SOCORRO É PRA AMANHÃ A última glaciação Você já assistiu ao filme A Era do Gelo? O longa-metragem retrata o último período glacial, há cerca de 20 mil anos. A aventura começa quando Manny, um mamute mal-humorado, une-se a Sid uma preguiça desastrada, para devolver Roshan, um bebê humano que estava perdido, à sua família Para ajudá-los nessa tarefa, os dois contam com as habilidades de Diego, um tigre-dentes-de-sabre. Leia atentamente as fichas de algumas das principais personagens e responda às questões a seguir ※ Hanny Manny é um mamute do gênero Mammuthus, que compartilha a mesma família dos elefantes (Elephantidae), mas está extinto atualmente. Habitava regiões de clima frio na Europa, Ásia, América do Norte e América Central, e possivelmente nunca chegou à América do Sul. Chamam a atenção a tromba maior e as presas grandes (maiores que as dos elefantes), as pernas pequenas e a grande quantidade de pelos. * Sid Sid é possivelmente uma preguiça da família Nothrotheridae, que inclui as preguiças-gigantes que foram extintas no final do Pleistoceno. Essa família de preguiças habitou as regiões da América do Norte e do Sul, inclusive o Brasil. ** Diego Diego é um tigre-dentes-de-sabre, do gênero Smilodon. Trata-se de um felídeo originário da América do Norte e que se espalhou para a América do Sul, principalmente quando o istmo americano (3 milhões de anos atrás) conectou as Américas *Roshan 1. 2. Complete a ficha com as informações sobre a personagem Roshan: espécie, distribuição na Terra e características marcantes. Qual evento climático serve de pano de fundo para a animação? 3. No filme, Sid encontra uma flor chamada dente-de-leão e exclama que aquela é a última da es-pécie. Qual o sentido dessa fala no contexto do evento climático que você respondeu na questão anterior? a) Mostrar que o final da primavera está chegando devido ao aquecimento do planeta. b) Mostrar que, na região, os alimentos estão escassos devido à glaciação. c) Celebrar a chegada do verão na região com o fim da glaciação. d) Celebrar o final da era do gelo. 4. Qual atividade os animais estão realizando em massa? Qual é o motivo dela? 5. Qual(is) dessas espécies ainda habita(m) o planeta atualmente? 6. Pesquise se era possível a existência de seres humanos na região e época mostradas na animação e escreva um parágrafo relatando suas conclusões.
Responda
SOCORRO É PRA AMANHÃ Auto da Compadecida (Todos os atores reunidos de frente a uma igreja no meio do nada. À esquerda um vasto campo empoeirado e cactos, do outro lado, a casa do padeiro, umas casinhas minguadas e umas pessoas se deliciando com a cambada de atores todos sorridentes. No centro da roda, um palhaço surge com um instrumento anunciando o início da peça os atores um a um vão saindo após apresentarem-se ao público, tudo isso ao som de uma música nordestina. No pátio da igreja surge João Grilo, um personagem clássico da literatura, que sobrevivia graças à sua astúcia.) JOÃO GRILO: E ele vem mesmo? Estou desconfiado, Chicó. Você é tão sem confiança! CHICÓ: Eu, sem confiança? Juro como ele vem. A dificuldade não é ele vir, é o padre benzer. O bispo está aí e Padre João não vai benzer o cachorro. JOÃO GRILO: Não vai benzer? Por quê? Que é que um cachorro tem demais? CHICÔ: Não vejo nada demais, é que esse povo é cheio de coisas. Eu mesmo já tive um cavalo bento. JOÃO GRILO: Que é isso, Chicó? (Passa o dedo na garganta). Já estou ficando por aqui com suas histórias. É sempre uma coisa toda esquisita. Quando se pede uma explicação, vem sempre com "não sei, só sei que foi assim". CHICÓ: Mas eu tive mesmo um cavalo, meu filho, o que é que vou fazer? Vou mentir, dizer que não tive? JOÃO GRILO: É por isso que o povo diz que você é sem confiança, Chicó. CHICO: Eu, sem confiança? Pergunte a Antônio Martinho, ele está por aí, e é a prova de que eu falo a verdade. JOÃO GRILO: Antônio Martinho? Faz três anos que ele morreu. CHICÔ: Mas era vivo quando eu tive o bicho. JOÃO GRILO: Quando você teve o bicho, Chicó? E você é pai dele? CHICÓ: Foi uma velhinha que me vendeu mais barato, porque ia se mudar. Era um cavalo muito bom, era bento, parecia ter vindo dos deuses, João.... JOÃO GRILO (Rindo-se): Dos deuses? Não foi uma mulé que te deu? CHICÔ: Foi. Corri atrás de uma garrota com o dito