Em relação ao sistema de tratamento de efluentes líquidos, foi descrito no projeto ambiental que este irá ocorrer por meio de uma caixa separadora de água e óleo/graxa. Já com relação aos resíduos sólidos, estes serão encaminhados a empresas especializas no tratamento.
1) A proposta de identificação que poderá ocorrer, quais seriam os impactos ambientais se os controles que foram mencionados falharem? (Veja sólidos e líquidos).
2) Quais análises de efluentes devem ser feitos para que possamos mensurar orgânicos, pois óleos e graxas o são, pois são normalmente estruturas que apresentam acidez naturalmente e, aqueles que medem consumo de oxigênio, para que a água do corpo receptor pelo menos na zona de mistura, não fique com hipoxia? (Veja valores para efluentes líquidos no Conama 430).
3) A areia com óleo pode ser enviada, principalmente o óleo que retiram dos frascos e os retidos na limpeza, para as empresas de cimenteira, nos seus bicos(sai chama e calor para o processo), a fim de gerar energia para a sua produção. Veja na net ou em livros, o porquê, da utilização do óleo e quantas Kcal(quilocalorias) os óleos têm em suas moléculas= em média.
4) Sabendo-se que 1 Kcal = 1 Joule[que mede trabalho(W=F.S) e, consequentemente energia(não se cria e nem se destrói, mas se transforma)]. 1 Kcal = 4184 joules. 1 Joule = 1 Newton. 1Newton = corresponde a uma força(F=m.a) exercida sobre um corpo de 1kg que lhe induz uma aceleração de 1 m/s2 na mesma direção e sentido da força. Imagine um produto com 5x103 Kcal, quantos joules possui?
5) Quanto as cimenteiras, devemos cobrar a licença de operação para empresas que utilizam tais óleos em sua produção, pois como sabemos, a gasolina( C = 12g e H = 1g) cuja massa molecular dela = 114g/mol(C=12x8 + 1x18 = 96+18 = 114g), quando queimada nessas proporções, geram 8 mols de CO2, ou 179,2 litros de CO2 para a atmosfera. Um óleo lubrificante, aquele vendido nos postos, possui de 15 a 50 carbonos, enquanto a gasolina somente 8. Sabe-se que a produção de CO2 na queima de orgânicos é estequiométrica, ou seja, é proporcional a substância original que sofreu queima. Para ajudar na compreensão dessa tarefa, a gasolina é C8H18 e, om nosso óleo possui teoricamente C30H62(para alcanos, hidrocarbonetos com ligação simples entre os carbonos a fórmula para cálculo dos hidrogênios é: H = número de carbonos x 2 + 2 unidades.
Vamos pegar a gasolina como base, supondo que não soubéssemos o número de hidrogênios. Temos que a gasolina tem 8 carbonos: Assim, 8 x 2 + 2 = 18. Assim, C8 tem 18 hidrogênios. Vamos fazer mais uma analogia com o butano, um dos gases integrantes do botijão de gás que usamos em nossas residências. Butano tem 4 carbonos. Quantos hidrogênios possui? NoC x 2 + 2. Substituindo: 4 x 2 + 2 = 10. Com efeito, o butano é C4H10. O Butano tem 4 carbonos, então produz 4 mols de CO2. Litros = 4 x 22,4L = 89,6 litros de CO2.
a) Quanto vale o g/mol do nosso óleo?
b) Quantos litros de CO2 serão formados?(nem precisa de cálculo). 1 mol de gás = 22,4 litros.
Obs: Caso deseje saber quantos litros de CO2 serão formados, basta multiplicar o número de mols do óleo por 22,4 litros. Na gasolina, como foi? C8H18, logo forma 8 moles de CO2. Assim, 8 x 22,4 L = 179,2 litros. Pensamento análogo para o nosso óleo que queremos descobrir.
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Se os controles mencionados falharem, os impactos ambientais podem ser significativos. No caso da caixa separadora de água e óleo/graxa, pode ocorrer o lançamento de água com altas concentrações de óleo e graxa no corpo receptor, causando a poluição do ambiente aquático e prejudicando a fauna e flora local. Já no caso dos resíduos sólidos, se forem encaminhados para empresas que não possuem tratamento adequado, pode ocorrer a contaminação do solo e do lençol freático, além da emissão de gases poluentes na atmosfera.
As análises de efluentes que devem ser feitas para mensurar orgânicos incluem a análise de demanda bioquímica de oxigênio (DBO) e a análise de demanda química de oxigênio (DQO). A DBO indica a quantidade de oxigênio necessária para a decomposição biológica dos compostos orgânicos presentes no efluente, enquanto a DQO indica a quantidade de oxigênio necessária para oxidar quimicamente esses compostos. Os valores limites para efluentes líquidos estão definidos na Resolução CONAMA 430, que estabelece, por exemplo, um limite máximo de 60 mg/L de DBO e 150 mg/L de DQO.
É possível enviar a areia com óleo para empresas cimenteiras para gerar energia em seu processo de produção, já que o óleo possui um alto poder calorífico. De acordo com a literatura, os óleos possuem, em média, entre 8.000 e 11.000 Kcal/kg.
Para calcular quantos joules possui um produto com 5x10^3 Kcal, basta multiplicar esse valor por 4184, que é o fator de conversão de Kcal para joules. Ficaria assim: 5x10^3 x 4184 = 20.920.000 joules.
a) Para calcular o g/mol do óleo, é preciso saber o número de carbonos e hidrogênios presentes em sua molécula. Segundo a questão, o óleo lubrificante vendido nos postos possui de 15 a 50 carbonos. Vamos considerar um valor médio de 30 carbonos. Usando a fórmula H = número de carbonos x 2 + 2 unidades, teremos: H = 30 x 2 + 2 = 62. Assim, a fórmula do nosso óleo seria C30H62. Para calcular o seu g/mol, basta somar as massas atômicas de cada átomo presente na molécula. No caso do carbono, a massa atômica é 12, e no caso do hidrogênio, é 1. Ficaria assim: (30 x 12) + (62 x 1) = 420 g/mol.
b) Como já sabemos que a produção de CO2 na queima de orgânicos é estequiométrica, podemos calcular quantos litros de CO2 serão formados a partir do número de mols do óleo. Para calcular o número de mols do óleo, basta dividir a massa do óleo pela sua massa molar: 1 kg / 420 g