Estudando a cultura de uma sociedade, podemos descobrir seus anseios e, assim entendemos as modificações e a organização que ela realiza no espaço. Na cultura, percebemos elementos importantes que resultam no desenvolvimento ou subdesenvolvimento de um país. Podemos, ainda explicar grande parte dos conflitos armados, dos problemas sociais e ambientais que ocorrem em nosso mundo. A América Latina, antes mesmo de assim ter sido chamada, já era um espaço transformado e organizado de forma a atender às necessidades e aos interesses das sociedades que ali viviam (maias, incas, astecas, guaranis, aborígines, quíchuas, etc.). Essas sociedades possuíam entre si elementos semelhantes e diferentes. Posteriormente, aqui chegaram outros povos, vindos da Europa e da África, que, possuindo outra culturas, passaram a modificar o espaço geográfico (re)transformando-o e (re)organizando-o. Hoje, a América Latina é o resultado de processos, do passado e do presente, onde o contato entre as pessoas de diferentes sociedades deu origem a uma nova sociedade, possuidora de cultura própria, formada por todas as formas de expressão de um povo: fala, gestos, festas, literatura, música, dança, lendas, crenças manifestações religiosas, artesanato, entre outras. Os denominadores comuns dos países latino-americanos são: o passado colonial, o idioma (espanhol e português) e a religião católica. Os idiomas predominantes são o espanhol e o português. Cerca de 330 milhões de pessoas falam o espanhol, e 170 milhões falam o português. No Haiti 80% da população (isto é, 5 milhões, 1% de toda a América Latina) fala a língua crioula. As línguas crioulas são línguas inventadas no próprio continente, que resultaram da necessidade gerada pela convivência nas colônias de indivíduos (principalmente escravos) que não tinham uma língua comum entre si nem tiveram uma educação formal na língua oficial do colonizador. Na colonização das Américas os conquistadores tiveram de subjugar os nativos e escravos (negros). A tarefa de evangelização de ameríndios e negros coube especialmente às ordens religiosas (Igreja Católica). Cabe ressaltar, que na época da colonização, o rei comandava o Estado (país) e também controlava e fiscalizava a Igreja. Na catequese dos ameríndios, os jesuítas procuravam se inspirar nos usos e costumes indígenas, na sua linguagem, em seu universo mental, aproveitando-se de alguns ritos indígenas e de seu gosto pelas festas. Quanto aos negros, levava em conta a sua condição de escravo. Eram-lhe ministrados apenas rudimentos da doutrina cristã, pois se pretendia torná-lo dócil e conformado para, dessa forma, contornar as revoltas. Os negros eram proibidos pela Igreja Católica, de praticar rituais tradicionais africanos. Com essa proibição, eles criam o sincretismo religioso, ou seja, misturam as religiões nativas africanas e catolicismo romano. Religião e música são os elementos culturais mais emblemáticos da América latina. O uso dos tambores que resgatavam ritmos africanos unido a miscigenação, aliado ao sofrimento, saudade, criatividade, persistência, alegria, beleza, gingado, tradição, etc., fez com que surgissem novos ritmos, danças, celebrações... Na Argentina, o tango; na Colômbia, a cúmbia; em Cuba, o mambo; na Jamaica, o reggae; em Trinidad e Tobago, o calipso; no Brasil, o samba... A união desses três povos: ameríndios (nativos), europeus e africanos (negros), deram a esses países uma unidade cultural muito forte. Em cada região é possível encontrar uma festa religiosa, comer uma comida típica, apreciar um belo artesanato, dançar um ritmo quente, etc., e através dessas expressões conhecer um pouco mais a diversidade cultural desses povos latinos. Talvez esta seja a única e maior riqueza que temos, e quem ninguém poderá nos tirar. Nós um dia despertaremos para isso, e seremos o melhor desta terra.
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Estudando a cultura de uma sociedade, podemos descobrir seus anseios e, assim entendemos as modificações e a organização que ela realiza no espaço. Na cultura, percebemos elementos importantes que resultam no desenvolvimento ou subdesenvolvimento de um país. Podemos, ainda explicar grande parte dos conflitos armados, dos problemas sociais e ambientais que ocorrem em nosso mundo.
A América Latina, antes mesmo de assim ter sido chamada, já era um espaço transformado e organizado de forma a atender às necessidades e aos interesses das sociedades que ali viviam (maias, incas, astecas, guaranis, aborígines, quíchuas, etc.). Essas sociedades possuíam entre si elementos semelhantes e diferentes. Posteriormente, aqui chegaram outros povos, vindos da Europa e da África, que, possuindo outra culturas, passaram a modificar o espaço geográfico (re)transformando-o e (re)organizando-o. Hoje, a América Latina é o resultado de processos, do passado e do presente, onde o contato entre as pessoas de diferentes sociedades deu origem a uma nova sociedade, possuidora de cultura própria, formada por todas as formas de expressão de um povo: fala, gestos, festas, literatura, música, dança, lendas, crenças manifestações religiosas, artesanato, entre outras.
Os denominadores comuns dos países latino-americanos são: o passado colonial, o idioma (espanhol e português) e a religião católica.
Os idiomas predominantes são o espanhol e o português. Cerca de 330 milhões de pessoas falam o espanhol, e 170 milhões falam o português. No Haiti 80% da população (isto é, 5 milhões, 1% de toda a América Latina) fala a língua crioula. As línguas crioulas são línguas inventadas no próprio continente, que resultaram da necessidade gerada pela convivência nas colônias de indivíduos (principalmente escravos) que não tinham uma língua comum entre si nem tiveram uma educação formal na língua oficial do colonizador.
Na colonização das Américas os conquistadores tiveram de subjugar os nativos e escravos (negros). A tarefa de evangelização de ameríndios e negros coube especialmente às ordens religiosas (Igreja Católica). Cabe ressaltar, que na época da colonização, o rei comandava o Estado (país) e também controlava e fiscalizava a Igreja. Na catequese dos ameríndios, os jesuítas procuravam se inspirar nos usos e costumes indígenas, na sua linguagem, em seu universo mental, aproveitando-se de alguns ritos indígenas e de seu gosto pelas festas. Quanto aos negros, levava em conta a sua condição de escravo. Eram-lhe ministrados apenas rudimentos da doutrina cristã, pois se pretendia torná-lo dócil e conformado para, dessa forma, contornar as revoltas. Os negros eram proibidos pela Igreja Católica, de praticar rituais tradicionais africanos. Com essa proibição, eles criam o sincretismo religioso, ou seja, misturam as religiões nativas africanas e catolicismo romano.
Religião e música são os elementos culturais mais emblemáticos da América latina. O uso dos tambores que resgatavam ritmos africanos unido a miscigenação, aliado ao sofrimento, saudade, criatividade, persistência, alegria, beleza, gingado, tradição, etc., fez com que surgissem novos ritmos, danças, celebrações... Na Argentina, o tango; na Colômbia, a cúmbia; em Cuba, o mambo; na Jamaica, o reggae; em Trinidad e Tobago, o calipso; no Brasil, o samba...
A união desses três povos: ameríndios (nativos), europeus e africanos (negros), deram a esses países uma unidade cultural muito forte. Em cada região é possível encontrar uma festa religiosa, comer uma comida típica, apreciar um belo artesanato, dançar um ritmo quente, etc., e através dessas expressões conhecer um pouco mais a diversidade cultural desses povos latinos. Talvez esta seja a única e maior riqueza que temos, e quem ninguém poderá nos tirar. Nós um dia despertaremos para isso, e seremos o melhor desta terra.