Em Frase que se tornou famosa, Aristides Lobo, o propagandista da República, manifestou seu desapontamento com a maneira pela qual foi proclamado o novo regime. Segundo ele, o povo, que pelo ideário republicano deveria ter sido protagonista dos acontecimentos, assistira a tudo bestializado, sem compreender o que se passava, julgando ver talvez uma parada militar. Não nos interessa aqui discutir em que medida a observação correspondia à realidade, isto é, em que medida o povo participou ou não da proclamação da República. Há versões contraditórias à espera de uma análise crítica (...). Interessa-nos, sim, o fato de que um observador participante e interessado tenha percebido a participação do povo dessa maneira; interessa-nos o fato de que três dias após a proclamação este observador já tenha percebido e confessado o pecado original do novo regime”. CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. 3 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 09. Após a leitura do excerto acima, analise as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta: ALTERNATIVAS O excerto aponta para o fato de que a Proclamação da República, em 1889, permitiu uma ampla reforma política, que teve, como consequência, a vitória dos interesses das camadas mais baixas da sociedade. De acordo com o documento e o contexto histórico ao qual se refere, o pecado original do novo regime foi não ter possibilitado a ampliação da participação política da sociedade como um todo. Segundo o documento apresentado, o ideário republicano diz respeito à ideia de que a participação política do povo no novo regime deveria ser limitada. O movimento republicano, do qual trata o documento, não contou com a participação de setores da sociedade além do exército. O documento acima refere-se ao momento de ruptura entre o Brasil e Portugal, na primeira metade do século XIX. Responder
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Considere o texto a seguir: “Essas ilhas são apêndices naturais do continente norte-americano, e uma delas – quase visível a olho nu de nossas costas – tornou-se, por muitas considerações, um objeto de importância transcendente para os interesses comerciais e políticos da nossa União. (...) Entre os interesses daquela ilha e deste país, tais são, certamente, as relações geográficas, comerciais, morais e políticas formadas pela natureza, a cristalizarem-se no processo do tempo, neste momento mesmo alcançando a maturidade, (...) é difícil resistir à convicção de que a anexação de Cuba por nossa República Federal será indispensável à continuidade e à integridade da nossa própria União... Há leis da política como há leis da gravitação física. E se uma maçã, separada de uma árvore nativa pela tempestade, não pode escolher, mas apenas cair no chão, Cuba, por força desligada do seu vínculo não natural com a Espanha, e incapaz de se auto-sustentar, só pode gravitar na direção da União Norte Americana, a qual, pela mesma lei da natureza, não pode segregá-la do seu seio.” Carta de John Quincy Adams, secretário de Estado dos Estados Unidos, a Hugh Nelson, representante norte-americano em Madri, 23 de abril de 1823. Em relação ao texto acima e a política externa estadunidense, podemos concluir que: ALTERNATIVAS A noção de uma identidade americana ampliada firmou-se no hemisfério ocidental. Na Guerra Hispano-Americana, os Estados Unidos já manifestavam interesse no Caribe. O surgimento de um império de portas abertas colaborou para a decadência da ideia de dilatação das fronteiras. A lógica da Doutrina Monroe, "América para os americanos", deliberava o continente como área de influência dos EUA. A percepção de pan-americanismo era robustecida pela proposta de formação de alianças na política e na economia com as nações do continente. Responder
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Leia o excerto a seguir: “Desde o princípio, os enfrentamentos políticos e militares que se produziram motivados pela independência das nações latino-americanas foram uma questão que afetou a todo o sistema europeu e atlântico de que as colônias espanholas e portuguesas faziam parte. Porém, isso não constituía nenhuma novidade. Desde o século XVI, as fabulosas riquezas das Índias haviam provocado a inveja de todas as outras nações europeias, as quais intentaram obter vantagens e opor-se a qualquer avanço da posição de seus rivais na América. No século XVIII, o Pacto de Família firmado entre as monarquias bourbônicas de Espanha e França significou uma ameaça para a Grã-Bretanha. No entanto, os ingleses encontraram uma saída ao praticar um extenso comércio clandestino com a América espanhola, mas não intentaram anexar a seu império nenhuma das colônias espanholas mais importantes.” WADDELL, D. A. G. La política internacional y la