Enquanto o líder indígena é entrevistado, começa uma correria. É a chegada de um helicóptero trazendo um paciente, em estado grave, de uma aldeia distante. Um senhor de 60 anos chegou no colo de um médico, subnutrido e desidratado, e foi encaminhado imediatamente para uma sala de estabilização. Médicos do SUS e do Exército se uniram para ajudar.
O tenente-médico do Exército Márquez estava no atendimento, e conta como é o esforço para evitar que casos como esse, muito graves, sejam identificados antes.
“Eles realmente costumam buscar atendimento quando o paciente já está bem grave. E isso cria uma dificuldade na hora de fazer o tratamento adequado. O que a gente, lá no Pelotão Especial de Fronteira, busca fazer, é se aproximar mais da comunidade - porque, mesmo que o paciente não venha buscar atendimento, algum familiar, algum conhecido, vai falar: 'ah, tal comunidade tem paciente'. E aí a gente faz a busca ativa: a gente vai até a comunidade, procura o paciente, vê se é caso de remoção ou não e faz a entrega de medicamentos, quando necessário".
Na tentativa de amenizar a grave crise pela qual passa o povo Yanomami, o Pelotão Especial de Fronteira de Surucucu se tornou a base para distribuir os alimentos doados por diversas instituições. Uma ajuda essencial, mas longe de resolver a situação vivida na região. Por vezes é possível ver conflitos entre os próprios indígenas, que lutam por um pouco de farinha ou uma lata de sardinha.
Uma briga para aplacar a fome, que já matou, nos últimos quatro anos, pelo menos 570 crianças da etnia. Dona Ana tenta, na língua Yanomami misturada com algumas palavras em português, explicar sua dor: a perda de um curumim, seu filho: "curumim morreu".
A crise humanitária do povo Yanomami é acompanhada in loco por uma missão do governo federal, com a presença da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.
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Enquanto o líder indígena é entrevistado, começa uma correria. É a chegada de um helicóptero trazendo um paciente, em estado grave, de uma aldeia distante. Um senhor de 60 anos chegou no colo de um médico, subnutrido e desidratado, e foi encaminhado imediatamente para uma sala de estabilização. Médicos do SUS e do Exército se uniram para ajudar.
O tenente-médico do Exército Márquez estava no atendimento, e conta como é o esforço para evitar que casos como esse, muito graves, sejam identificados antes.
“Eles realmente costumam buscar atendimento quando o paciente já está bem grave. E isso cria uma dificuldade na hora de fazer o tratamento adequado. O que a gente, lá no Pelotão Especial de Fronteira, busca fazer, é se aproximar mais da comunidade - porque, mesmo que o paciente não venha buscar atendimento, algum familiar, algum conhecido, vai falar: 'ah, tal comunidade tem paciente'. E aí a gente faz a busca ativa: a gente vai até a comunidade, procura o paciente, vê se é caso de remoção ou não e faz a entrega de medicamentos, quando necessário".
Na tentativa de amenizar a grave crise pela qual passa o povo Yanomami, o Pelotão Especial de Fronteira de Surucucu se tornou a base para distribuir os alimentos doados por diversas instituições. Uma ajuda essencial, mas longe de resolver a situação vivida na região. Por vezes é possível ver conflitos entre os próprios indígenas, que lutam por um pouco de farinha ou uma lata de sardinha.
Uma briga para aplacar a fome, que já matou, nos últimos quatro anos, pelo menos 570 crianças da etnia. Dona Ana tenta, na língua Yanomami misturada com algumas palavras em português, explicar sua dor: a perda de um curumim, seu filho: "curumim morreu".
A crise humanitária do povo Yanomami é acompanhada in loco por uma missão do governo federal, com a presença da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.