Para responder aos questionamentos que estão a seguir veja o fragmento de Gandavo: “A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma: ainda que em certos vocábulos difere em algumas partes; mas não de maneira que se deixem de entender. (...) Carece de três letras, convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente (...)." (GANDAVO, Pero de Magalhães, História da Província de Santa Cruz, 1578.) A presença de europeus eivados de preconceitos em solo do ‘novo mundo’ fora um dos principais fatores dos altos índices de mortalidade entre os povos tribais no Brasil; os diferentes povos que habitavam há séculos as regiões de nosso atual país foram vítima do avanço colonizador e primitivo dos exploradores que aqui se instalaram. Sobre esta visão excludente é possível dizer que: reflete um conjunto de valores, defendidos durantes séculos, que colocava o continente europeu como civilizado e centro de progresso e cultura;
tem por base os valores cristãos para a forma de um mundo mais justo e humano, habitado exclusivamente por europeus ou povos capazes de entenderem seus anseios;
nasceu com o Iluminismo e consolidou-se no Renascimento;
fruto das exaustivas pesquisas desenvolvidas nas universidade de Columbia (EUA) influenciaram diferentes gerações pelo mundo na defesa de valores exclusivamente europeus; reflexo unicamente das ações evangelizadora das igrejas luteranas no novo mundo, com baixa aprovação entre os europeus.
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