“Aristóteles concebe a natureza como dotada de uma finalidade, um telos, considerando o ser humano como parte da natureza. Essa finalidade consiste em que cada coisa que pertence à natureza deve realizar o seu potencial; por exemplo, uma semente se transforma em árvore, um ser humano busca realizar-se plenamente em sua vida e em suas atividades. O processo de realização do próprio potencial, no caso dos objetos naturais, é imanente a eles mesmos, está inscrito em sua própria natureza e, dadas as condições adequadas, isso ocorrerá. No caso do ser humano, isso dependerá das decisões corretas que este tomar...”
Com base no trecho sobre o fundamento de Aristóteles em relação à natureza e o homem, analise as afirmativas a seguir:
I. A concepção aristotélica inclui o ser humano como parte do todo, sem exaltá-lo como superior, fazendo-o como uma parte de uma complexa relação de elementos e criaturas cumprindo com suas condições inatas.
II. A concepção aristotélica concede ao ser humano certa inocência, pois, até que este tenha atingido um bom nível de amadurecimento, dificilmente, será responsabilizado pelos seus atos, por carecer de consciência apurada sobre si mesmo.
III. A concepção aristotélica concebe que cada coisa tem um objetivo e propósito, ou seja, que cada criatura ou coisa tem um papel importante na economia dos ecossistemas, contribuindo com a manutenção do equilíbrio natural, mesmo o ser humano que goza de certa liberdade em relação ao seu modo de agir.
IV. A concepção aristotélica afirma que a natureza, em si, é capaz de se autogerar, por estar mais ligada aos fenômenos sensíveis em si, ou seja, responde aos estímulos externos, enquanto o ser humano, além disso, tem a capacidade de refletir sobre a qualidade de suas ações, o que lhe implica um desenvolvimento distinto.
É correto o que se afirma em:
Alternativas
Alternativa 1:
II, apenas.
Alternativa 2:
I e II, apenas.
Alternativa 3:
III e IV, apenas.
Alternativa 4:
I, III e IV, apenas.
Alternativa 5:
I, II, III e IV.
Lista de comentários
A teologia de Aristóteles se baseia na crença de que existe um Deus que é o impulsionador impassível do universo. Este Deus é a causa de todo movimento, mas não é ele mesmo movido por nada. Aristóteles acreditava que este Deus é perfeito, e que todos os outros seres são cópias imperfeitas dele. Temos como alternativa:
Motor imóvel Ato e potência
Se Deus devesse sua existência a alguém ou precisasse de alguém ou de alguma coisa, Ele não seria Deus. O conceito de que z foi causado por y causado por w causado por x deve ter um começo. A cadeia não pode continuar infinitamente ou o universo seria eterno e sabemos que ele tem um inicio, portanto, é impossível cruzar o infinito.
A regressão infinita é impossível e toda cadeia de eventos deve ter um começo no tempo. O tempo teve um começo, assim como o cosmos e tudo nele. Deus é eterno sem começo porque Ele é a Causa Primeira ou o motor imóvel que fez a bola rolar e tomou a iniciativa de criar. Se Deus fosse movido, Ele não seria eterno, mas teria um começo e seria causado no tempo. Mas Ele criou o tempo e não está sujeito ao seu continuum de tempo-espaço, nem definido nem limitado por ele.
Todo acontecimento tem uma causa e tudo que passa a existir tem uma causa, portanto Deus não pode ser causado ou seria efeito de algo e não a causa. Não pode haver efeitos não causados, mas pode haver causas não causadas ou motores imóveis logicamente. Isso se chama autoexistência ou asseidade.
Ato e potência
Aristóteles usou para distinguir entre um estado real (ato) e um estado potencial (potência). Um estado real pode ser distinguido de outro estado igualmente real por ter um certo potencial que o outro estado real não possui. Essa distinção permite que Aristóteles aborde pelo menos três conceitos importantes: possibilidade, crescimento e movimento. Três exemplos correspondentes:
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