cavalo, das seis da manhã até às seis da tarde sem parar nenhum minuto. Após toda a investida, derrubamos a garrota. Não conhecia o lugar onde a gente tava. Tomei uma vereda que havia assim e saí tangendo o boi... JOÃO GRILO: O boi? Não era uma garrota? CHICÔ: Uma garrota e um boi. JOÃO GRILO: E você corria atrás dos dois de uma vez? CHICO (Irritado): Corria, é proibido? JOÃO GRILO: Não, mas eu me admiro é eles correrem tanto tempo juntos, sem se aparta-rem. Como foi isso? acoce em tapes, na ris it Tropio, emi e repente avisei uma cidade Comecei JOÃO GRILO: Sergipe, Chico? CHICÓ: Sergipe, João. Eu tinha corrido até lá no meu cavalo. Só sendo bento mesmo! JOÃO GRILO: Mas, Chicó, e o Rio São Francisco? CHICÓ: Só podia estar seco nesse tempo, pois eu não me alembro quando passei. É por essas e outras, que não admiro mais de nada. JOÃO GRILO: Quer dizer que você acha que o padre vem benzer a cachorra? CHICÓ: Só pode vir. É o único jeito. Temos que apelar para o padre, hora de se chamar o padre né na hora da morte? 1. O texto teatral é um gênero que contém alguns dos elementos de um texto narrativo, como enredo, espaço e tempo. a) Qual é o enredo do trecho lido? b) É possível identificar nesse trecho teatral em que lugar e quando ocorrem os fatos? Comente. 2. No teatro, a história é encenada pelos atores representando as personagens. Em virtude disso, o diálogo constitui-se como elemento determinante da ação dramática. a) Cenas são unidades de ação de uma peça teatral. Quantas personagens compõem a cena do trecho lido? Quais são elas? b) As rubricas são usadas nos roteiros de cinema ou teatro para indicar gestos ou movimentos dos atores e costumam ser destacadas graficamente. Quais recursos gráficos foram utilizados para destacar as rubricas no texto? c) O texto teatral ou dramático, embora tenha elementos de um texto narrativo, apresenta uma forma textual especifica. Que outros recursos gráficos você pôde perceber, além do usado nas rubricas? 3. "..João Grilo, um personagem clássico da literatura, que sobrevivia graças à sua astúcia." Considerando o contexto, a palavra que pode substituir astúcia no texto é a) esperteza. b) simpatia. c) honestidade d) formosura. e) sinceridade.
Responda
SOCORRO É PRA AMANHÃ 4. Essa peça teatral de Ariano Suassuna apresenta uma linguagem influenciada pelo vocabulário e pela oralidade da região nordestina, utiliza muitos regionalismos e se ajusta à caracteristica das personagens segundo sua classe social. Com base nisso, substitua as expressões destacadas por outras mais formais. a) […] é que esse povo é “cheio de coisas”. b) "Já estou ficando “por aqui” com suas histórias." 5. A liberdade de escrever e fazer uso de recursos gráficos está muito presente em textos teatrais. Esses recursos, associados aos sinais de pontuação, possibilitam uma leitura para além dos elementos superficiais do texto e auxiliam o leitor na construção de novos significados. a) Informe o efeito gerado pela pontuação - especificamente as reticências e os pontos de exclamação - na passagem a seguir. CHICÓ: Não sei, só sei que foi assim... Tangi os bois e de repente avistei uma cidade. Comecei a correr em Taperoa, na Paraíba até Propriá, em Sergipe. JOÃO GRILO: Sergipe, Chicó? CHICÓ: Sergipe, João. Eu tinha corrido até lá no meu cavalo. Só sendo bento mesmo! b) Em "Sergipe, Chicó?", o ponto de interrogação vai além de uma pergunta. Qual efeito ele provoca? 6. Os trocadilhos constituem um recurso muito utilizado em discursos humorísticos, resultando da semelhança de som com significado diferente e que cria um efeito inesperado, intencional ou não. a) Leia as falas e explique o trocadilho destacado. [CHICÓ: Mas era vivo quando eu “tive” o bicho. JOÃO GRILO: Quando você “teve” o bicho, Chicó? E você é pai dele?] b) Com o trocadilho, percebe-se que João Grilo, de fato, não se convence da veracidade das histórias de Chicó. Em "E você é pai dele?", evidencia-se uma ( ) comparação. ( ) ironia. ( ) contradição. ( ) suposição. 7. Releia a seguinte fala de Chicó: "Foi uma velhinha que me vendeu mais barato, porque ia se mudar. Era um cavalo muito bom, era bento, parecia ter vindo dos deuses, João...". No caso da palavra velhinha, o sufixo -inha acrescenta a ideia de a) pequenez. b) desprezo. c) afetividade. d) admiração.
