Como se organizaram os paises hispano-americanos depois de conquistarem a idependencia
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j3anfelipeoujj9a Entre os países europeus, Portugal e Espanha dominaram os territórios mais vastos da América, e também os mais ricos para a economia daquela época.
Embora houvesse diferenças entre eles, as relações entre as metrópoles ibéricas e suas colónias americanas seguiam mais ou menos a mesma forma de funcionamento: as colónias deveriam produzir mercadorias rentáveis no mercado europeu (principalmente géneros agrícolas tropicais e metais preciosos) que seriam exportados para a metrópole e de lá reexportados para outros países; as colónias não poderiam fabricar produtos manufacturados, tendo que comprá-los da metrópole.
Embora Portugal e Espanha utilizassem vários métodos para controlar essas relações, nunca conseguiram garantir o comércio colonial apenas para si.
Muitos produtos eram manufacturados nas colónias, mesmo que clandestinamente; era muito intenso o contrabando, tanto de mercadorias europeias quanto de metais preciosos (ouro e prata).
Aqueles dois países, não tendo desenvolvido indústrias, eram obrigados a se abastecer em países mais fortes economicamente, como a Inglaterra e a França, tornando-se dependentes deles. Além disso, os incentivos dados ao incremento da produção de géneros tropicais e de metais preciosos e ao comércio, acabaram promovendo um certo crescimento económico das áreas coloniais, fazendo com que, pouco a pouco, as elites coloniais começassem a perceber a necessidade de se separarem das metrópoles.
As relações entre os países ibéricos e suas colónias envolviam também outras nações europeias.
Por isso, os acontecimentos que atingiam os países europeus acabavam tendo repercussões nas colónias espanholas e também no Brasil.
Assim, as transformações sociais e económicas pelas quais passava a Europa no início do século XIX, bem como os conflitos daquele continente afectaram a vida dos domínios espanhóis e portugueses na América, acelerando o processo de crise do sistema colonial, que resultaria na independência dos territórios americanos.
“As Guerras de Independência foram, por sua relativamente curta duração e pelos positivos resultados obtidos, um fato histórico de grande ressonância. Em dez anos se libertou um continente de uma dominação que havia durado três séculos. Em um ano se declararam contra a Espanha Estados e cidades separados por milhares de quilómetros e quase sem contradição.
O grito da Independência se propagou como por contágio, sem resistência visível...”
O processo de luta pelo fim do sistema colonial e pela independência política da América foi resultado da acção de grupos numericamente pequenos, mas fortes e poderosos, que se organizaram e, dessa forma, estruturaram os novos países de acordo com seus interesses.
Veremos a seguir, como se efectivou esse processo, primeiro, das colónias espanholas, e depois, do Brasil, colónia portuguesa.
INDEPENDÊNCIA DAS COLÓNIAS ESPANHOLAS
Durante as três primeiras décadas do século XIX, as colónias espanholas lutaram pela independência em relação à metrópole. Não se tratou de um movimento único, mas de vários processos distintos. Entretanto, podemos dizer que alguns elementos comuns contribuíram para as luta pela independência.
O pensamento liberal do Iluminismo, que influenciou a independência dos Estados Unidos (1776) e os grupos da Revolução Francês (1789), também se difundiu entre sectores da elite colonial espanhola.
Muitos dos ideais anti-absolutistas defendidos pelo liberalismo serviram de justificativa filosófica para a luta contra o domínio colonial espanhol.
Assim, as criticas contra o absolutismo europeu se transformaram em anticolonialismo na América.
Além das ideias liberais, as lutas pela independência foram impulsionadas pela consciência das elites coloniais de que os laços com o governo espanhol dificultavam seu domínio mais pleno sobre as áreas da América.
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mariaeduarda002321
O sistema de colonização mantido pelos países europeus no continente americano durou mais de três séculos.
Entre os países europeus, Portugal e Espanha dominaram os territórios mais vastos da América, e também os mais ricos para a economia daquela época.
Embora houvesse diferenças entre eles, as relações entre as metrópoles ibéricas e suas colónias americanas seguiam mais ou menos a mesma forma de funcionamento: as colónias deveriam produzir mercadorias rentáveis no mercado europeu (principalmente géneros agrícolas tropicais e metais preciosos) que seriam exportados para a metrópole e de lá reexportados para outros países; as colónias não poderiam fabricar produtos manufacturados, tendo que comprá-los da metrópole.
Embora Portugal e Espanha utilizassem vários métodos para controlar essas relações, nunca conseguiram garantir o comércio colonial apenas para si.
Muitos produtos eram manufacturados nas colónias, mesmo que clandestinamente; era muito intenso o contrabando, tanto de mercadorias europeias quanto de metais preciosos (ouro e prata).
Aqueles dois países, não tendo desenvolvido indústrias, eram obrigados a se abastecer em países mais fortes economicamente, como a Inglaterra e a França, tornando-se dependentes deles. Além disso, os incentivos dados ao incremento da produção de géneros tropicais e de metais preciosos e ao comércio, acabaram promovendo um certo crescimento económico das áreas coloniais, fazendo com que, pouco a pouco, as elites coloniais começassem a perceber a necessidade de se separarem das metrópoles.
As relações entre os países ibéricos e suas colónias envolviam também outras nações europeias.
Por isso, os acontecimentos que atingiam os países europeus acabavam tendo repercussões nas colónias espanholas e também no Brasil.
Assim, as transformações sociais e económicas pelas quais passava a Europa no início do século XIX, bem como os conflitos daquele continente afectaram a vida dos domínios espanhóis e portugueses na América, acelerando o processo de crise do sistema colonial, que resultaria na independência dos territórios americanos.
