Desde seu inicio, a religião cristã foi perseguida, proibida e por séculos seus seguidores viveram se reunindo escondido, contudo muitos foram martirizados nas arenas romanas. Contudo o movimento crescia sem que pudesse ser combatido até que o Imperador Constantino lançou um edito em que a religião cristã pela primeira vez era aceita como uma das religiões do Império.
Como diz Jesse Lyman Hurlbut:
Da repentina mudança de relações entre o Império Romano e a Igreja surgiram resultados de alcance mundial. Alguns úteis e outros danosos, tanto para a Igreja como para o Estado. É fácil verificar em que sentido a nova atitude do governo beneficiou a causa do cristianismo.
Cessaram, como já dissemos, as perseguições. Durante duzentos anos antes, em nenhum momento os cristãos estiveram livres de perigos, acusações e morte. Entretanto, desde a publicação do Edito de Constantino, no ano 313, até o término do império, a espada não foi somente embainhada, mas enterrrada. (2007, p. 88).
Daí em diante o Cristianismo cresceu chegando a ser a religião dos imperadores, e seu poderio aumentou atraindo a partir desse momento não mais pessoas que verdadeiramente se convertiam (pondo em risco sua própria vida), mas pessoas inescrupulosas que só pensavam em conseguir vantagens e mais poder.
Com isso a Igreja que se mantinha pura doutrinalmente durante séculos passou a ser incomodada por novas doutrinas em seu seio, e não soube combater esse mal iniciando assim o que muitos historiadores falam em ser o “início da Igreja Católica Apostólica Romana”, que passou a se formatar na forma mais parecida com a que vemos hoje: com grande hierarquização, forte separação entre os clérigos e os fiéis e dogmas que hoje são concretos, mas eram desconhecidos no tempo dos apóstolos.
Essa modificação da estrutura eclesiástica da igreja – que passou de igreja perseguida e marginal à igreja mais poderosa do império – incomodou muitos e durante séculos seus esforços para tentar mudar seu pensamento ou até mesmo formar novas denominações foram em vão.
Esse projeto de pesquisa busca tratar exatamente destes movimentos que fracassaram e como a sociedade europeia mudou a ponto de até influenciar a formação de um pensamento de reforma que pudesse se adequar à ideia vigente da época.
É de extrema importância para a historiografia, a busca por entender como se deu a Reforma e seus motivos e influências. Aprofundar nos motivos e influências pode tirar o véu da sociedade europeia da época, mostrando o dia a dia desse povo não somente a conhecida causa da revolução que Lutero criara.
Muitos podem questionar o porquê do nome Reforma, para um movimento que causou uma ruptura gigantesca na Igreja, contudo deve-se avaliar que os movimentos tanto de Lutero quanto os que lhe influenciaram eram em seu inicio uma tentativa de mudança de conceitos dentro da Igreja, contudo com o tempo e a perseguição causada, passaram a lutar contra a própria igreja a fim de se separarem. Muitos não sabem das causas da reforma e tampouco que havia muitas outras que a precederam, com resultados não tão satisfatórios, mas com influencia decisiva na Reforma mais famosa.
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Desde seu inicio, a religião cristã foi perseguida, proibida e por séculos seus seguidores viveram se reunindo escondido, contudo muitos foram martirizados nas arenas romanas. Contudo o movimento crescia sem que pudesse ser combatido até que o Imperador Constantino lançou um edito em que a religião cristã pela primeira vez era aceita como uma das religiões do Império.
Como diz Jesse Lyman Hurlbut:
Da repentina mudança de relações entre o Império Romano e a Igreja surgiram resultados de alcance mundial. Alguns úteis e outros danosos, tanto para a Igreja como para o Estado. É fácil verificar em que sentido a nova atitude do governo beneficiou a causa do cristianismo.
Cessaram, como já dissemos, as perseguições. Durante duzentos anos antes, em nenhum momento os cristãos estiveram livres de perigos, acusações e morte. Entretanto, desde a publicação do Edito de Constantino, no ano 313, até o término do império, a espada não foi somente embainhada, mas enterrrada. (2007, p. 88).
Daí em diante o Cristianismo cresceu chegando a ser a religião dos imperadores, e seu poderio aumentou atraindo a partir desse momento não mais pessoas que verdadeiramente se convertiam (pondo em risco sua própria vida), mas pessoas inescrupulosas que só pensavam em conseguir vantagens e mais poder.
Com isso a Igreja que se mantinha pura doutrinalmente durante séculos passou a ser incomodada por novas doutrinas em seu seio, e não soube combater esse mal iniciando assim o que muitos historiadores falam em ser o “início da Igreja Católica Apostólica Romana”, que passou a se formatar na forma mais parecida com a que vemos hoje: com grande hierarquização, forte separação entre os clérigos e os fiéis e dogmas que hoje são concretos, mas eram desconhecidos no tempo dos apóstolos.
Essa modificação da estrutura eclesiástica da igreja – que passou de igreja perseguida e marginal à igreja mais poderosa do império – incomodou muitos e durante séculos seus esforços para tentar mudar seu pensamento ou até mesmo formar novas denominações foram em vão.
Esse projeto de pesquisa busca tratar exatamente destes movimentos que fracassaram e como a sociedade europeia mudou a ponto de até influenciar a formação de um pensamento de reforma que pudesse se adequar à ideia vigente da época.
É de extrema importância para a historiografia, a busca por entender como se deu a Reforma e seus motivos e influências. Aprofundar nos motivos e influências pode tirar o véu da sociedade europeia da época, mostrando o dia a dia desse povo não somente a conhecida causa da revolução que Lutero criara.
Muitos podem questionar o porquê do nome Reforma, para um movimento que causou uma ruptura gigantesca na Igreja, contudo deve-se avaliar que os movimentos tanto de Lutero quanto os que lhe influenciaram eram em seu inicio uma tentativa de mudança de conceitos dentro da Igreja, contudo com o tempo e a perseguição causada, passaram a lutar contra a própria igreja a fim de se separarem. Muitos não sabem das causas da reforma e tampouco que havia muitas outras que a precederam, com resultados não tão satisfatórios, mas com influencia decisiva na Reforma mais famosa.