ANO SEM CARNAVAL (Samarone Lima) (...) Mas o mundo dá muitas voltas, como já diz a velha lenda. Em março de 2017, mudei para uma bela casa em Olinda, em plena Rua 13 de Maio, onde abri um sebo. Trinta anos depois daquela chegada desamparada na Rodoviária do Recife, estava no olho do furacão carnavalesco de Pernambuco. Como seria viver numa cidade que aparece para o mundo com suas ruas sempre empanturradas de gente, adorando orquestras raçudas, estandartes os mais diversos, clarins abrindo desfiles e tantas histórias em cada esquina? Cheguei exatamente duas semanas após a Quarta-feira de Cinzas. Sou daqueles que acreditam que não só as pessoas têm vida própria, mas cidades, lugares, objetos, enfim. A cidade estava numa ressaca tremenda, movida a Engov e outros penduricalhos que tomamos, nos momentos de maior exagero. Um silêncio absoluto tomava conta das ruas. bares, botecos, restaurantes quase não funcionavam, ou abriam com uma má-vontade tremenda. Lá pelo mês de junho, quando algumas coisas retomaram, perguntei até quando duraria aquela morgação. (...) O trecho retirado da crônica de Samarone retrata um pouco dos festejos do carnaval em Olinda, que tem suas ruas lotadas de pessoas de todos os lugares do mundo e que, junto com o Recife, tem o melhor carnaval de rua do mundo. Diferente dos anos anteriores, 2021 foi o primeiro ano sem carnaval na cidade. Infelizmente, em 2022 o grande carnaval de rua foi cancelado mais uma vez, devido ao aumento de variantes do coronavírus e da propagação da gripe. Considerando a narrativa do excerto apresentado, o autor utilizou-se ao fim da sentença de uma expressão muito comum da fala oralizada pernambucana: morgação. Pelo que é possível compreender a partir do texto, essa expressão significa: (A) “Arriação”; “Sacanear”. (B) Animação; Celebração. (C) Manifestação; Barulho. (D) Coisa parada; “sem graça
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