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Soso3320 Há dias assistimos, estarrecidos, a cenas chocantes da situação de saúde do povo Yanomâmi, na região amazônica brasileira. As imagens mostram o sofrimento causado pela dramática crise sanitária e humanitária instalada na maior terra indígena do País. No local onde vivem cerca de 28 mil yanomâmis, a desnutrição atinge mais de 50% das crianças locais, e casos de malária estão espalhados pela população. O governo federal decretou emergência de saúde pública e tem anunciado medidas para mitigar as questões urgentes. Demonstra ter consciência de que o problema que afeta a nação yanomâmi é sistêmico e estrutural e as soluções estão longe de serem simples.
Há anos, entidades sociais de direitos da população indígena denunciam o avanço do garimpo ilegal no território, que contamina os rios, traz doenças e violência, em especial, abuso de mulheres e crianças. As denúncias já chegaram ao STF, há anos. A Constituição Federal determina que é dever do Estado a proteção e a garantia dos povos indígenas e originários. A complexidade de fatores envolvidos e, principalmente, o sofrimento humano escancarado mundialmente impõe uma reflexão urgente e aponta para uma possibilidade de transformação que também está ao alcance de setores produtivos e lideranças empresariais.
A crise humanitária convoca o mundo corporativo a uma tomada de consciência. Uma referência para esse exercício pode ser encontrada nas premissas do movimento Capitalismo Consciente, que entende as empresas não somente como geradoras de desenvolvimento econômico, mas também social e ambiental. As formas de fazer negócio e investir defendidas pelo capitalismo consciente são apoiadas em quatro pilares: propósito maior, orientação para stakeholders, liderança consciente e cultura consciente.
Portanto, é imperativo que as lideranças tomem consciência de que elas precisam se ocupar das questões que afetam a dinâmica social dos países em que operam. Diante de uma crise humanitária que ameaça o nosso avanço civilizatório, as empresas devem dedicar recursos financeiros que aplaquem o sofrimento humano emergencial. Mas é preciso ir além.
Diante das brutais transformações sociais, econômicas e tecnológicas e, também, com o aumento da complexidade dos desafios globais, as empresas precisam assumir um papel que não era delas até o século 20. Não se trata de substituir responsabilidades, muito menos de ocupar espaço dos poderes constituídos para a garantia de direitos fundamentais.
Como estimula o Capitalismo Consciente, as corporações devem fazer mais e, principalmente, a partir de um outro lugar e de uma outra forma. Vivemos um tempo em que as organizações precisam ser também agentes de promoção de bem-estar social. Não são mais apenas meios de produção econômica. E, para tanto, as lideranças empresariais precisam tomar consciência de seu papel de construtores de uma cultura de paz e de legados sociais, ultrapassando os muros de suas organizações e colaborando para sociedades mais prósperas e dignas.
Muitos já aprenderam que não há negócio que prospere em ecossistemas devastados. Mas o desafio é maior que esse. Alarguemos nossa perspectiva. É preciso que as empresas sejam agentes de regeneração. Mesmo que os impactos negativos vividos agora sejam fruto de ação de outros atores e em outros momentos da história. A responsabilidade de ação e de reparação é de quem tem o poder da caneta hoje. O sofrimento do povo Yanomâmi conclama uma atitude ética empresarial, para além da emergencial e circunstancial. Uma forma de liderar que faça diferença na construção de uma sociedade em que os negócios deixem legados significativos, positivos e estimuladores para uma vida digna de todos os seus cidadãos.
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Há dias assistimos, estarrecidos, a cenas chocantes da situação de saúde do povo Yanomâmi, na região amazônica brasileira. As imagens mostram o sofrimento causado pela dramática crise sanitária e humanitária instalada na maior terra indígena do País. No local onde vivem cerca de 28 mil yanomâmis, a desnutrição atinge mais de 50% das crianças locais, e casos de malária estão espalhados pela população. O governo federal decretou emergência de saúde pública e tem anunciado medidas para mitigar as questões urgentes. Demonstra ter consciência de que o problema que afeta a nação yanomâmi é sistêmico e estrutural e as soluções estão longe de serem simples.
Há anos, entidades sociais de direitos da população indígena denunciam o avanço do garimpo ilegal no território, que contamina os rios, traz doenças e violência, em especial, abuso de mulheres e crianças. As denúncias já chegaram ao STF, há anos. A Constituição Federal determina que é dever do Estado a proteção e a garantia dos povos indígenas e originários. A complexidade de fatores envolvidos e, principalmente, o sofrimento humano escancarado mundialmente impõe uma reflexão urgente e aponta para uma possibilidade de transformação que também está ao alcance de setores produtivos e lideranças empresariais.
A crise humanitária convoca o mundo corporativo a uma tomada de consciência. Uma referência para esse exercício pode ser encontrada nas premissas do movimento Capitalismo Consciente, que entende as empresas não somente como geradoras de desenvolvimento econômico, mas também social e ambiental. As formas de fazer negócio e investir defendidas pelo capitalismo consciente são apoiadas em quatro pilares: propósito maior, orientação para stakeholders, liderança consciente e cultura consciente.
Portanto, é imperativo que as lideranças tomem consciência de que elas precisam se ocupar das questões que afetam a dinâmica social dos países em que operam. Diante de uma crise humanitária que ameaça o nosso avanço civilizatório, as empresas devem dedicar recursos financeiros que aplaquem o sofrimento humano emergencial. Mas é preciso ir além.
Diante das brutais transformações sociais, econômicas e tecnológicas e, também, com o aumento da complexidade dos desafios globais, as empresas precisam assumir um papel que não era delas até o século 20. Não se trata de substituir responsabilidades, muito menos de ocupar espaço dos poderes constituídos para a garantia de direitos fundamentais.
Como estimula o Capitalismo Consciente, as corporações devem fazer mais e, principalmente, a partir de um outro lugar e de uma outra forma. Vivemos um tempo em que as organizações precisam ser também agentes de promoção de bem-estar social. Não são mais apenas meios de produção econômica. E, para tanto, as lideranças empresariais precisam tomar consciência de seu papel de construtores de uma cultura de paz e de legados sociais, ultrapassando os muros de suas organizações e colaborando para sociedades mais prósperas e dignas.
Muitos já aprenderam que não há negócio que prospere em ecossistemas devastados. Mas o desafio é maior que esse. Alarguemos nossa perspectiva. É preciso que as empresas sejam agentes de regeneração. Mesmo que os impactos negativos vividos agora sejam fruto de ação de outros atores e em outros momentos da história. A responsabilidade de ação e de reparação é de quem tem o poder da caneta hoje. O sofrimento do povo Yanomâmi conclama uma atitude ética empresarial, para além da emergencial e circunstancial. Uma forma de liderar que faça diferença na construção de uma sociedade em que os negócios deixem legados significativos, positivos e estimuladores para uma vida digna de todos os seus cidadãos.