independencia latinoamericana. In: BETHELL, L. (Org.). Historia de America Latina. La independência, Trad. Espanhola Ángels Solá. Barcelona: Editorial Crítica, 1991. p. 209. Analise as afirmações a seguir, considerando o momento europeu e atlântico sugerido pelo excerto apresentado: I. Nas lutas políticas envolvendo Espanha e França, a Inglaterra amparou a França, marcando presença nas lutas das colônias espanholas contra a metrópole, desembarcando na América grandes tropas militares. Esse elemento motivou uma guerra entre Inglaterra e Espanha. II. A política napoleônica, que interferia no mercado atlântico no início do século XIX, não afetou os Estados Unidos. Esse fato incentivou a nação recém-nascida a não buscar vantagens no rompimento dos vínculos coloniais hispanoamericanos, reforçando o forte comércio que mantinha com a Inglaterra e com a França. III. Apesar da existência da política de neutralidade inglesa com relação aos movimentos de independências da maioria das colônias hispanoamericanas nas disputas entre o Texas e os Estados Unidos, a Grã-Bretanha apoiou a república do Texas, já que esta havia se separado do México em 1836. É correto somente o que se afirma em: ALTERNATIVAS I. II. III. I e II. II e III. Responder
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No século XX, a pintura mural mexicana caracterizou-se por suas grandes dimensões, sendo exibida em espaços públicos como bibliotecas, palácios, museus e escolas. Além disso, envolve temas da história nacional que abarcam o período pré-hispânico até a Revolução Mexicana. Ao abordar o tema da Revolução Mexicana, iniciada em 1910, um docente do ensino médio propõe aos alunos a análise de duas pinturas do muralismo mexicano. David Alfaro Siqueiros: “Do Porfirismo à Revolução” - O Povo em Armas.(1966). Acrílico e piroxilina sobre madeira forrada de tela. Sala XIII - Museu Nacional de História – Cidade do México. In: VASCONCELLOS, Camilo de Mello. Imagens da Revolução Mexicana; o Museu Nacional de História do México. 1940-1982. São Paulo: Alameda, 2007. Jorge Gonzáles Camarena: “A Constituição de 1917”. (1967). Pintura em acrílico sobre tela. Sala XII – Museu Nacional de História – Cidade do México. In: VASCONCELLOS, Camilo de Mello. Imagens da Revolução Mexicana; o Museu Nacional de História do México. 1940-1982. São Paulo: Alameda, 2007. Posterior a análise das imagens, professores e alunos chegam a algumas conclusões: I - Destacam, de maneira semelhante, os líderes revolucionários de etapas distintas da Revolução. II - Retratam lutas na construção de uma memória nacional da Revolução Mexicana. III - Apresentam a preponderância da atuação do povo mexicano na Revolução. IV - Possuem variadas simbologias da luta revolucionária mexicana. São corretas apenas as afirmativas: ALTERNATIVAS I e III. II e IV. I, II e III. I, II e IV. II, III e IV. Responder
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Os mapas, tão associados ao estudo geográfico, inclusive em ambiente escolar, são, em verdade, produtos de outra ciência: a Cartografia. Caracterizada por ser um misto de ciência, técnica e arte, a Cartografia estabeleceu, ao logo do tempo, diversos conceitos e convenções para padronizar a confecção e interpretação dos mapas. As sentenças a seguir tratam de alguns conceitos cartográficos. Julgue-as como sendo verdadeiras ou falsas: ( ) Carta é um material cartográfico com pouco detalhamento, utilizado principalmente para fins didáticos. ( ) Mapa é um material cartográfico de uso técnico, dado o detalhamento das informações trazidas. ( ) O ramo temático da Cartografia permite que sejam representados em mapas e cartas tanto elementos naturais, como fenômenos “invisíveis”, como o desemprego. ( ) Latitude é à distância em graus medida a partir da linha do Equador, variando no sentido Norte-Sul, de 0º a 90º. ( ) Longitude é a distância em graus medida a partir do meridiano de Greenwich com variação Leste-Oeste, podendo medir entre 0º e 180º. ( ) A linha do Equador é uma linha convencionada e poderia ter sido definida em qualquer outro ponto do planeta. ( ) O meridiano de Greenwich é uma linha natural do planeta Terra, pois marca a área de maior circunferência. ( ) Paralelos são linhas imaginárias que cortam o globo de forma paralela à linha do Equador. ( ) Meridianos são linhas imaginárias que atravessam o globo de forma paralela ao Meridiano de Greenwich. A alternativa que julga corretamente as sentenças é: ALTERNATIVAS V, V, F, F, F, V, V, F, F. V, V, F, V, F, V, F, V, V. F, F, V, V, V, F, F, V, V. V, F, V, V, F, V, F, V, F. F, F, V, V, V, V, V, F, F. Responder
