João nasceu em uma família pobre do sertão da Bahia. Nunca havia ido à escola até que seus pais se mudaram para São Paulo, quando ele tinha 9 anos, e ele se viu, de uma hora para outra, matriculado numa escola de paredes altas e corredores compridos, cercados por meninos com calças no joelho, de cor azul marinho, e meninas de saias plissadas e blusas tão brancas que a vista lhe doía.
Poderia ter sido muito feliz lá, pois João gostava de fazer amigos, mas as crianças riam quando João se referia ao pai chamando-o de painho e a mãe de mãinha. Também costumavam gozar do menino que levava de lanche uma marmita de carne seca. Tudo isso foi fazendo João perder o gosto pela escola, pelos professores. Não queria aprender mais nada, não queria saber mais nada. Era chegar na escola e os colegas começarem a repetir com ar zombeteiro tudo o que ele dizia. Quando a professora entrava em sala, João tentava lhe contar o que os colegas lhe faziam. Tímido, assustado, ele virava para a professora e dizia: “Ó paí ó!” . E as gargalhadas estouravam na sala, saiam pelos corredores e pareciam querer envergonhá-lo na cidade inteira. SILVA, Tania Maria Gomes, 2018.

Sobre a situação vivenciada por João, podemos afirmar tratar-se de:



1: Intolerância étnica.



2: Intolerância racial.

3: Intolerância cultural.

4: Intolerância de gênero.

5: Intolerância de classe.
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