“O subtítulo definitivo, O ofício do historiador, que substituirá pertinentemente o primeiro subtítulo, ressalta outra preocupação de Marc Bloch: definir o historiador como um homem de ofício, investigar suas práticas de trabalho e seus objetivos científicos e, como veremos, inclusive para além da própria ciência. O que o título não diz, mas o texto sim, é que Marc Bloch não se contenta em definir a História e o ofício do historiador, mas quer também assinalar o que deve ser a história e como deve trabalhar o historiador”.

As inovações teórico-metodológicas advindas do surgimento da Escola dos Annales, na primeira metade do século XX, permitiram que fossem pensados novos conceitos para lidar com a história. Assinale a opção que corresponde às contribuições do pensador dos Annales, Marc Bloch.

Alternativas:

a)
A história é a ciência que prova como os fatos ocorreram verdadeiramente.

b)
A história é a ciência que estuda o passado.

c)
A história é a ciência criada para glorificar e celebrar dos heróis no mundo.

d)
A história é uma ciência em construção que se preocupa unicamente com os eventos passados.

e)
A história é a ciência dos homens no tempo.

Alternativa assinalada
2)
“A História humana não se desenrola apenas nos campos de batalha e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais entre plantas e galinhas, nas ruas de subúrbios, nas casas de jogos, nos prostíbulos, nos colégios, nas ruínas, nos namoros de esquinas.”

Sobre o fato histórico e à produção do conhecimento histórico, podemos afirmar:

Alternativas:

a)
a nova História tem-se preocupado em gerar uma produção histórica que se alinha à tradição da escoa metódica ou posivista.

b)
os fatos históricos não estão restritos aos grandes acontecimentos; eles também se manifestam no cotidiano das pessoas.

Alternativa assinalada
c)
o trabalho do historiador deve ser isento de qualquer abordagem crítica, ele deve mostrar os fatos como realmente ocorreram.

d)
a Escola dos Annales enfoca fatos históricos grandiosos protagonizados pelos “Heróis”, o que conta para reforçar a ideologia da classe dominante.

e)
é a partir dos documentos primários que o historiador identifica os fatos históricos e analisa-os em sua linearidade.

3)
A história está sempre no centro das controvérsias. De que assuntos deve tratar? Os acontecimentos apenas, ou também os desígnios da providência, os progressos da humanidade, os fenômenos repetitivos, as estruturas? Deve pôr tônica na continuidade ou, pelo contrário, nas revoluções, nas rupturas, nas catástrofes? Deve ocupar-se prioritariamente dos indivíduos promovidos ao papel de heróis ou de massa? De quem tem poder e autoridade no Estado ou na Igreja ou, ao contrário, dos camponeses, do proletariado, dos burgueses, da população no seu conjunto e de todas as classes que a compõem?

Na citação acima, o historiador Jacques Le Goff enumera os desafios de qual corrente historiográfica.

Alternativas:

a)
Escola Metódica francesa

b)
Historicismo alemão (Historische Zeitschrif)

c)
Nova histórica, ou Escola dos Annales

Alternativa assinalada
d)
Materialismo histórico marxista

e)
História dos vencedores

4)
"O historiador aparece e confessa seus pressupostos e conceitos, seus problemas e hipóteses, seus documentos e suas técnicas e o modo como as utilizou e, sobretudo, a partir de qual lugar social e institucional ele fala"

O texto acima destaca uma característica do historiador no fazer historiográfico proposto pela Nova História que é:

Alternativas:

a)
A produção da história-problema e a constatação de que o passado é algo dado e acessível em sua integralidade e veracidade.

Alternativa assinalada
b)
A reconstrução do passado exige imparcialidade do historiador e uma observação passiva.

c)
A adoção de uma noção teleológica da temporalidade histórica.

d)
A a delimitação da história-problema independe do ponto de vista do analista, uma vez que o passado é fixo e determinado por uma narrativa irrefutável.

e)
A experiência presente exige que o historiador revisite e interrogue o passado e, a cada visitação, ele reconstrói esse passado estimulado pelas novas experiências do presente.