Responda
SOCORRO É PRA AMANHÃ 7. Releia a seguinte fala de Chicó: "Foi uma velhinha que me vendeu mais barato, porque ia se mudar. Era um cavalo muito bom, era bento, parecia ter vindo dos deuses, João...". No caso da palavra velhinha, o sufixo -inha acrescenta a ideia de a) pequenez. b) desprezo. c) afetividade. d) admiração. 8. Segundo a gramática normativa, os fenômenos de prefixação e de sufixação não ocorrem, necessariamente, de forma simultânea, ou seja, uma palavra que contém um prefixo e um sufixo pode ter sofrido duas derivações em contextos distintos. Observe: JOÃO GRILO: E ele vem mesmo? Estou desconfiado, Chicó. Você é tão sem confiança! a) Qual palavra dá origem aos termos destacados no trecho acima? Como esses termos foram formados a partir da palavra de origem? b) Usando o processo de derivação prefixal e sufixal, que substantivo abstrato se pode formar a partir do verbo confiar? 9. A derivação parassintética é o processo em que acontece simultaneamente o acréscimo de prefixo e de sufixo à palavra primitiva. Entre os itens a seguir, marque aquele em que está presente um caso de derivação parassintética. a) Operaçãozinha b) Conversinha c) Principalmente d) Assustadora 10. Releia as frases a seguir, retiradas do texto, e indique o processo de formação da palavra destacada. a) "À esquerda um vasto campo “empoeirado” e cactos !." b) ".. tudo isso ao som de uma música “nordestina”." c) ".) um personagem clássico da literatura, que “sobrevivia” graças à sua astúcia." d) "Todos os atores “reunidos” de frente a uma igreja no meio do nada."
Responda
SOCORRO É PRA AMANHÃ Texto 2 Busca ao tesouro Monteiro Lobato 1ª CENA Dona Benta: Bom dia! (ou Boa tarde) Gosto muito de contar histórias para as crianças. Hoje estou aqui para contar mais uma história muito interessante a vocês. É a história de um tesouro escondido. Um tesouro muito valioso. Todos que tinham alguns problemas e tocassem naquele tesouro, os problemas de-sapareciam. A nossa história começa quando Pedrinho sonha numa noite de luar. Pedrinho: (Deitado em sua caminha, luar ao fundo, a boneca Emília entra) Emília: Pedrinho, acorda. Você tem uma grande missão a realizar. Pedrinho: O quê? (acordando) Quem está falando? Emília: Sou eu, a boneca Emília. Não me conhece mais, não? Sou a boneca de Narizinho. Pedrinho: Boneca Emília? Mas bonecas não falam. Deve ser um sonho. Vou voltar a dormir. (deita-se) Emília: Será que eu vou ter que beliscar o seu bumbum? Pedrinho: Acho bom, pra eu ter certeza que não é um sonho. Emília: (Se aproxima e belisca o seu bumbum) Pedrinho: Ai! Doeu, sabia? Emília: Você não pediu? Pedrinho: Pedi, mas não precisava exagerar. Emília: E então, está preparado? Pedrinho: Preparado pra quê? Emília: Preparado para encontrar um grande tesouro. Pedrinho: Tesouro? Que tesouro? Emília: O que você vai procurar. Pedrinho: Mas é necessário que eu vá mesmo? Por que eu? Emília: Porque você foi o escolhido. Pedrinho: Essa história não está me cheirando bem. Mas, se é para o bem de todos, diga aos seus superiores que eu vou. 