Cite algumas contribuição culturais islâmicas na península Ibérica:
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ThomasMarioLima
A conquista da Península Ibérica Resultado da expansão islâmica iniciada no século VII, o processo de conquista da Península Ibérica, iniciada pelos muçulmanos no ano 711, marcou um período de franco desenvolvimento econômico e cultural em uma região da Europa que seria marcada pela estagnação característica do continente durante grande parte da Idade Média, caso os muçulmanos não tivessem chegado até lá.A região foi dominada por cerca de sete séculos e mantém resquícios culturais da época até hoje. Mas como começou a “invasão” muçulmana na região, e como os conquistadores conseguiram ficar tanto tempo a ponto de influenciar (positivamente) a cultura local mesmo após deixar a Península? O último reino visigodo na Hispânia: Se olharmos o atual mapa-mundi, veremos que ali na Península Ibérica temos 3 países ocupando a região: Portugal, Espanha e um pedaço da França. Mas em 711 nós tínhamos na região vários reinos que muita das vezes não tinham sequer semelhanças culturais tão próximas a ponto de considerarmos reinos distintos apenas pelo fator político. Uma parte da região era ocupada pelos visigodos, um povo que era considerado bárbaro pelos romanos. Bárbaros ou não, os visigodos elegiam seus monarcas. E foi justamente por causa da eleição de um monarca que os muçulmanos tiveram a brecha para invadir a região.Em 710 o então atual rei dos visigodos, Vitiza, veio a falecer. As cortes então deveriam eleger um novo rei, mas Roderic – ou Rodrigo, tanto faz -, filho do antigo rei Chindasvinto, tomou o controle da parte sul da Hispânia em uma espécie de golpe de estado, fixando sua capital em Toledo. Na outra parte do reino, mais ao norte, o controle ficou com Ágila II, filho de Vitiza. Algumas fontes citam que Roderic teria planejado a morte de Vitiza, já pensando em tomar o poder. O que sabemos com absoluta certeza é que Ágila II pediu ajuda aos muçulmanos que já controlavam a região norte da África, com o intuito de defender as posições do reino, proteger seus simpatizantes que ainda viviam ao sul e retirar Roderic do poder de qualquer forma, além de uma outra reivindicação que será comentada a seguir. O argumento principal utilizado por Ágila II para motivar e até mesmo forçar a ajuda muçulmana foi colocar no tabuleiro das negociações uma das leis islâmicas presentes na shariah – o código de leis do islamismo – que diz que os muçulmanos devem sempre proteger os “povos do livro”, ou seja, os cristãos e os judeus, além dos muçulmanos que vivam em outras regiões. É isto mesmo que você está lendo: apesar das várias discordâncias entre as três principais religiões monoteístas, a lei islâmica prevê que seu povo deve defender, sempre que possível, os seguidores das outras religiões que, segundo o islâ, também seguem uma “escritura sagrada”.O que ocorria na Península Ibérica era que os judeus vinham sofrendo perseguições, principalmente dos seguidores de Roderic. Só que esta perseguição vinha desde 612, quando foi instituído o batismo obrigatório dos judeus, sob pena de expulsão e confisco dos bens. Ou seja: a perseguição era antiga, mas foi usada como pretexto para motivar os muçulmanos a invadir a região. Então, para defender os judeus e também para auxiliar Ágila II, Tārik ibn Ziyād foi destacado para comandar o exército muçulmano na região. O general Tärik atravessou o Estreito de Gibraltar após a abertura do porto em Ceuta, na África, desembarcando justamente no rochedo de Gibraltar, que após a invasão ficou conhecido como “Djebel el-Tärik”, ou “Monte Tärik”.Conta-se que Tärik mandou queimar todos os barcos após o desembarque, instigando os soldados a vencer o inimigo de qualquer jeito.E em 19 de Julho de 711, na Batalha de Guadalete, as tropas muçulmanas venceram os visigodos liderados por Roderic, que acabou morrendo naquele combate. Península Ibérica em 750 .O que sabemos é que era costume dos islâmicos respeitarem o culto dos povos conquistados, desde que estes pagassem impostos e não atrapalhassem o comércio e o desenvolvimento da região, o que dá margem à ideia de que a perseguição aos judeus diminuiu ou praticamente acabou, e os católicos também tiveram sua crença respeitada. E, é lógico, a região ficou livre da filosofia vigente em grande parte da Europa ocidental, liderada pela Igreja Católica Apostólica Romana.Córdoba, Lisboa, Granada, Mértola, Beja, Toledo e Arraiolos. Todas são cidades da península que alcançaram grande desenvolvimento após a invasão islâmica.
