Em 1979, designado por Geisel e eleito indiretamente por um colégio eleitoral, assume o quinto presidente militar, general João Baptista Figueiredo. Chefe dos serviços de inteligência do governo precedente, mas típico militar de caserna, que ameaçava "prender e arrebentar" quem se opusesse à democratização, coube-lhe promover as medidas básicas para este fim. Em seus dois primeiros anos de governo, junto a ações repressivas contra os sindicatos, sobretudo durante a greve de 1980 no ABC paulista, Figueiredo decretou uma anistia política ampla, que permitiu o retorno ao país dos principais políticos de oposição, principalmente Leonel Brizola, herdeiro do trabalhismo de Vargas e Goulart, e Luiz Carlos Prestes, secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro; flexibilizou a legislação sindical, abrindo espaço para a formação da Central Unica de Trabalhadores (CUT) e da Central Geral de Trabalhadores (CGT); restabeleceu as eleições diretas para os governos estaduais; extinguiu os partidos creados pela ditadura e promulgou lei que favoreceu a criação de novos partidos.
Surgiu assim o Partido Democrático Social (PDS), que agrupou a maior parte dos membros do antigo partido oficial, enquanto o MDB dava lugar ao PMDB, onde ficou o grosso do contingente opositor, flanqueado, à direita, pelo Partido Popular (PP) e, à esquerda, pelo Partido dos Trabalhadores — expressão da vanguarda operária de Sao Paulo, setores católicos progressistas e intelectuais de esquerda — e pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), com Brizola à frente, além de outros agrupamentos de menor expressão. O bom posicionamento da oposição nas pesquisas de opinião levou o governo a emitir, em 1981, uma lei eleitoral proibindo as coligações e estabelecendo o voto por lista partidária. Ante essas limitações, prejudiciais aos pequenos partidos, o PP fundiu-se com o PMDB.
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Em 1979, designado por Geisel e eleito indiretamente por um colégio eleitoral, assume o quinto presidente militar, general João Baptista Figueiredo. Chefe dos serviços de inteligência do governo precedente, mas típico militar de caserna, que ameaçava "prender e arrebentar" quem se opusesse à democratização, coube-lhe promover as medidas básicas para este fim. Em seus dois primeiros anos de governo, junto a ações repressivas contra os sindicatos, sobretudo durante a greve de 1980 no ABC paulista, Figueiredo decretou uma anistia política ampla, que permitiu o retorno ao país dos principais políticos de oposição, principalmente Leonel Brizola, herdeiro do trabalhismo de Vargas e Goulart, e Luiz Carlos Prestes, secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro; flexibilizou a legislação sindical, abrindo espaço para a formação da Central Unica de Trabalhadores (CUT) e da Central Geral de Trabalhadores (CGT); restabeleceu as eleições diretas para os governos estaduais; extinguiu os partidos creados pela ditadura e promulgou lei que favoreceu a criação de novos partidos.
Surgiu assim o Partido Democrático Social (PDS), que agrupou a maior parte dos membros do antigo partido oficial, enquanto o MDB dava lugar ao PMDB, onde ficou o grosso do contingente opositor, flanqueado, à direita, pelo Partido Popular (PP) e, à esquerda, pelo Partido dos Trabalhadores — expressão da vanguarda operária de Sao Paulo, setores católicos progressistas e intelectuais de esquerda — e pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), com Brizola à frente, além de outros agrupamentos de menor expressão. O bom posicionamento da oposição nas pesquisas de opinião levou o governo a emitir, em 1981, uma lei eleitoral proibindo as coligações e estabelecendo o voto por lista partidária. Ante essas limitações, prejudiciais aos pequenos partidos, o PP fundiu-se com o PMDB.
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