二--民月 2ª CENA Dona Benta: Pedrinho, então, juntou as suas coisas de viagem, colocou em uma maletinha e saiu estrada afora. Em busca daquele tal tesouro. Mas, quando ele estava no meio do caminho, descobriu que não tinha pegado as pistas e imaginou... Pedrinho: Caramba, mas pra que lado eu vou? Pra lá ou para cá? Estou perdido. E agora? O que faço? Visconde: (entrando) Bom dia, Pedrinho! Pra onde você está indo? Pedrinho: Não sei. Acho que me perdi. Eu tinha que encontrar um grande tesouro, mas não me deram as pistas. Visconde: Que tesouro é esse? Pedrinho: Não sei te informar, só sei que é um grande tesouro. Visconde: Posso ir com você? Pedrinho: Eu acho que pode. Visconde: Então vamos por ali. Acho que sei o caminho. (sai na frente) Pedrinho: Mas como que ele sabe o caminho? (sai também) 1-5-具月- зª CENA Dona Benta: Mas eis que naquela estrada uma vila muito ruim resolve aparecer para atrapalhar tudo. Porque ela tinha muito interesse naquele tesouro. Era a bruxa Cuca. Cuca: Então quer dizer que esses dois estão indo procurar um grande tesouro. Pois fiquem sabendo que eu também estou procurando esse tesouro. Ele é muito valioso. É mágico. E, como eu já sei fazer algumas mágicas, com ele vou fazer muito mais, e serei a Dona do Sítio do Picapau Amarelo. Mas sozinha acho que não vou conseguir, preciso de um aliado. (aparece o Saci) Acho que já encontrei alguém. Saci: Bom dia, Cuca! O que está fazendo por aqui? Cuca: Procurando um grande tesouro. Um supertesouro. Um baita de um tesouro. Será que você não podia me ajudar, não? Saci: Ajudar? Eu? Será que eu devo, hein, crianças? Cuca: Repartirei a metade com você, está bem? Saci: A metade? Um grande tesouro? [...] Então eu vou. 1. Você deve ter percebido que, assim como no texto 1, também há rubricas ao longo do texto 2. Com base nessas rubricas, responda ao que se pede. a) Em qual espaço imaginário a 1ª cena acontece? Como você chegou a essa conclusão? b) E a 2ª cena, em qual espaço se desenvolve? O que essa cena retrata? 2. Na peça em estudo, Dona Benta assume o papel de narradora. Além dela, a obra apresenta diversas personagens. Pensando nisso, responda ao que se pede. a) Qual é a função de Dona Benta na peça? b) Quantas e quais são as personagens que aparecem na narrativa? Quais delas estão em busca do tesouro? 3.Ao analisar os dois textos deste capítulo, é possível perceber que o texto teatral é organizado em cenas. Com base na sua leitura, como você define uma cena? 4. Você já estudou o que são as rubricas e qual é sua função no texto teatral. Retire do texto dois exemplos de rubricas que indicam quando uma personagem deve entrar em cena e dois exemplos que indicam quando uma personagem deve sair de cena. 5. Que personagem você acha que é a mais provável de encontrar o tesouro? Por quê?
