O ser humano apresenta uma infinidade de ancestrais, já que é resultado de um processo biológico, chamado evolução, um fato comprovado pela biologia, genética, a geologia, paleontologia, que demonstram a existência do ser humano não enquanto separada dos demais animais, mas intimamente relacionada. Ou seja, ao longo de um período de tempo extraordinário, mais de três bilhões de anos, período difícil de ser analisado pelos parâmetros temporais da mente humana, todos os seres vivos evoluíram a partir de formas muito parecidas, devido aos diferentes contextos evolutivos servido ao processos de seleção natural e seleção sexual, possibilitando a enorme biodiversidade, que é característica de nosso planeta.
Relembro: a evolução, inclusive a humana, é um fenômeno tão verdadeiro quanto o fato da Terra girar ao redor do Sol e de que há gravidade em nosso planeta.
Além disso, o processo evolutivo é, de certo modo, observado no próprio desenvolvimento do embrião humano, no qual uma única célula (o zigoto, fruto da união do espermatozoide e do óvulo), ou seja, um ser unicelular, faz sua própria reprodução até a formação completa de um ser humano em apenas nove meses.
Se isso é possível em apenas nove meses, o tempo em que há vida na Terra (mais de três bilhões de anos) é suficiente para que uma galinha bicando o teclado do meu computador ter grandes probabilidades de digitar as obras completas de Machado de Assis, sem errar uma vírgula. Isso nos permite concluir que o desenvolvimento da espécie humana não é algo distinto do observado na natureza. Obviamente, é um pouco complicado para nossa mente lidar com um período tão grande de tempo, gerando muitos mal-entendidos nesse campo.
Nesse sentido, uma mesma espécie, em locais diferentes (portanto, submetida a condições distintas) podem resultar em mudanças anatômicas bem particulares de cada uma, ao longo de centenas, milhares ou mesmo milhões de gerações.
Desse modo, tal como com todas as espécies do planeta, há milhões de anos, havia seres que eram nossos ancestrais e também dos grandes símios, como os chimpanzés. Em condições diferentes, populações distintas dessa mesma espécie original foram modificadas em espécies que hoje são o homem, os bonobos, os chimpanzés, os gorilas, e os orangotangos. Portanto, nenhuma dessa vai evoluir umas para as outras, pois seguem caminhos evolutivos separados agora.
Além disso, nem os macacos nem nós paramos de evoluir. Compreendendo que as circunstâncias evolutivas são diferentes e os seres são distintos, não é possível esperar que os atuais macacos evoluam para seres humanos e nem os seres humanos evoluam para macacos, mas seguiremos evoluindo.
Como exemplo disso, com a invenção da agricultura e da pecuária no neolítico, o consumo desses alimentos marcou a população humana atual, em sua grande maioria, não apresenta intolerância ao glúten (presente nas farinhas, como a de trigo) e nem a lactose, ao contrário do que ocorria antes. Curiosamente, os estudos demonstram que, no paleolítico, a maior parte dos seus humanos eram intolerantes à lactose e ao glúten, ou seja, a importância dos cereais nessas sociedades foi tão grande que a maioria das pessoas são descendentes daqueles que não eram intolerantes ao glúten e à lactose, de modo que puderam aproveitar os benefícios desses alimentos.
A evolução se constitui em uma característica constante na vida, seja ela animal, vegetal, dentre outros reinos.
Para complementar essa explicação, sugiro a leitura dos livros de Richard Dawkins e de Carl Sagan ("O Maior Espetáculo da Terra" e "O mundo assombrado por demônios", bem como o vídeo da cientista brasileira Suzana Herculano-Houzel (basta colocar o nome dela + ted no you..tube) .
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Cara Lorraine,O ser humano apresenta uma infinidade de ancestrais, já que é resultado de um processo biológico, chamado evolução, um fato comprovado pela biologia, genética, a geologia, paleontologia, que demonstram a existência do ser humano não enquanto separada dos demais animais, mas intimamente relacionada. Ou seja, ao longo de um período de tempo extraordinário, mais de três bilhões de anos, período difícil de ser analisado pelos parâmetros temporais da mente humana, todos os seres vivos evoluíram a partir de formas muito parecidas, devido aos diferentes contextos evolutivos servido ao processos de seleção natural e seleção sexual, possibilitando a enorme biodiversidade, que é característica de nosso planeta.
Relembro: a evolução, inclusive a humana, é um fenômeno tão verdadeiro quanto o fato da Terra girar ao redor do Sol e de que há gravidade em nosso planeta.
Além disso, o processo evolutivo é, de certo modo, observado no próprio desenvolvimento do embrião humano, no qual uma única célula (o zigoto, fruto da união do espermatozoide e do óvulo), ou seja, um ser unicelular, faz sua própria reprodução até a formação completa de um ser humano em apenas nove meses.
Se isso é possível em apenas nove meses, o tempo em que há vida na Terra (mais de três bilhões de anos) é suficiente para que uma galinha bicando o teclado do meu computador ter grandes probabilidades de digitar as obras completas de Machado de Assis, sem errar uma vírgula. Isso nos permite concluir que o desenvolvimento da espécie humana não é algo distinto do observado na natureza. Obviamente, é um pouco complicado para nossa mente lidar com um período tão grande de tempo, gerando muitos mal-entendidos nesse campo.
Nesse sentido, uma mesma espécie, em locais diferentes (portanto, submetida a condições distintas) podem resultar em mudanças anatômicas bem particulares de cada uma, ao longo de centenas, milhares ou mesmo milhões de gerações.
Desse modo, tal como com todas as espécies do planeta, há milhões de anos, havia seres que eram nossos ancestrais e também dos grandes símios, como os chimpanzés. Em condições diferentes, populações distintas dessa mesma espécie original foram modificadas em espécies que hoje são o homem, os bonobos, os chimpanzés, os gorilas, e os orangotangos. Portanto, nenhuma dessa vai evoluir umas para as outras, pois seguem caminhos evolutivos separados agora.
Além disso, nem os macacos nem nós paramos de evoluir. Compreendendo que as circunstâncias evolutivas são diferentes e os seres são distintos, não é possível esperar que os atuais macacos evoluam para seres humanos e nem os seres humanos evoluam para macacos, mas seguiremos evoluindo.
Como exemplo disso, com a invenção da agricultura e da pecuária no neolítico, o consumo desses alimentos marcou a população humana atual, em sua grande maioria, não apresenta intolerância ao glúten (presente nas farinhas, como a de trigo) e nem a lactose, ao contrário do que ocorria antes. Curiosamente, os estudos demonstram que, no paleolítico, a maior parte dos seus humanos eram intolerantes à lactose e ao glúten, ou seja, a importância dos cereais nessas sociedades foi tão grande que a maioria das pessoas são descendentes daqueles que não eram intolerantes ao glúten e à lactose, de modo que puderam aproveitar os benefícios desses alimentos.
A evolução se constitui em uma característica constante na vida, seja ela animal, vegetal, dentre outros reinos.
Para complementar essa explicação, sugiro a leitura dos livros de Richard Dawkins e de Carl Sagan ("O Maior Espetáculo da Terra" e "O mundo assombrado por demônios", bem como o vídeo da cientista brasileira Suzana Herculano-Houzel (basta colocar o nome dela + ted no you..tube) .
Bons estudos!