A descoberta que marca o início do neolítico foi o surgimento da agricultura, que teve e tem uma importância essencial para o aparecimento de civilizações. Assim, a maior complexidade social da humanidade só começa após a descoberta da agricultura e da pecuária de espécies altamente produtivas, que favoreceram a permanência humana em um mesmo local por um tempo indeterminado, com um maior número de pessoas. Mesmo hoje, seria impensável a nossa sociedade sem a agricultura.
Até o início do neolítico, todas as populações humanas nas diferentes partes do mundo eram caçadoras e coletoras. A possibilidade de populações humanas viverem de maneira sedentária, ou seja, vivendo de maneira continuada em um mesmo local, foi resultante da invenção da agricultura e da pecuária na Eurásia, marcando o fim do paleolítico e o início do neolítico.
Na época anterior, durante o paleolítico, os grupos humanos eram bastante semelhantes ao caçadores-coletores que havia até algumas centenas de anos em algumas partes do mundo (como a Oceania, a América, e África).
As pessoas viviam em grupos de dezenas até algumas poucas centenas de indivíduos, dependendo da caça e pesca (geralmente, efetuada pelos homens) e da coleta de produtos vegetais, como frutas e raízes (atividade normalmente, realizada pelas mulheres). Obviamente, com o tempo, o número de animais de uma região diminuía em virtude dos indivíduos abatidos e dos que fugiam, bem como o número de produtos coletados já não eram mais o mesmo, tornando o local menos produtivo para sustentar a vida desses grupos. Quando isso acontecia, eles mudavam para outras áreas, de modo a, assim, obter mais sucesso com a caça e a coleta. Por isso eles eram nômades.
No neolítico, houve uma série de mudanças importantes com o surgimento da agricultura e da pecuária, tais como o aumento do número de pessoas em cada tribo ou grupo - resultando nas primeiras cidades-, uma maior complexidade política na organização social, o sedentarismo, uma maior preocupação com a propriedade, dentre outros fatores relevantes. Além disso, as primeiras cidades estavam próximas aos rios, bem como de terras férteis, nas quais a agricultura fosse possível.
Isso foi, particularmente, verdadeiro no Oriente Médio, pois havia diversas espécies de plantas e animais nessa região que eram extremamente interessantes em termos de domesticação, devido à rapidez da produção, condições de armazenamento da semente, dentre outras características importantes para os humanos. Elas nasciam tão logo havia umidade, crescendo rapidamente e produzindo logo. Entre elas, o trigo, produto básico do pão. Com as observações e experiências, os humanos aprenderam a armazenar as sementes de trigo em estruturas de barro (silos) , nos quais a água e a umidade não entrava, permitindo a manutenção de uma reserva de alimento durante o ano todo, aproveitando-se os períodos mais favoráveis para o plantio.
Com isso, era possível garantir alimentos por muito tempo, além de alimentar um maior número de pessoas, sem a necessidade de se mudar para outros locais, criando o sedentarismo a partir da agricultura de espécies de plantas e animais domesticados.
Havia também a produção de excedentes, que eram trocados com outros grupos, favorecendo o comércio e a cooperação.
Os grupos dos agricultores e criadores venciam os grupos menores de caçadores e coletores, de maneira que especialmente no Oriente Médio e Europa, dentre outros lugares, os sobreviventes fossem aqueles que adotaram a agricultura e a criação de animais, criando as primeiras cidades e civilizações.
Nesse sentido, o cultivo desses alimentos e a criação de animais foi tão importante que a população humana atual, em sua grande maioria, não apresenta intolerância ao glúten (presente nas farinhas, como a de trigo) e nem a lactose, ao contrário do que ocorria antes. Desse modo, os estudos demonstram que, no paleolítico, a maior parte dos seus humanos eram intolerantes à lactose e ao glúten, ou seja, a importância dos cereais nessas sociedades foi tão grande que a maioria das pessoas são descendentes daqueles que não eram intolerantes ao glúten e puderam aproveitar os benefícios desses alimentos. Estipula-se que um ou dois grãos e os produtos derivados destes eram responsáveis por 80 a 90% das calorias que as pessoas ingeriam nesse período.
Outras consequências da agricultura de espécies muito produtivas são o nascimento da propriedade privada, o aumento da quantidade e qualidade dos utensílio, uma maior especialização dando origem a novos ofícios, o uso de roupas feitas de tecido e não apenas peles de animais.
Ainda hoje é a agricultura de espécies extremamente produtivas que permite a manter a população atual, bem como as diversas características de nossa sociedade.
Para melhor compreender todo esse processo, sugiro que veja os vídeos " A História do Mundo em Duas Horas " e " Armas germes e Aço - Saindo do Jardim do Éden ", encontrados facilmente no you..tube.
Apesar de ter sido uma passagem bastante devagar, o que marcou a passagem do período paleolítico para o neolítico foi a quarta glaciação, que resfriou a Terra.
Em decorrência deste esfriamento da Terra, houve uma série de mudanças não só no planeta, mas nas formas de viver neste. Este período ficou conhecido como Revolução Neolítica.
O clima foi profundamente alterado após o aquecimento da Terra, visto que o nível dos mares aumentou. Surgiram, então, rios, florestas e desertos, além do desenvolvimento da agricultura, visto que se tornou dificultosa a vida nômade. O homem então se estabeleceu em uma região e a partir de diversas experiências desenvolveu a agricultura e a domesticação de animais.