Responda
SOCORRO É PRA AMANHÃ Barco sem rumo Há muitos anos, no fim da última guerra, mais para o ano de 1945, diziam os jornais de um navio fantasma percorrendo os mares e procurando um porto. Sua única identificação: - drapejava no alto mastro uma bandeira branca. Levava sua carga humana. Salvados de guerra e de uma só raça. Incerto e sem destino, todos os portos se negaram a recebê-lo. Acompanhando pelo noticiário do tempo o drama daquele barco, mentalmente e emocionalmente umabauera cada poro do meu Pais e escrevia em letras de diamantes: Desce aqui. Aceita esta bandeira que te acolhe fraterna e amiga. Comiecome mourose compendio. Como anda pro da spritade Aguarda tempos novos para todos. Não subestimes nossa ignorância e pobreza Aceita com humildade o que te oferecemos: terra generosa e trabalho fácil. Reparte com quem te recebe teu saber milenar, Judeu, meu irmão. 1. Ao criar poemas, o autor assume outra identidade - o eu lírico, que pode ser imaginário e possuir características bem diferentes das do autor. a) Como se pode caracterizar o eu lírico do poema anterior? b) Transcreva versos do poema que comprovam sua resposta ao item anterior. c) O que o eu lírico relata nas duas primeiras estrofes? 2. A respeito da estrutura do poema, responda ao que se pede. a) Quantos versos há no poema lido? b) De quantas estrofes é constituído o poema? c) As estrofes são regulares, ou seja, apresentam o mesmo número de versos? Como elas são formadas? 3. Os poetas podem explorar a sonoridade dos poemas por meio de rima ou pela forma como alternam versos longos e curtos. a) No poema lido, há ocorrências de rima? b) Como a poeta explora a melodia do poema? c) Leia novamente a estrofe a seguir. Há muitos anos, no fim da última guerra, mais para o ano de 1945, diziam os jornais de um navio fantasma percorrendo os mares e procurando um porto. Nessa estrofe, que elementos textuais aproximam o poema de um texto em prosa? 4. O poema "Barco sem rumo" sensibiliza sobre o drama dos refugiados de guerras, que nem sempre são bem acolhidos em outros países. Assim, é feita uma referência a preconceitos e Xenofobia refere-se a aversão, temor ou anti- xenofobia que essas pessoas, muitas vezes, vivenciam. Nas narrações do eu lírico, o verso que melhor representa essa ideia é a) "percorrendo os mares e procurando um porto." b) "Levava sua carga humana." c) "Salvados de guerra e de uma só raça." d) "Incerto e sem destino [...]!" e) "todos os portos se negaram a recebê-lo." 5. Ao escrever um poema, o poeta realiza um trabalho especial com as palavras, utilizando-se de recursos como as figuras de linguagem para transmitir ao leitor as imagens e sensações pretendidas. Em "Levava sua carga humana", o termo destacado é uma metáfora porque ( ) estabelece uma relação entre a carga de um navio e o povo judeu, que, por não ter território delimitado, buscava refúgio em outros países. ( ) atribui uma característica humana à carga, que representa a responsabilidade de transportar os refugiados nos porões do navio. 6. No verso "diziam os jornais de um navio fantasma", a disposição gramatical dos termos não atende à ordem direta da oração, constituindo, assim, uma figura de linguagem muito usada como recurso poético. a) Que figura de linguagem está presente no verso? Explique. b) Reescreva o trecho na ordem direta. c) Transcreva do poema outro verso em que haja a mesma figura de linguagem e rees-creva-o na ordem direta.
Responda
SOCORRO É PRA AMANHÃ Estação de parada Burburinho. Lufa-lufa. "Com licenças" apressados.... Alemães, italianos, rio-grandenses, fundindo ao sol um idioma novo singular, com que todos se entendem: — Oigalê alemoa tafuleira! [..] - Mein liebchen, wie bist du mager! Harmonia... Colorido... Tenho o corpo doído, os membros lassos, os olhos abertos como bocas sequiosas querendo beber todos os aspectos de uma vez... Bato os pés esquecidos de andar, no lajedo escaldante da gare para desentorpecê-los, e sobem do chão ondas de pó dourado. Parece que estou me apeando de uma nuvem preciosa de areias monazíticas.... FORMIGAMENTO… 1. Sabendo que o título do poema se refere a uma estação de trem, local de chegada e partida de viajantes, qual é o sentimento expresso pelo eu lírico ao descrever sua chegada a esse lugar? •Como ele descreve o ambiente que encontra? 2. Que característica cultural destacada pelo eu lírico resulta do encontro dos imigrantes na estação? 