As ideias e explicações são essas:

AS PRINCIPAIS IDÉIAS FASCISTAS

Os fascistas se apresentavam como grandes “revolucionários”. Diziam que iriam mudar totalmente a sociedade. Muitas pessoas acreditaram nisso e apoiaram os fascistas. Mas o regime fascista nasceu para defender o capitalismo.

O regime fascista é um regime favorável à burguesia. O Estado fascista é tão poderoso que domina quase tudo. Entretanto a maioria das empresas continuou sendo propriedade particular da burguesia. A democracia acaba: não há eleições; quem critica o governo vai preso; greves e passeatas de protesto são totalmente proibidas. O único partido político permitido é o fascista. Os sindicatos existem, mas devem obedecer ao governo.

Anticomunismo. Comunistas e fascistas se odeiam. Os fascistas não suportam a igualdade social. Acham que existem pessoas que são naturalmente superiores às outras e que, portanto, tem direito de mandar nos seres inferiores.

Antiliberalismo e Antidemocracia. O regime democrático era acusado de fraco e de corrupto, dominado por políticos enganadores do povo. Era incapaz de resolver crise econômica e o avanço comunista. Os fascistas defendiam um regime ditatorial, que resgatasse a ordem.

Totalitarismo. O indivíduo deve obedecer ao Estado sem contestação. Nas escolas, controladas pelos governos fascistas, ensinava-se que a maior virtude de um cidadão era a obediência cega. Os contestadores, os que tinham pensamento crítico, eram considerados inimigos da pátria. Além disso, o Estado fascista controlava completamente qualquer atividade individual. Nada podia existir fora dele. Os ideais fascistas deviam ser lembrados e respeitados em todas as fábricas, escolas, lojas, quartéis, estações de trem, programas de rádio, e até mesmo nos lares. Para o Fascismo, o Estado tem poder absoluto, perante o qual os indivíduos ou grupos são apenas pequenos peões no tabuleiro. Mussolini, em um discurso proferido dia 28 de outubro de 1925, proferiu a frase que resume a filosofia do fascismo: “Tutto nello Stato, niente al di fuori dello Stato, nulla contro lo Stato” (Tudo no Estado, nada fora do Estado, nada contra o Estado).

Militarismo e culto a violência. A guerra é glorificada como atividade mais nobre do homem. O mais forte deve esmagar o mais fraco.

Nacionalismo xenófobo. O fascismo é nacionalista e ultrapatriótico. A Pátria deve estar acima de todas as coisas. Claro que nem tudo que é nacionalista é fascista. Na verdade, o nacionalismo fascista é xenófobo , ou seja odeia tudo que é estrangeiro. Outros povos e culturas são considerados inimigos e inferiores, que devem ser rejeitados.

Racismo. São idéias preconceituosas do tipo “a pureza racial engrandece o país”. Todos os “diferentes” são repelidos: judeus, ciganos, negros, homossexuais, deficientes físicos. Os fascistas eram altamente preconceituosos e conservadores. Defendiam também a submissão das mulheres, constituindo uma sociedade extremamente machista.

Culto ao chefe supremo da nação. O ditador era glorificado como se ele fosse infalível, quase um Deus: Mussolini (o Duce) , Hitler (o Führer) , por exemplo. A propaganda fascista criou uma imagem de que o líder nacional seria uma espécie de pai simbólico que protege a nação com sua autoridade.

Irracionalismo e uso da propaganda política. Os fascistas acreditam que o racionalismo é limitado. A verdade é aquilo que o mais forte e capaz consegue impor. Por isso os fascistas dão muita importância a propaganda política, que manipula a consciência das massas: “Uma mentira repetida mil vezes se torna uma verdade”, dizia Goebbels, o mestre da propaganda nazista. Os nazistas tinham técnicas avançadas de propaganda. Manipulavam informações e exploravam o inconsciente coletivo.