e organizações de trabalhadores para estabelecer um imposto sobre ganhos de produtividade decorrentes do uso de robôs ou outras tecnologias de automação.
[...] Esses impostos, além disso, teriam destinação específica, qual seja, a criação de empregos públicos nas áreas de educação e saúde.
Como sempre, os países mais avançados nessa discussão são os escandinavos. Por lá, predomina a ideia de introduzir um programa de renda mínima nacional. Todo cidadão receberia um valor mensal que lhe garantiria a subsistência, independentemente de ele estar ou não trabalhando. O pressuposto por trás desse tipo de ação é que o desemprego vai crescer de forma assustadora nos próximos anos e toda a sociedade precisa estar protegida.
Nesse debate, há ainda a considerar as questões filosóficas suscitadas pelas novas tec-nologias. Computadores e robôs sabem ler textos e fazer cálculos há bastante tempo, mas só recentemente passaram a enxergar, ouvir e falar. Devido ao avanço da inteligência artificial, também passaram a ter... inteligência. A humanidade deveria se preocupar com esse fato [...)?
Existem diversos grupos de cientistas, futurólogos e filósofos que especulam cenários apocalípticos. [...) Stephen Hawking era um dos estudiosos da inteligência artificial que mais se preocupavam com as consequências negativas dessa tecnologia. Ele chegou a antever o fim da raça humana como decorrência do poder incontrolável que as máquinas passarão a deter.
A mesma posição vem sendo manifestada pelo visionário Elon Musk, fundador da Tesla (uma das maiores fabricantes de carros elétricos do mundo) e da SpaceX, empresa que pretende pôr um homem em Marte nos próximos dez anos. Musk defende a criação de uma espécie de órgão regulador com a função de prevenir situações futuras em que equipamentos dotados de inteligência artificial poderiam ameaçar a sobrevivência de humanos.
Quanto a isso, assim como em relação à ameaça do crescimento sem empregos, a situação também termina em paradoxo. Uma empresa ou um país que resolver frear o desenvolvimento tecnológico para evitar uma catástrofe - tanto quanto para evitar a extinção de postos de trabalho - acabará perdendo competitividade nacional e internacional.
como consequencia, essa empresa ou esse pais se vera as voltas com o desemprego ... e
não terá interrompido a escalada tecnológica de outras empresas ou outros países.
Apesar de todos esses aspectos assustadores, o que há de pior para um país é não discutir o assunto. E é justamente isso o que acontece no Brasil [...].
7. No trecho que você acabou de ler, o autor cita as principais soluções encontradas por alguns países para o problema da falta de emprego.
a) Preencha a segunda coluna do quadro a seguir com uma síntese das soluções encontradas
pelos países indicados na primeira coluna.
França e Itália
Inglaterra
Países escandinavos
8. Releia o fragmento a seguir e responda ao que se pede.
Nesse debate, há ainda a considerar as questões filosóficas suscitadas pelas novas. tecnologias. Computadores e robos sabem ler textos e fazer calculos ha bastante tempo. mas so recentemente passaram a enxergar, ouvir e falar. Devido ao avanço da Inteligencia artiticial.
também passaram a ter... inteligência. A humanidade deveria se preocupar com esse fato [...)?
a) Como você responderia à pergunta feita nesse trecho? Justifique sua resposta.
b) Os pensadores citados no final do artigo preveem um fim assustador para a humanidade.
Você concorda com isso ou acredita que existem soluções, como as encontradas pelos países citados no texto, que podem resolver o problema? Explique por que você pensa dessa maneira.
9. Como o autor avalia o Brasil no cenário exposto?
10. E você, o que pensa a respeito do cenário apresentado no texto? Acredita que os robôs podem mesmo substituir os seres humanos na maioria das profissões? Que comentário você faria ao jornal a respeito do artigo?
Lista de comentários
7.
Soluções encontradas por alguns países para o problema da falta de emprego:
França e Itália: Redução na jornada de trabalho para 34 horas semanais.
Inglaterra: Imposto sobre ganhos de produtividade do uso de robôs, destinado à criação de empregos públicos em educação e saúde.
Países escandinavos: Programa de renda mínima nacional para garantir subsistência, independentemente do trabalho.
8.
a) Sim, a humanidade deveria se preocupar com o avanço da inteligência artificial e sua capacidade de adquirir inteligência.
b) Embora haja preocupações com o avanço da IA, não necessariamente levará a um fim assustador para a humanidade. Existem soluções possíveis e abordagens equilibradas para lidar com os desafios, como regulamentações e investimentos em requalificação profissional.
9.
O autor avalia o Brasil como um país que não está discutindo adequadamente o problema da falta de emprego e o avanço tecnológico.
10.
Os robôs têm o potencial de substituir seres humanos em algumas profissões, mas também surgirão novas oportunidades que demandam habilidades humanas. É necessário encontrar um equilíbrio entre o avanço tecnológico e a adaptação da força de trabalho. O artigo destaca a importância do debate e da adoção de medidas adequadas para enfrentar os desafios e buscar soluções equilibradas.