3. Um dos aspectos da linguagem que mais se destacam no poema de Ernani Fornari é a sonori-dade. Nas duas primeiras estrofes, é possível imaginar os sons ouvidos pelo eu lírico na estação de parada. a) A onomatopeia é um fenômeno linguístico no qual uma palavra é formada com base na imitação de um som que pode ser associado a ela (por exemplo, tique-taque é uma onomatopeia que busca reproduzir o som dos ponteiros de um relógio, e zum-zum lembra o ruído produzido por certos insetos, como a abelha, o besouro e a mosca). Indique uma onomatopeia usada na primeira estrofe do poema e descreva o som que ela pretende reproduzir. b) Ainda na primeira estrofe, o autor usa uma metáfora, figura de linguagem em que se utiliza uma palavra ou expressão no lugar de outra, por meio de uma característica semelhante entre as duas, produzindo novos sentidos. Localize-a e explique a ideia que ela expressa. c) Ao reproduzir falas de pessoas que se encontram na estação de trem, na segunda estrofe, qual objetivo é almejado pelo autor? Mesmo sem conhecer o significado das falas reproduzidas, o que o leitor pode entender com base nelas? 4. Entre as figuras de linguagem mais utilizadas na literatura, destacam-se a comparação e a metáfora. Você recorda a distinção entre elas? a) Explique essa distinção, analisando os seguintes versos presentes na terceira estrofe: "os olhos abertos como bocas sequiosas querendo beber todos os aspectos de uma vez..." b) Reescreva os dois versos, transformando a comparação em metáfora e a metáfora em comparação. 5. A personificação é uma figura de linguagem que consiste em atribuir ações, qualidades ou sentimentos a objetos inanimados ou seres irracionais. Leia a seguir os trechos do texto 3 e assinale aquele em que há ocorrência de personificação. ( ) "e sobem do chão ondas de pó dourado" ( ) "Bato os pés esquecidos de andar"
Responda
SOCORRO É PRA AMANHÃ Texto 2 Há muitos anos, no fim da última guerra, mais para o ano de 1945, diziam os jornais de um navio fantasma percorrendo os mares e procurando um porto. Sua única identificação: - drapejava no alto mastro uma bandeira branca. Levava sua carga humana. Salvados de guerra e de uma só raça. Incerto e sem destino, todos os portos se negaram a recebe-lo. Acompanhando pelo noticiário do tempo o drama daquele barco, mentalmente e emocionalmente eu arvorava em cada porto do meu Pais uma bandeira de Paz e escrevia em letras de diamantes: desce aqui. Aceita esta bandeira que te acolhe fraterna e amiga. Barco sem rumo Convive com o meu povo pobre. Compreende e procura ser compreendido. Come com ele o pão da fraternidade e bebe a água pura da esperança. Aguarda tempos novos para todos. Não subestimes nossa ignorância e pobreza. Aceita com humildade o que te oferecemos: terra generosa e trabalho fácil. Reparte com quem te recebe teu saber milenar, Judeu, meu irmão. 8. O poema "Barco sem rumo" faz referência a perseguições que o povo judeu sofreu em um momento de sua história, quando precisou procurar abrigo em alguns países e este lhe foi negado. a) Qual é o sentimento revelado pelo eu lírico sobre o fato referido? b) Das alternativas a seguir, qual(is) indica(m) comportamento(s) que diverge(m) da atitude do eu lírico? ( ) Egoísmo ( ) Tolerância ( ) Preconceito ( ) solidariedade c) Atualmente, ainda há povos que vivenciam drama semelhante ao exposto no poema? Pesquise e compartilhe sua resposta com a turma. 9. Compare a imagem do Brasil construída no poema de Cora Coralina com aquela apresentada por Gonçalves Dias. Cora Coralina Há muitos anos, no fim da última guerra, mais para o ano de 1945, diziam os jornais de um navio fantasma percorrendo os mares e procurando um porto. Sua única identificação: - drapejava no alto mastro uma bandeira branca. Levava sua carga humana. Salvados de guerra e de uma só raça. Incerto e sem destino, todos os portos se negaram a recebê-lo. Acompanhando pelo noticiário do tempo o drama daquele barco, mentalmente e emocionalmente eu arvorava em cada porto do meu País uma bandeira de Paz e escrevia em letras de diamantes: desce aqui. Aceita esta bandeira que te acolhe fraterna e amiga. Barco sem rumo Convive com o meu povo pobre. Compreende e procura ser compreendido. Come com ele o pão da fraternidade e bebe a água pura da esperança. Aguarda tempos novos para todos. Não subestimes nossa ignorância e pobreza. Aceita com humildade o que te oferecemos: terra generosa e trabalho fácil. Reparte com quem te recebe teu saber milenar, Judeu, meu irmão. Gonçalves Dias Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabia; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Canção do exilio Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar - sozinho, à noite - Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabia.
