Considere o início de uma reportagem em que se argumenta em favor da necessidade da redefinição de uma medida de tempo:

Por que é hora de redefinir o que é um segundo – e que mistérios do universo isso pode revelar

O segundo é a unidade básica de medida de tempo, da qual dependem muitas outras grandezas. Como você mede a duração de um segundo e por que os cientistas acham que esta medida precisa ser atualizada?

Você tem um minuto para falarmos sobre o segundo?

A unidade fundamental do tempo, da qual depende a maioria das demais grandezas do nosso sistema de medidas, não sofreu alterações em mais de 70 anos.

Mas o avanço da tecnologia indica que está na hora de atualizar e tornar mais precisa a definição do que é um segundo.

Esta é a opinião dos pesquisadores do Escritório Internacional de Pesos e Medidas (BIPM, na sigla em francês). Com sede em Paris, na França, o BIPM é o organismo responsável pelo estabelecimento dos padrões internacionais dos sistemas de unidades de medida.

Os metrologistas do BIPM, em conjunto com especialistas de vários países, estão se preparando para alterar a forma de medição do segundo. É uma operação bastante delicada, cujo resultado pode ser fundamental para mudar a forma como compreendemos o universo.

Todos são recursos persuasivos no texto:

A
a definição de segundo no subtítulo; a constatação da delicadeza de segundo; as interrogações diretas ao leitor.

B
o emprego de “por que” no título; as interrogações diretas ao leitor; a referência à opinião do BIPM.

C
a definição de segundo no subtítulo; a referência aos mistérios do universo; o avanço da tecnologia.

D
o emprego de “por que” no título; a definição de segundo; a referência aos mistérios do universo.
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Elegância 1, racismo 0 O paradoxo costuma rondar sistemas democráticos. Até que ponto se pode tolerar a intolerância, ser liberal com quem pretende demolir as liberdades, assegurar os direitos dos que não os reconhecem? Em alguns casos, a dúvida se resolve facilmente. Criminaliza-se a tentativa de derrubar pela força um governo legítimo. Atentados terroristas recebem sanções severas, não importando a fundamentação política que possam ter. Nos chamados crimes de opinião, todavia, o debate se toma mais complexo. Poucas coisas são mais repugnantes e estúpidas do que o preconceito racial, e têm sido frequentes manifestações desse tipo nos estádios de futebol Do Reino Unido ao Peru, do Japão ao Brasil, registram-se atos de insulto a jogadores afrodescendentes por parte de alguns (ou muitos) torcedores que estão prontos a aplaudir o jogador negro ou mulato quando estes fazem gols para seus times de dileção. Várias iniciativas se tomam para punir os responsáveis. Uma equipe peruana foi condenada a pagar multa (meros US$ 12 mil) depois de seus torcedores terem emitido gritos de "macaco" para agredir o jogador Tinga, do Cruzeiro. No Brasil, um time gaúcho perdeu nove pontos e foi rebaixado pelo fato de seus fãs terem atirado bananas contra um árbitro. A questão é saber se punições como essas cumprem um papel determinante, pedagógico e civilizatório, no sentido de modificar a mentalidade do torcedor racista. A repressão a um sentimento, por mais odioso que seja, não o desarma. Pode-se desencorajar, pela lei, certos comportamentos que o manifestem de forma explícita. Seu fundo de ressentimento e destrutividade permanece e pode até fermentar, depois de recalcado. Não poderia ser mais educativa — no que teve de superioridade, humor e indiferença — a reação do brasileiro Daniel Alves, que soberanamente comeu a banana que lhe fora atirada. Uma agência publicitária tomou daí a inspiração, a pedido do atacante Neymar, também hostilizado nos campos espanhóis, para campanha contra o racismo. "Somos todos macacos'', diz o slogan, obtendo a adesão de inúmeras celebridades. Torna-se moda, nas redes sociais, divulgar fotos com a fruta em mãos; o insulto se neutraliza, o agressor se desconcerta, o símbolo inverte o sentido. É no campo das formas de expressão que o embate se leva a efeito. Gesto contra gesto, solidariedade contra particularismo, ironia contra estupidez: ainda que essa luta jamais tenha fim, é bom que seu lado mais inteligente tenha, também, as armas mais inteligentes a seu dispor. Nesse texto, o editorialista A) condena as críticas aos atos preconceituosos em estádios, por considerá-las incompatíveis com as liberdades democráticas e o direito de expressão. B) defende a repressão implacável das manifestações preconceituosas, ainda que se atente contra a liberdade de expressão. C) critica o slogan, considerando-o paradoxal ao usar uma expressão preconceituosa para combater o preconceito. D) defende que a escolha das ações contra o preconceito deve levar em conta principalmente a eficácia dos resultados. E) ao defender a validade do “gesto contra gesto”, defende também, implicitamente, as reações violentas.
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