O que é referencial? E qual é a sua importância na cinemática?
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analiviaSz
Referencial é um "ponto de vista" que vai definir se o corpo (objeto, pessoa, etc.) estará ou não em movimento. Movimento e repouso são conceitos definidos de acordo com o referencial adotado (essa é a relação com a cinemática)
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Selenito
É o ponto por onde você faz medidas de espaço e tempo. Basicamente é a origem do plano cartesiano (ou do espaço cartesiano).
Digamos que você queira determinar a velocidade de um carro que passa na sua frente. Como velocidade é a variação da posição pelo tempo...
V=ΔS/Δt
...você precisa saber qual a posição do carro, para a assim calcular a variação da posição. O problema é a posição em relação ao quê?
Você pode definir a posição de um carro como a distância dele até um poste. Para S=0 (posição zero) o carro 0m de distância do poste. Para S=10 (posição 10) o carro está 10m do poste. Com essa definição você pode calcular a variação de posição do carro em relação ao poste e achar o valor de V. Mas...invés de usar um poste como referência, pode usar uma casa, o limite do quarteirão, você, o semáforo... todos esses podem ser referenciais, pois você pode determinar a posição de um corpo a partir da distância de qualquer um deles. Você também pode adotar referenciais móveis. Se você coloca uma moto que se move com a mesma velocidade V do carro como referencial, terá um sistema de eixos cartesianos que se movem numa velocidade V na direção da rua. Como carro e moto se movem na mesma velocidade, a distância do carro à moto não muda e podemos dizer ΔS do carro em relação à moto é 0 (variação de posição nula...pois a distância se mantém constante).
A vantagem é que ela demonstra se um corpo está em repouso ou em movimento em relação à um observador e um referencial, o que é particularmente útil para descrever os movimentos. No exemplo que eu dei, podemos ver que o carro não varia sua distância em relação à moto, logo está em repouso em relação ao referencial. Se você utilizasse as leis da cinemática adotando a moto como referencial e dizendo que o carro se move com uma velocidade V, acabaria chegando em resultados incorretos ou absurdos.
O oposto ocorre com o poste como referência, em que a distância muda, concluindo assim que o carro tem movimento em relação ao poste. Nesse caso, as equações só funcionariam adotando V como a velocidade do carro, diferente do exemplo anterior.
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Digamos que você queira determinar a velocidade de um carro que passa na sua frente.
Como velocidade é a variação da posição pelo tempo...
V=ΔS/Δt
...você precisa saber qual a posição do carro, para a assim calcular a variação da posição. O problema é a posição em relação ao quê?
Você pode definir a posição de um carro como a distância dele até um poste.
Para S=0 (posição zero) o carro 0m de distância do poste. Para S=10 (posição 10) o carro está 10m do poste. Com essa definição você pode calcular a variação de posição do carro em relação ao poste e achar o valor de V.
Mas...invés de usar um poste como referência, pode usar uma casa, o limite do quarteirão, você, o semáforo... todos esses podem ser referenciais, pois você pode determinar a posição de um corpo a partir da distância de qualquer um deles.
Você também pode adotar referenciais móveis. Se você coloca uma moto que se move com a mesma velocidade V do carro como referencial, terá um sistema de eixos cartesianos que se movem numa velocidade V na direção da rua. Como carro e moto se movem na mesma velocidade, a distância do carro à moto não muda e podemos dizer ΔS do carro em relação à moto é 0 (variação de posição nula...pois a distância se mantém constante).
A vantagem é que ela demonstra se um corpo está em repouso ou em movimento em relação à um observador e um referencial, o que é particularmente útil para descrever os movimentos.
No exemplo que eu dei, podemos ver que o carro não varia sua distância em relação à moto, logo está em repouso em relação ao referencial. Se você utilizasse as leis da cinemática adotando a moto como referencial e dizendo que o carro se move com uma velocidade V, acabaria chegando em resultados incorretos ou absurdos.
O oposto ocorre com o poste como referência, em que a distância muda, concluindo assim que o carro tem movimento em relação ao poste. Nesse caso, as equações só funcionariam adotando V como a velocidade do carro, diferente do exemplo anterior.