Responda
SOCORRO É PRA AMANHÃ ALGEM ME AJUDA POR FAVOR 1. No início do texto, encontram-se os nomes das personagens que participarão da cena. Por que é importante, em um texto teatral, que essa informação venha em primeiro lugar? 2. Como as falas das personagens são indicadas no texto 1? 3. Uma das principais características do texto teatral ou dramático é a ação. Esse tipo de texto é destinado a representar histórias, fictícias ou não, por meio da encenação. Por isso, geralmente, apresenta as falas de cada personagem bem delimitadas e contém marcações que descrevem o que ocorre nas cenas. Essas marcações são chamadas de indicações de cena ou rubricas. a) Cite pelo menos duas rubricas que constam no texto O segredo de Cocachim. b) Por que elas são fundamentais para esse tipo de texto? c) Como esses trechos aparecem destacados? Transcreva um exemplo. 4. No texto, duas personagens estão em busca de um tesouro. Qual é a origem desse tesouro? A quem ele seria destinado inicialmente? O que aconteceu para que ele não chegasse a esse des tinatário? 5. Para alcançar o tesouro, Bia e Beto precisaram vencer desafios. a) Como os desafios eram comunicados a eles? b) Em que consistia o desafio de decifrar o Segredo das Palavras Escuras? 6. Depois de vencer os desafios, as personagens finalmente encontraram o tesouro. a) Que tesouro era esse? b) Por que Beto e Bia decidiram não ficar com ele? Que consequências esse tesouro poderia trazer se não fosse bem utilizado? 7. Releia, a seguir, um trecho da última fala da Princesa Cocachim. VOZ EM OFF DA PRINCESA: Vocês conseguiram uma coisa mais difícil do que encontrar o tesouro. Vocês entenderam que às vezes é mais importante renunciar e abrir mão de um poder, porque isso pode ferir o mundo e a natureza. Esse é o grande mistério, que muita gente não vê. ...] aprender a) De acordo com a princesa, Beto e Bia descobriram algo mais importante que o tesouro, pois aprenderam que se deve ( ) renunciar a qualquer tipo de poder, pois assim evita-se que o mundo e a natureza sejam prejudicados. ( ) pensar na coletividade e nas consequências das próprias ações em vez de agir apenas em benefício próprio. ( ) considerar somente a própria vontade ao fazer uma escolha, independentemente das consequências. b) Você concorda com a afirmação da princesa? Justifique sua resposta. 8. Por que, no texto, a indicação da fala da princesa destacada na questão anterior contém a expressão "em off"? 9. Em relação à linguagem utilizada pelas personagens no texto, você acha que ela se aproxima do modo como as pessoas falam no dia a dia? Por que as falas são representadas dessa forma? • Transcreva uma das falas das personagens que confirme sua resposta.
Responda
SOCORRO É PRA AMANHÃ Texto 2 A canção "Cidadão", de Zé Ramalho, representa os milhares de trabalhadores da construção civil, que passam a vida construindo lugares que lhes são inacessíveis. Leia-a e reflita sobre as causas dessa negação de direitos. Cidadao Tá vendo aquele edifício, moço? Ajudei a levantar Foi um tempo de aflição Eram quatro condução Duas pra ir, duas pra voltar Hoje depois dele pronto "Óio pra cima e fico tonto Mas me vem um cidadão E me diz desconfiado: - Tu tá aí admirado? Ou tá querendo roubar? Meu domingo tá perdido Vou pra casa entristecido Dá vontade de beber Eu emposso impo étio Que eu ajudei a fazer Tá vendo aquele colégio, moço? Onde o padre diz amém Eu também "trabaiei" lá Pus o sino e o badalo Enchi minha mão de calo Lá eu "trabaiei" também Ajudei a rebocar Lá foi que valeu a pena vim pra mimo contente: Tem quermesse, tem novena E o padre me deixa entrar — Pai, vou me matricular Mas me diz um cidadão: Foi lá que Cristo me disse: — Criança de pé no chão — Rapaz, deixe de tolice Aqui não pode estudar Não se deixe amedrontar Fui eu quem criou a terra Essa dor doeu mais forte Enchi o rio Por que é que eu deixei o Norte? Eu me pus a me dizer: Fiz a serra Lá a seca castigava Não deixei nada faltar Mas o pouco que eu plantava Hoje o homem criou asas Tinha direito a comer E na maioria das casas Tá vendo aquela igreja, moço? Eu também não posso entrar 1. O eu lírico do texto 2 pode ser considerado um cidadão? Por quê? 2. Por que o eu lírico não pode entrar na maioria das construções feitas por ele? 3. Como um cidadão, escreva um discurso político, defendendo os direitos à educação, à saúde e à moradia.