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Prezado,A descoberta que marca o início do neolítico foi o surgimento da agricultura, que teve e tem uma importância essencial para o aparecimento de civilizações. Assim, a maior complexidade social da humanidade só começa após a descoberta da agricultura e da pecuária de espécies altamente produtivas, que favoreceram a permanência humana em um mesmo local por um tempo indeterminado, com um maior número de pessoas. Mesmo hoje, seria impensável a nossa sociedade sem a agricultura.
Até o início do neolítico, todas as populações humanas nas diferentes partes do mundo eram caçadoras e coletoras. A possibilidade de populações humanas viverem de maneira sedentária, ou seja, vivendo de maneira continuada em um mesmo local, foi resultante da invenção da agricultura e da pecuária na Eurásia, marcando o fim do paleolítico e o início do neolítico.
Na época anterior, durante o paleolítico, os grupos humanos eram bastante semelhantes ao caçadores-coletores que havia até algumas centenas de anos em algumas partes do mundo (como a Oceania, a América, e África).
As pessoas viviam em grupos de dezenas até algumas poucas centenas de indivíduos, dependendo da caça e pesca (geralmente, efetuada pelos homens) e da coleta de produtos vegetais, como frutas e raízes (atividade normalmente, realizada pelas mulheres). Obviamente, com o tempo, o número de animais de uma região diminuía em virtude dos indivíduos abatidos e dos que fugiam, bem como o número de produtos coletados já não eram mais o mesmo, tornando o local menos produtivo para sustentar a vida desses grupos. Quando isso acontecia, eles mudavam para outras áreas, de modo a, assim, obter mais sucesso com a caça e a coleta. Por isso eles eram nômades.
No neolítico, houve uma série de mudanças importantes com o surgimento da agricultura e da pecuária, tais como o aumento do número de pessoas em cada tribo ou grupo - resultando nas primeiras cidades-, uma maior complexidade política na organização social, o sedentarismo, uma maior preocupação com a propriedade, dentre outros fatores relevantes. Além disso, as primeiras cidades estavam próximas aos rios, bem como de terras férteis, nas quais a agricultura fosse possível.
Isso foi, particularmente, verdadeiro no Oriente Médio, pois havia diversas espécies de plantas e animais nessa região que eram extremamente interessantes em termos de domesticação, devido à rapidez da produção, condições de armazenamento da semente, dentre outras características importantes para os humanos. Elas nasciam tão logo havia umidade, crescendo rapidamente e produzindo logo. Entre elas, o trigo, produto básico do pão. Com as observações e experiências, os humanos aprenderam a armazenar as sementes de trigo em estruturas de barro (silos) , nos quais a água e a umidade não entrava, permitindo a manutenção de uma reserva de alimento durante o ano todo, aproveitando-se os períodos mais favoráveis para o plantio.
Com isso, era possível garantir alimentos por muito tempo, além de alimentar um maior número de pessoas, sem a necessidade de se mudar para outros locais, criando o sedentarismo a partir da agricultura de espécies de plantas e animais domesticados.
Havia também a produção de excedentes, que eram trocados com outros grupos, favorecendo o comércio e a cooperação.
Os grupos dos agricultores e criadores venciam os grupos menores de caçadores e coletores, de maneira que especialmente no Oriente Médio e Europa, dentre outros lugares, os sobreviventes fossem aqueles que adotaram a agricultura e a criação de animais, criando as primeiras cidades e civilizações.
Nesse sentido, o cultivo desses alimentos e a criação de animais foi tão importante que a população humana atual, em sua grande maioria, não apresenta intolerância ao glúten (presente nas farinhas, como a de trigo) e nem a lactose, ao contrário do que ocorria antes. Desse modo, os estudos demonstram que, no paleolítico, a maior parte dos seus humanos eram intolerantes à lactose e ao glúten, ou seja, a importância dos cereais nessas sociedades foi tão grande que a maioria das pessoas são descendentes daqueles que não eram intolerantes ao glúten e puderam aproveitar os benefícios desses alimentos. Estipula-se que um ou dois grãos e os produtos derivados destes eram responsáveis por 80 a 90% das calorias que as pessoas ingeriam nesse período.
Outras consequências da agricultura de espécies muito produtivas são o nascimento da propriedade privada, o aumento da quantidade e qualidade dos utensílio, uma maior especialização dando origem a novos ofícios, o uso de roupas feitas de tecido e não apenas peles de animais.
Ainda hoje é a agricultura de espécies extremamente produtivas que permite a manter a população atual, bem como as diversas características de nossa sociedade.
Para melhor compreender todo esse processo, sugiro que veja os vídeos " A História do Mundo em Duas Horas " e " Armas germes e Aço - Saindo do Jardim do Éden ", encontrados facilmente no you..tube.
Bons estudos!
Apesar de ter sido uma passagem bastante devagar, o que marcou a passagem do período paleolítico para o neolítico foi a quarta glaciação, que resfriou a Terra.
Em decorrência deste esfriamento da Terra, houve uma série de mudanças não só no planeta, mas nas formas de viver neste. Este período ficou conhecido como Revolução Neolítica.
O clima foi profundamente alterado após o aquecimento da Terra, visto que o nível dos mares aumentou. Surgiram, então, rios, florestas e desertos, além do desenvolvimento da agricultura, visto que se tornou dificultosa a vida nômade. O homem então se estabeleceu em uma região e a partir de diversas experiências desenvolveu a agricultura e a domesticação de animais.
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