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vivilinda5
Foram eles que construíram no ocidente o algarismo hindu, que hoje é conhecido por arábico
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Resultado da expansão islâmica iniciada no século VII, o processo de conquista da Península Ibérica, iniciada pelos muçulmanos no ano 711, marcou um período de franco desenvolvimento econômico e cultural em uma região da Europa que seria marcada pela estagnação característica do continente durante grande parte da Idade Média, caso os muçulmanos não tivessem chegado até lá.A região foi dominada por cerca de sete séculos e mantém resquícios culturais da época até hoje. Mas como começou a “invasão” muçulmana na região, e como os conquistadores conseguiram ficar tanto tempo a ponto de influenciar (positivamente) a cultura local mesmo após deixar a Península?
O último reino visigodo na Hispânia:
Se olharmos o atual mapa-mundi, veremos que ali na Península Ibérica temos 3 países ocupando a região: Portugal, Espanha e um pedaço da França. Mas em 711 nós tínhamos na região vários reinos que muita das vezes não tinham sequer semelhanças culturais tão próximas a ponto de considerarmos reinos distintos apenas pelo fator político.
Uma parte da região era ocupada pelos visigodos, um povo que era considerado bárbaro pelos romanos. Bárbaros ou não, os visigodos elegiam seus monarcas. E foi justamente por causa da eleição de um monarca que os muçulmanos tiveram a brecha para invadir a região.Em 710 o então atual rei dos visigodos, Vitiza, veio a falecer. As cortes então deveriam eleger um novo rei, mas Roderic – ou Rodrigo, tanto faz -, filho do antigo rei Chindasvinto, tomou o controle da parte sul da Hispânia em uma espécie de golpe de estado, fixando sua capital em Toledo. Na outra parte do reino, mais ao norte, o controle ficou com Ágila II, filho de Vitiza.
Algumas fontes citam que Roderic teria planejado a morte de Vitiza, já pensando em tomar o poder. O que sabemos com absoluta certeza é que Ágila II pediu ajuda aos muçulmanos que já controlavam a região norte da África, com o intuito de defender as posições do reino, proteger seus simpatizantes que ainda viviam ao sul e retirar Roderic do poder de qualquer forma, além de uma outra reivindicação que será comentada a seguir.
O argumento principal utilizado por Ágila II para motivar e até mesmo forçar a ajuda muçulmana foi colocar no tabuleiro das negociações uma das leis islâmicas presentes na shariah – o código de leis do islamismo – que diz que os muçulmanos devem sempre proteger os “povos do livro”, ou seja, os cristãos e os judeus, além dos muçulmanos que vivam em outras regiões. É isto mesmo que você está lendo: apesar das várias discordâncias entre as três principais religiões monoteístas, a lei islâmica prevê que seu povo deve defender, sempre que possível, os seguidores das outras religiões que, segundo o islâ, também seguem uma “escritura sagrada”.O que ocorria na Península Ibérica era que os judeus vinham sofrendo perseguições, principalmente dos seguidores de Roderic. Só que esta perseguição vinha desde 612, quando foi instituído o batismo obrigatório dos judeus, sob pena de expulsão e confisco dos bens. Ou seja: a perseguição era antiga, mas foi usada como pretexto para motivar os muçulmanos a invadir a região.
Então, para defender os judeus e também para auxiliar Ágila II, Tārik ibn Ziyād foi destacado para comandar o exército muçulmano na região. O general Tärik atravessou o Estreito de Gibraltar após a abertura do porto em Ceuta, na África, desembarcando justamente no rochedo de Gibraltar, que após a invasão ficou conhecido como “Djebel el-Tärik”, ou “Monte Tärik”.Conta-se que Tärik mandou queimar todos os barcos após o desembarque, instigando os soldados a vencer o inimigo de qualquer jeito.E em 19 de Julho de 711, na Batalha de Guadalete, as tropas muçulmanas venceram os visigodos liderados por Roderic, que acabou morrendo naquele combate.
Península Ibérica em 750
.O que sabemos é que era costume dos islâmicos respeitarem o culto dos povos conquistados, desde que estes pagassem impostos e não atrapalhassem o comércio e o desenvolvimento da região, o que dá margem à ideia de que a perseguição aos judeus diminuiu ou praticamente acabou, e os católicos também tiveram sua crença respeitada. E, é lógico, a região ficou livre da filosofia vigente em grande parte da Europa ocidental, liderada pela Igreja Católica Apostólica Romana.Córdoba, Lisboa, Granada, Mértola, Beja, Toledo e Arraiolos. Todas são cidades da península que alcançaram grande desenvolvimento após a invasão islâmica.