December 2022 1 55 Report
As primeiras duas décadas do século XXI, no Brasil e no mundo globalizado, foram marcadas por consideráveis avanços científicos, dentre os quais destacam-se as tecnologias de informação e comunicação (TICs). Nesse sentido, tal panorama promoveu a ampliação do acesso ao conhecimento, por intermédio das redes sociais e mídias virtuais. Em contrapartida, nota-se que essa realidade impôs novos desafios às sociedades contemporâneas, como a possibilidade de manipulação comportamental via dados digitais. Desse modo, torna-se premente analisar os principais impactos dessa problemática: a perda da autonomia de pensamento e a sabotagem dos processos políticos democráticos. Em primeira análise, é lícito postular que a informação é um bem de valor social, o qual é responsável por modular a cosmovisão antropológica pessoal e influenciar os processos de decisão humana. Nesse raciocínio, as notícias e acontecimentos que chegam a um indivíduo exercem forte poder sobre tal, estimulando ou suprimindo sentimentos como empatia, medo e insegurança. Língua Portuguesa – 1ª Série É factual, portanto, que a capacidade de selecionar – via algoritmos – as reportagens e artigos que serão vistos por determinado público constitui ameaça à liberdade de pensamento crítico. Evidenciando o supracitado, há o livro "Rápido e devagar: duas formas de pensar", do especialista comportamental Daniel Khaneman, no qual esse expõe e comprova – por meio de décadas de experimentos socioculturais – a incisiva influência dos meios de comunicação no julgamento humano. Torna-se clara, por dedução analítica, a potencial relação negativa entre a manipulação digital por dados e a autonomia psicológica e racional da população. O autor defende a tese de que “Desse modo, tornase premente analisar os principais impactos dessa problemática: a perda da autonomia de pensamento e a sabotagem dos processos políticos democráticos.” Para tanto, ele utilizou-se do argumento: (A) “[...] tal panorama promoveu a ampliação do acesso ao conhecimento.” (B) “É factual, portanto, que a capacidade de selecionar [...]” (C) “Nesse raciocínio, as notícias e acontecimentos que chegam [...]” (D) “[...] há o livro " Rápido e devagar: duas formas de pensar", do especialista comportamental Daniel Khaneman, no qual esse expõe e comprova [...] a incisiva influência dos meios de comunicação no julgamento humano​
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Quem são os jovens que superaram a falta de cultura científica do Brasil? E por que eles são importantes para nosso desenvolvimento? Sem cultura de pesquisa nas escolas, o país não consegue formar uma geração de cientistas. No Brasil, são poucas as escolas que investem em uma metodologia que estimule a prática de ciências. A grande maioria aposta na formação voltada exclusivamente para os exames vestibulares e acaba preparando os alunos apenas para os tipos de provas mais comuns. Segundo Ennio Candotti, a falta de investimento em atividades de pesquisa se reflete também na escassez de professores de ciências. Remando contrária a essa maré, temos exemplos positivos que contrariam essa realidade. A estudante mineira Andreia Evangelista dos Santos, de 20 anos, conseguiu superar as dificuldades da escola pública. Durante uma greve de professores de quase cinco meses, em 2005, ela e um grupo de colegas começaram uma pesquisa sobre as condições de higiene dos alimentos vendidos na própria escola e em lanchonetes. Numa aula de Biologia, a estudante se interessou por um tema complexo: a capacidade de algumas plantas de interferir no desenvolvimento de outras, chamada alopatia. Com a ajuda da professora de Biologia, conseguiu isolar um extrato da planta leucena, uma espécie de árvore invasora que mata as outras ao redor. Andreia pretende usar o extrato para inibir o crescimento das próprias leucenas em uma região da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte. Lá, as leucenas estão atrapalhando a vegetação local. A pesquisa rendeu a Andreia o terceiro lugar no Prêmio Jovem Cientista. (Fonte: Revista Época) 1. No texto 1, o autor utiliza um argumento em defesa da escola pública. Identifique em que trecho esse argumento é defendido. ​
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