ryankeven7
A instalação do regime ditatorial varguista trilhou uma nova página na história do cenário cultural brasileiro. Acompanhando de perto o desenvolvimento dos meios de comunicação no Brasil, o governo de Getúlio Vargas teve nítida preocupação em censurar e orientar as ideias e programas divulgados nesse período. Para tanto, foi criado o DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda – que passou a regulamentar o material publicado nos rádios, jornais, cinemas e revistas desta época.Além do controle, o DIP também fez claro uso dos meios de comunicação como instrumento elogioso ao regime e disseminador de um sentimento nacionalista. Nas escolas, os técnicos do governo passaram a se preocupar com a produção de um material didático que pudesse desenvolver um sentimento de forte apelo nacionalista. Dessa forma, o interesse estatal e o amor à nação se fundiam em um mesmo discurso que deveria se configurar harmonicamente.Nas redações dos jornais, a possibilidade de se divulgar alguma notícia contra Getúlio Vargas era minimizada de todas as formas possíveis. Se por acaso o DIP considerasse alguma notícia, artigo ou coluna subversivo, o Estado tinha poderes para fechar a empresa de comunicação ou suspender o fornecimento de papel ao jornal. Além disso, os veículos que faziam propaganda positiva do Estado Novo eram agraciados com a compra de seu espaço publicitário para propaganda oficial.
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