Responda
SOCORRO É PRA AMANHÃ Como "Vale do Silício" na Amazônia pode ser único jeito de salvar floresta A maior floresta tropical do planeta pode se transformar no próximo "Vale do Silicio" e mudar os paradigmas de desenvolvimento sustentável. A proposta de fazer da Amazônia um polo de inovação tecnológica em grande escala parte de um grupo de cientistas que, em estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), defende que os 6,7 milhões de kmz da floresta escondem matérias-primas que devem impulsionar a Quarta Revolução Industrial. De acordo com os autores, produtos e serviços inovadores de alto valor agregado podem ser criados ao unir as avançadas tecnologias digitais e biológicas - como inteligência artificial, robótica, internet das coisas, genômica, edição genética, nanotecnologias, impressão 3D - ao conhecimento tradicional da região. O estudo foi liderado por Carlos Afonso Nobre, da Academia Nacional de Ciências dos EUA e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), e pelo empreendedor peruano Juan Carlos Castilla-Rubio, engenheiro bioquímico da Universidade de Cambridge (Reino Unido) e presidente da Space Time Ventures, empresa especializada em inovações da Quarta Revolução Industrial. "As nossas análises mostraram que se continuarmos com os dois modelos de desenvolvimento historicamente usados, que são a conservação pura da floresta e a atividade agropecuária, o desmatamento vai continuar. Se não encontrarmos uma outra maneira, a floresta vai desaparecer", afirmou Carlos Nobre, principal autor do estudo, em entrevista à DW Brasil. Chamada de "terceira via", a proposta dos cientistas enxerga a Amazônia como um patrimônio biológico global, que pode impulsionar a nova revolução movida a inteligência artificial e tecnologias que "imitam" a natureza - o biomimetismo. […]| "Conhecemos o caso de uma espuma resistente produzida por um sapo que inspirou a criação de uma nova tecnologia de captura de CO? da atmosfera", diz Juan Carlos Castilla-Rubio. [.] Para Castilla-Rubio, a Amazônia é o próximo centro de inovações do mundo, mas ainda é cedo para dizer se a floresta tropical será tomada por laboratórios de alta tecnologia. "Ainda não sabemos como isso vai acontecer exatamente, é um tema que vai durar 20 anos ou mais. Mas sabemos que a capacidade e o conhecimento local precisam ser reforçados, e muito", comenta o especialista, que compara o nível de dificuldade do projeto "à ida do homem à Lua". Atualmente, apenas 2% dos doutores formados anualmente no Brasil vêm de universidades ama-zonenses. Ao mesmo tempo, a Amazônia é o lar de cerca de 2,7 milhões de indígenas. Para que essas comunidades se beneficiem do "Vale do Silício Amazônico", a pesquisadora Bensusan diz que é preciso reverter uma tendência: "Os conhecimentos tradicionais são desrespeitados […] Nobre reconhece as dificuldades: É difícil essa articulação do que realmente retorna para os povos da floresta quando o conhecimento deles é apropriado e se torna um produto no mercado. Mas a Lei da Biodiversidade está aí para ser testada", diz o cientista, fazendo referência à legislação aprovada em 2015, que prevê pagamento às comunidades indígenas por parte da indústria. "É por isso que a revolução impulsionada pela Amazônia tem que ser inclusiva", defende Nobre. "E a única maneira de isso acontecer é pela qualidade da educação. E não dá para eliminar o gover-no: é ele que tem que garantir capacitação profissional e pesquisa básica. A revolução vai acontecer, queremos que ela traga o melhor impacto e benefício para a floresta e quem vive dela", finaliza. 1. Que assunto é abordado no texto? 2. De acordo com as falas dos cientistas apresentadas no texto, quais desafios existem para o desenvolvimento sustentável da Amazônia? 3. Que propostas são apresentadas para superar essas dificuldades?
Responda

Helpful Social

Copyright © 2024 ELIBRARY.TIPS - All rights reserved.