Como a mineração colaborou com o barroco no Brasil colonial?
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Chama-se Barroco mineiro a versão peculiar que o estilo Barroco desenvolveu no estado de Minas Gerais, Brasil, entre o início do século XVIII e o final do século XIX. O termo usualmente se refere à arquitetura desse período, mas teve expressões importantes também na escultura e na pintura. Pode ser chamado de Barroco mineiro, porém, apesar de consagrado pelo uso, é uma formulação inexata, visto que boa parte da manifestação artística desse período em Minas Gerais aconteceu dentro da esfera do Rococó, que muitos estudiosos consideram não um simples estilo barroco, mas uma escola independente.[1] Alguns estudiosos têm defendido que, por volta de 1760, o estilo predominante em Minas teria sido o Rococó, especialmente em relação à elaboração das fachadas das edificações religiosas, ornamentação interior e a disposição quadrangular das igrejas. [2]. Por isso, a aplicação do termo é anacrônica, ou seja, fora do contexto em parte do período do Ciclo do Ouro.[3] A pompa e a grandiosidade características do barroco são mais apropriadas neste caso para definir os rituais da arquitetura.[4] No campo musical igualmente encontramos equívocos conceituais longamente perpetuados pelo costume, pois a música desenvolvida em Minas nesse intervalo é na verdade mais próxima do Neoclassicismo[5]ou do pré-clássico.[4] A formulação de uma derivação característica do Barroco na região mineradora deveu-se ao súbito enriquecimento da região com a descoberta de grandes jazidas de ouro e diamantes e à criatividade dos mineiros no uso de técnicas, mão de obra e materiais próprios.[6] A decadência mineradora desta região, que sucedeu a sua prosperidade, foi um fator positivo para a conservação de suas edificações, pois desestimulou a reforma, desfiguração e demolição.[7] Segundo Germain Bazin, tudo o que foi construído durante o ciclo do ouro mineiro, embora tenha sofrido algumas modificações, ainda existe, o que insere a região em um dos poucos exemplos de civilização artística que preservou seus elementos essenciais.[7]Ainda assim, segundo o Ministério Público Estadual, o estado já perdeu pelo menos 60% do seu patrimônio móvel, como imagens e peças de igrejas, assim como vê a deterioração de vários tempos, dada a falta de segurança e a adoção de políticas conservacionistas.[8] O Barroco mineiro teve seu centro principal na antiga Vila Rica, hoje Ouro Preto, fundada em 1711, mas também floresceu com vigor em Diamantina, Serro, Mariana, Tiradentes, Sabará, São João del-Rei, Congonhas e uma série de outras vilas e povoados mineiros.
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Alguns estudiosos têm defendido que, por volta de 1760, o estilo predominante em Minas teria sido o Rococó, especialmente em relação à elaboração das fachadas das edificações religiosas, ornamentação interior e a disposição quadrangular das igrejas. [2]. Por isso, a aplicação do termo é anacrônica, ou seja, fora do contexto em parte do período do Ciclo do Ouro.[3]
A pompa e a grandiosidade características do barroco são mais apropriadas neste caso para definir os rituais da arquitetura.[4]
No campo musical igualmente encontramos equívocos conceituais longamente perpetuados pelo costume, pois a música desenvolvida em Minas nesse intervalo é na verdade mais próxima do Neoclassicismo[5]ou do pré-clássico.[4]
A formulação de uma derivação característica do Barroco na região mineradora deveu-se ao súbito enriquecimento da região com a descoberta de grandes jazidas de ouro e diamantes e à criatividade dos mineiros no uso de técnicas, mão de obra e materiais próprios.[6]
A decadência mineradora desta região, que sucedeu a sua prosperidade, foi um fator positivo para a conservação de suas edificações, pois desestimulou a reforma, desfiguração e demolição.[7] Segundo Germain Bazin, tudo o que foi construído durante o ciclo do ouro mineiro, embora tenha sofrido algumas modificações, ainda existe, o que insere a região em um dos poucos exemplos de civilização artística que preservou seus elementos essenciais.[7]Ainda assim, segundo o Ministério Público Estadual, o estado já perdeu pelo menos 60% do seu patrimônio móvel, como imagens e peças de igrejas, assim como vê a deterioração de vários tempos, dada a falta de segurança e a adoção de políticas conservacionistas.[8]
O Barroco mineiro teve seu centro principal na antiga Vila Rica, hoje Ouro Preto, fundada em 1711, mas também floresceu com vigor em Diamantina, Serro, Mariana, Tiradentes, Sabará, São João del-Rei, Congonhas e uma série de outras vilas e povoados mineiros.