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Entre os países europeus, Portugal e Espanha dominaram os territórios mais vastos da América, e também os mais ricos para a economia daquela época.
Embora houvesse diferenças entre eles, as relações entre as metrópoles ibéricas e suas colónias americanas seguiam mais ou menos a mesma forma de funcionamento: as colónias deveriam produzir mercadorias rentáveis no mercado europeu (principalmente géneros agrícolas tropicais e metais preciosos) que seriam exportados para a metrópole e de lá reexportados para outros países; as colónias não poderiam fabricar produtos manufacturados, tendo que comprá-los da metrópole.
Embora Portugal e Espanha utilizassem vários métodos para controlar essas relações, nunca conseguiram garantir o comércio colonial apenas para si.
Muitos produtos eram manufacturados nas colónias, mesmo que clandestinamente; era muito intenso o contrabando, tanto de mercadorias europeias quanto de metais preciosos (ouro e prata).
Aqueles dois países, não tendo desenvolvido indústrias, eram obrigados a se abastecer em países mais fortes economicamente, como a Inglaterra e a França, tornando-se dependentes deles.
Além disso, os incentivos dados ao incremento da produção de géneros tropicais e de metais preciosos e ao comércio, acabaram promovendo um certo crescimento económico das áreas coloniais, fazendo com que, pouco a pouco, as elites coloniais começassem a perceber a necessidade de se separarem das metrópoles.
As relações entre os países ibéricos e suas colónias envolviam também outras nações europeias.
Por isso, os acontecimentos que atingiam os países europeus acabavam tendo repercussões nas colónias espanholas e também no Brasil.
Assim, as transformações sociais e económicas pelas quais passava a Europa no início do século XIX, bem como os conflitos daquele continente afectaram a vida dos domínios espanhóis e portugueses na América, acelerando o processo de crise do sistema colonial, que resultaria na independência dos territórios americanos.
“As Guerras de Independência foram, por sua relativamente curta duração e pelos positivos resultados obtidos, um fato histórico de grande ressonância. Em dez anos se libertou um continente de uma dominação que havia durado três séculos. Em um ano se declararam contra a Espanha Estados e cidades separados por milhares de quilómetros e quase sem contradição.
O grito da Independência se propagou como por contágio, sem resistência visível...”
O processo de luta pelo fim do sistema colonial e pela independência política da América foi resultado da acção de grupos numericamente pequenos, mas fortes e poderosos, que se organizaram e, dessa forma, estruturaram os novos países de acordo com seus interesses.
Veremos a seguir, como se efectivou esse processo, primeiro, das colónias espanholas, e depois, do Brasil, colónia portuguesa.
INDEPENDÊNCIA DAS COLÓNIAS ESPANHOLAS
Durante as três primeiras décadas do século XIX, as colónias espanholas lutaram pela independência em relação à metrópole. Não se tratou de um movimento único, mas de vários processos distintos. Entretanto, podemos dizer que alguns elementos comuns contribuíram para as luta pela independência.
O pensamento liberal do Iluminismo, que influenciou a independência dos Estados Unidos (1776) e os grupos da Revolução Francês (1789), também se difundiu entre sectores da elite colonial espanhola.
Muitos dos ideais anti-absolutistas defendidos pelo liberalismo serviram de justificativa filosófica para a luta contra o domínio colonial espanhol.
Assim, as criticas contra o absolutismo europeu se transformaram em anticolonialismo na América.
Além das ideias liberais, as lutas pela independência foram impulsionadas pela consciência das elites coloniais de que os laços com o governo espanhol dificultavam seu domínio mais pleno sobre as áreas da América.
Entre os países europeus, Portugal e Espanha dominaram os territórios mais vastos da América, e também os mais ricos para a economia daquela época.
Embora houvesse diferenças entre eles, as relações entre as metrópoles ibéricas e suas colónias americanas seguiam mais ou menos a mesma forma de funcionamento: as colónias deveriam produzir mercadorias rentáveis no mercado europeu (principalmente géneros agrícolas tropicais e metais preciosos) que seriam exportados para a metrópole e de lá reexportados para outros países; as colónias não poderiam fabricar produtos manufacturados, tendo que comprá-los da metrópole.
Embora Portugal e Espanha utilizassem vários métodos para controlar essas relações, nunca conseguiram garantir o comércio colonial apenas para si.
Muitos produtos eram manufacturados nas colónias, mesmo que clandestinamente; era muito intenso o contrabando, tanto de mercadorias europeias quanto de metais preciosos (ouro e prata).
Aqueles dois países, não tendo desenvolvido indústrias, eram obrigados a se abastecer em países mais fortes economicamente, como a Inglaterra e a França, tornando-se dependentes deles.
Além disso, os incentivos dados ao incremento da produção de géneros tropicais e de metais preciosos e ao comércio, acabaram promovendo um certo crescimento económico das áreas coloniais, fazendo com que, pouco a pouco, as elites coloniais começassem a perceber a necessidade de se separarem das metrópoles.
As relações entre os países ibéricos e suas colónias envolviam também outras nações europeias.
Por isso, os acontecimentos que atingiam os países europeus acabavam tendo repercussões nas colónias espanholas e também no Brasil.
Assim, as transformações sociais e económicas pelas quais passava a Europa no início do século XIX, bem como os conflitos daquele continente afectaram a vida dos domínios espanhóis e portugueses na América, acelerando o processo de crise do sistema colonial, que resultaria na independência dos territórios americanos.