Observe o fragmento a seguir, retirado do conto Teleco, o coelhinho, de Murilo Rubião.





— Moço, me dá um cigarro?



A voz era sumida, quase um sussurro. Permaneci na mesma posição em que me encontrava,



frente ao mar, absorvido com ridículas lembranças.



O importuno pedinte insistia:



— Moço, oh! moço! Moço, me dá um cigarro?



Ainda com os olhos fixos na praia, resmunguei:



— Vá embora, moleque, senão chamo a polícia.



— Está bem, moço. Não se zangue. E, por favor, saia da minha frente, que eu também gosto de



ver o mar.



Exasperou-me a insolência de quem assim me tratava e virei-me, disposto a escorraçá-lo



com um pontapé.



[...]





RUBIÃO, Murilo. Para gostar de ler – contos. 13. ed. São Paulo: Ática, 1998. p.
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