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O movimento de renovação do pensamento geográfico, ocorrido a partir da década de 1950 ficou marcado por duas correntes: a pragmática (ou teorética) e a crítica (ou radical). Considerando as características dessas correntes, julgue as sentenças como sendo verdadeiras (V) ou falsas (F). ( ) A Geografia Pragmática trouxe uma nova proposta metodológica, mas assim como a Geografia Tradicional, continuou a servir como instrumento de conquista de poder pelo Estado. ( ) A obra de Yves Lacoste “Geografia – isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra” caracteriza bem o pensamento da corrente crítica do movimento de renovação, pois critica a Geografia Tradicional, cujas ações se mostraram instrumento de conquista de poder por parte do Estado. ( ) A Geografia Pragmática procura explicar e aplicar o conhecimento geográfico por meio de técnicas estatísticas e matemática, com a definição de médias, índices, padrões, modelos e sistemas. O IBGE é um exemplo da aplicação dessa corrente geográfica. ( ) A Geografia Crítica apresenta forte presença do pensamento marxista, por meio da preocupação com as desigualdades sociais, com a favelização, com a luta de classe, buscando explicar esses fenômenos e propor intervenções com intuito de reduzir as desigualdades. A alternativa que julga corretamente as sentenças acima é: ALTERNATIVAS V, F, V, V. V, V, V, V. F, V, F, V. V, F, V, F. V, V, V, F. Responder
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Uas correntes de pensamento marcaram o período da chamada Geografia Clássica: determinismo e possibilismo. A primeira, refletia a ideologia da Geografia alemã, enquanto a segunda da Geografia francesa. Quanto as características de cada corrente de pensamento e as ações de cada nação é possível afirmar que: ALTERNATIVAS O determinismo alemão refletia o pensamento da Geografia Política de Ratzel, que defendia o poder de ação da sociedade sobre as condições naturais do meio. Com intuito de justificar o expansionismo francês, o possibilismo defendia que o poder da nação estava no tamanho de seu território, ou seja, grandes territórios resultam em nações poderosas. A unificação tardia da Alemanha quanto Estado-Nação a impossibilitou de participar das disputas colonialistas, levando-a a ver o expansionismo como uma forma de adquirir poder, considerando que o tamanho do território tem influência direta no desenvolvimento de uma nação (ideias deterministas). O possibilismo francês se opõe ao determinismo alemão, na medida que considera a relação homem-meio, ou seja, que o homem pode ativamente encontrar possibilidades de interação com o meio. Graças a esse pensamento, a França não tinha preocupação com seu território e nem estabeleceu colônias em outros continentes. Um dos conceitos defendidos pelo possibilismo era do espaço vital, que considera que alguns espaços são benéficos para o desenvolvimento de uma nação, e outros não. Acreditando nisso, a Alemanha não buscou, ao longo da história, dominar territórios novos, por não serem propícios para o desenvolvimento. Responder
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Serve os mapas a seguir: Mapa de Psalter (1250) — uma das páginas de ilustrações de um livro de salmos do século XIII. Fonte: NORONHA, 1999. Fonte: Wikimedia. Os mapas são utilizados desde os tempos mais remotos pelo ser humano para caracterizar lugares, auxiliar na localização e deslocamento. No entanto, durante a Idade Média, mais especificamente na Europa, os mapas não representavam exatamente isso (como é possível observar nos mapas acima). Com base nos mapas expostos e nas características sociais e políticas do período medieval, as afirmações a seguir são corretas, com exceção da: ALTERNATIVAS Ao invés de representar a realidade, os mapas europeus medievais representavam eventos e locais bíblicos, como a Torre de Babel, ou Jerusalém Celeste, assim como anjos, santos e outras figuras religiosas. Durante a Idade Média, enquanto os árabes avançavam na técnica cartográfica para localização e orientação, a Europa retomava a ideia de a Terra ser plana, e produzia mapas sem nexo com a territorialidade. Os mapas europeus da Idade Média provam que a sociedade desse período não tinha desenvolvido quaisquer conhecimentos sobre Cartografia, por isso elaboravam mapas sem nexo com a realidade, retratando o que conheciam: a religião. A produção cartográfica na Europa, durante a Idade Média, abandonou os princípios básicos de orientação e localização, e passou a representar ilustrações bíblicas, composições surreais, como instrumento de pregação do cristianismo/catolicismo. Apesar de não servirem como parâmetro para reconhecer a organização do espaço europeu durante a Idade Média, os mapas, tais quais os expostos, são valiosos para perceber os traços culturais e políticos do período, marcado pelo domínio da Igreja na Europa. Responder
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