August 2019 1 63 Report
"Contexto e pressupostos do currículo cultural Diz a sabedoria popular que, se algo é repetido com bastante frequência, algum fundamento tem. De ouvidos e olhos atentos, acompanhamos nos últimos anos a eclosão de um intenso debate a respeito do currículo escolar da educação física. Fato que merece elogios. Para além de sinalizar certa preocupação com o que se está fazendo nas escolas e com o cidadão que se pretende formar, chama a atenção pelo insólito, pois, historicamente, a discussão permaneceu restrita à relevância ou não do componente. Pois bem, se aceitarmos que experiências distintas formam diferentemente as pessoas e que qualquer decisão sobre a trajetória educacional é, antes de tudo, política, teremos a explicação para as disputas discursivas que caracterizam o cenário atual. Afinal, o que está em jogo no momento é a definição daquilo que deve acontecer nos encontros letivos de educação física, em outras palavras, o que está em jogo é qual educação física ensinar." (Neira, G. M. (2013). O currículo cultural da educação física: análise da produção discursiva dos seus autores. En: Revista Ímpetus, Villavicencio. Vol 7 # 9. Agosto-Diciembre 2013. Disponível em: http://www.gpef.fe.usp.br/teses/marcos_35.pdf) Dentre as bases epistemológicas que conferem sentido ao currículo cultural da Educação Física, podemos destacar: a. O Multiculturalismo crítico e a Biologia. b. A Psicologia cognitiva e a Biologia. c. As teorias marxistas e pós-marxistas d. Os Estudos culturais e o Multiculturalismo crítico. e. Os Estudos culturais e a Psicologia cognitiva.
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De acordo com Moreira e Candau (2003), a ancoragem social dos conhecimentos permite o estabelecimento de conexões entre discursos históricos, políticos, sociológicos, culturais e outros, com o objetivo de perceber as origens e os processos de transformação experimentados pela sociedade. Diante desse conceito e, considerando as proposições feitas por Neira (2011) no que se refere à tematização das práticas esportivas na escola, podemos afirmar que: a. As aulas necessitam ser permeadas por uma variedade de atividades de ensino – assistência de vídeos, modos variados de participar das vivências corporais, construção de blogs, filmagens e fotografias, análises de textos e imagens presentes nas mídias, elaboração de vídeos clipes, demonstrações, construção de materiais, entrevistas, conversas com convidados, elaboração de apresentações, etc. – para estimular, ouvir e discutir todos os posicionamentos. b. O professor sempre deverá começar o estudo de uma manifestação cultural esportiva pela sua “história”, ou seja, exibindo um vídeo ou propondo a leitura de texto sobre a origem (do futebol, do basquete, do atletismo, do tênis, etc.). Diminui-se, dessa forma, o risco de posicionamentos ou compreensões divergentes daquilo que foi oficialmente historiografado, evitando-se o dissenso. c. Não é papel das aulas de educação Física ocupar-se com conteúdos históricos, políticos, sociológicos, dentre outros, uma vez que o seu enfoque está todo voltado à aprendizagem dos gestos esportivos. d. As alternativas “b” e “c” se complementam e, portanto, estão corretas. e. Ao longo das aulas de Educação Física, o professor deve privilegiar atividades que deem ênfase ao jogo, ou seja, às vivências dos fundamentos esportivos de cada
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