Leia com atenção o fragmento de texto extraído do artigo “Doses "homeopáticas" de conhecimento”, de Elias Januário (“Ensinar e decorar”) presente no nosso AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem): O tema que suscitamos para a discussão hoje é sobre o processo de ensino e aprendizagem e sua relação com a prática do decorar textos, fórmulas e conceitos, como se estivessem sendo colocados à força para os estudantes. Apoiado nas reflexões do educador Thomas O"Brien, forte adepto das concepções construtivistas, do filósofo suíço Jean Piaget, este pensador critica a memorização e propõe uma série de fundamentos básicos para a realização de uma aula com qualidade e eficácia. Uma parcela considerável de educadores em nosso país ainda continua atuando na perspectiva da memorização de fatos e procedimentos, na maioria das vezes totalmente desvinculados da realidade na qual estão inseridos os alunos. Essa metodologia, se é que podemos chamar isso de método, consiste em empurrar conceitos e fórmulas que devem ser decorados e lembrados pelos alunos toda vez que for necessário. Este modelo de ensino é extremamente pernicioso para o estudante, na medida em que se restringe à memorização, desconsiderando o raciocínio ou a possibilidade do estudante criar estratégias de aprendizagem e resolução de questões atinentes ao seu processo de conhecimento. Para O"Brien, o grande talento do ser humano é a capacidade de pensar. Com isso o professor deve exigir o que é próprio da mente humana, ou seja, organizar informações, avaliar resultados, selecionar dados, entre outras funções. (JANUÁRIO, Elias. Ensinar e decorar. Gazeta de Cuiabá. 1 mar. 2011. Cuiabá MT - ) Considere as seguintes afirmativas: I - A prática do decorar textos, fórmulas e conceitos é uma metodologia favorável aos estudantes que devem se lembrar de conceitos e fórmulas decorados toda vez que for necessário, por toda a sua vida. II - Uma parcela considerável de educadores em nosso país ainda continua atuando adotando a metodologia da memorização desvinculada de qualquer contextualização. III - A metodologia da memorização é perniciosa para o estudante, pois restringe o raciocínio ou a possibilidade do estudante criar estratégias de aprendizagem e resolução de questões atinentes ao seu processo de conhecimento. IV – Opõe-se à cobrança de memorizações, o trabalho com a organização de informações, a avaliação de resultados a seleção de dados, entre outras operações pertinentes à capacidade de pensar. De acordo com o fragmento de texto lido (Assinale a alternativa correta) Escolha uma: a. Estão corretas apenas as afirmativas II, III e IV. b. Estão corretas apenas as afirmativas I, II e III. c. Estão corretas apenas as afirmativas I e III. d. Estão corretas apenas as afirmativas I, II e IV.
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A criatividade para Fayga Ostrower, trata-se de um potencial inerente ao ser humano, e realizar este potencial é uma de suas necessidades. Essa potencialidade e os processos criativos não estão restritos, pura e tão-somente, às artes e aos artistas, pois entende que “criar” tem de ser visto no seu sentido total, ou seja, algo que está integrado ao estilo de vida do ser humano: O homem elabora seu potencial criador através do trabalho. É uma experiência vital. Nela o homem encontra sua humanidade ao realizar tarefas essenciais à vida humana e essencialmente humanas. A criação se desdobra no trabalho porquanto este traz em si a necessidade que gera as possíveis soluções criativas. Nem na arte existiria criatividade se não pudéssemos encarar o fazer artístico como trabalho, como um fazer intencional produtivo e necessário que amplia em nós a capacidade de viver. Retirando à arte o caráter de trabalho, ela é reduzida a algo de supérfluo, enfeite talvez, porém prescindível à existência humana. Em nossa época, é bastante difundido este pensamento: arte sim, arte como obra de circunstância e de gosto, mas não arte como engajamento de trabalho. Entretanto, a atividade é considerada uma atividade, sobretudo criativa, ou seja, a noção de criatividade é desligada da ideia do trabalho, o criativo tornado criativo justamente por ser livre solto e isento de compromissos de trabalho. Na lógica de tal pensamento, porém, o fazer que não fosse “livre” careceria de criatividade, passaria a ser um fazer não-criativo. O trabalho em si seria não-criador. Evidentemente, não é esse nosso critério. (OSTROWER, 1987, p. 26) Outra questão importante que se discute nas artes é se aquela pessoa tem dom ou talento. Leia os textos a seguir: Dom é uma palavra que vem do latim donu. Significa dádiva, presente. O dom, é uma capacidade especial inata. Na prática, um dom é um potencial para desempenhar com alguma facilidade determinadas tarefas que são complexas para a maioria das pessoas. Este é o fato de certas crianças desenharem bem, outras tocarem um instrumento musical com desenvoltura ou aprender números ou trabalhos manuais. O talento é uma tendência ou um gosto especial que pode ser desenvolvido. Mesmo que exista algum componente genético, qualquer talento depende de três atitudes para atingir sua plenitude. O talento depende de treinar muito; ter disciplina: olhe para os atletas, por exemplo; e perseverança: persistir na busca dos resultados. E como ficam aqueles que têm dom, mas não têm talento? Estes são um desperdício, nasceram com algo especial, mas não foram lapidados como deviam. E tem também os “desligados”, aqueles que, mesmo tendo tido boas chances, não se esforçaram para se desenvolver. Deles é que se diz: “Deus dá asas para quem não quer voar”. Texto de Abraham Shapiro (Disponível em: http://profissaoatitude.blogspot.com.br/2011/09/dom-e-talendo-diferenca-e-pratica.html Acesso: 16/11/2017) Construa um texto sucinto, reflexivo e autoral, a partir das possíveis correlações entre os conceitos de dom e talento como apresentados por Abraham Shapiro e as noções de criatividade desenvolvidas por Ana Mae Barbosa, Fayga Ostrower e Howard Gardner.
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