Paulo VI em seu discurso ao final do Concílio, imbuído desta nova consciência, interpretou a relação Igreja-Mundo como relação onde esta é servidora da humanidade. Recuperando a dimensão profética da Igreja a partir do humano, em um mundo pluralista, secular e desigual. Novas circunstâncias históricas da modernidade favoreceram o novo descobrimento da realidade humana da Igreja (COMBLIN, 2002) influenciando a abertura proposta no Vaticano II. COMBLIN, José. O Povo de Deus. São Paulo: Paulus, 2002. Quanto à Eclesiologia proposta pelo Concílio Vaticano II, julgue se as assertivas são Verdadeiras ou falsas. ( ) O Vaticano II faz com que a concepção de Povo de Deus valorize a noção de sociedade desigual em sua eclesiologia, reforçando a hierarquia da Igreja e sua função de única detentora da Verdade Divina, descartando o ecumenismo. ( ) O Vaticano II, ao reconhecer os frutos positivos do movimento litúrgico, patrístico, bíblico, e ecumênico, nos permitiu entender a profundidade do redimensionamento na compreensão da Igreja. ( ) Pelas intervenções de muitos participantes, Paulo VI propõe mudança substancial do esquema De Ecclesia removendo um capítulo sobre o Povo de Deus em geral e deixando para tratar de hierarquia e laicato com prioridade. ( ) A Igreja, que possui muitos serviços e carismas, na qual diferentes pessoas de diferentes etnias constituem a unidade interna, coesa pela fé em Cristo Jesus e inspiradas pelo Espírito Santo. Assinale a alternativa que julga corretamente as afirmações. Alternativas: a) V - V - V - V. b) F - V - F - V. c) V - F - V - F. d) V - F - F - V. Alternativa assinalada e) F - V - V - F.
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1) “(...) todos os instintos e emoções, todas as atividades práticas, colocam o homem perante impasses em que as lacunas do seu conhecimento e as limitações do seu poder de observação e raciocínio iniciais o traem num momento crucial. O organismo humano reage por acessos espontâneos, em que se geram as rudimentares formas de comportamento e também rudimentares crenças na sua eficácia. A magia instala-se em formas tradicionais constantes. Assim, a magia proporciona ao homem primitivo uma série de atos e crenças rituais prontos a utilizar, com técnica mental e prática definida, que estabelece a ligação com as perigosas lacunas em cada objetivo ou situação crítica importante. Permite que o homem empreenda com confiança as suas tarefas importantes, mantenha o seu equilíbrio e a sua integridade mental nos acessos de raiva, nos ataques de ódio, no amor não correspondido, no desespero e na ansiedade”. (MALINOWSKI, 1988, p. 32) O excerto pertence ao pensamento do antropólogo polaco Bronislaw Malinowski, que lança importantes contribuições para o estudo das relações entre a magia, a ciência e a religião. Com base no excerto e no pensamento desse autor, analise as afirmativas: I – A magia age onde o homem não possui o domínio do conhecimento ou o poder de intervenção com base em sua observação e raciocínio. II – Segundo o autor a magia envolve comportamentos e crenças rudimentares integradas às tradições culturais e praticadas de forma constante. III – A magia é ilógica e irracional, pois o homem não utiliza de seu sentido cognitivo no momento de operar as mágicas. IV – É possível perceber que as crenças mágicas se aproximam das dimensões onde a religião também atua. É correto o que se afirma em: Alternativas: a) I, II e III, apenas. b) I, II e IV, apenas. c) I, III e IV, apenas. d) II, III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. 2) O modo como cada cultura desenvolve um sistema de classificação específico serve para harmonizar as relações, para padronizar os interesses. No livro "pureza e perigo" Mary Douglas d
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“Categorias como ‘cura’ e ‘libertação’ faziam parte do vocabulário e linguagem empregados nos cultos. Em algumas pregações havia referências à cura das rejeições familiares e exclusões que a sociedade perpetrava. Nem sempre uma associação entre tais rejeições e a homossexualidade era feita diretamente, mas o tema das exclusões era evocado e a solução apresentada: pessoas excluídas, feridas, vítimas de preconceito, agressão, cuja alma se encontrava ‘ferida’, podiam ser ‘restauradas’ pelo poder do Espírito Santo”. (NATIVIDADE, 2010, p. 101 e 102). Partindo destas descrições de Marcelo Natividade sobre cultos de uma igreja inclusiva, julgue cada uma das afirmativas em V (verdadeiro) ou F (falso): ( ) Acreditava-se que os gays que procuravam a igreja chegavam com “feridas emocionais”, resultantes da homofobia da sociedade e das religiões cristãs que se apegavam a dogmas e interpretações bíblicas literais. ( ) Tal discurso assinalava uma afinidade do grupo com um ethos religioso pentecostal, psicologizado, através do qual se instituíam modos de gerenciamento das subjetividades que preconizavam como valores o autocontrole e a posse de si. ( ) Do mesmo modo que grupos evangélicos tradicionais, também pregavam que gays e lésbicas deveriam tornar-se heterossexuais através de correntes de exorcismos, do comprometimento com o casamento e a construção de uma família cristã. ( ) A cura era direcionada aos sentimentos de inferioridade que essa parcela de excluídos cultivava em decorrência do preconceito e da homofobia. Deus curava, não a homossexualidade, mas as mágoas decorrentes das cicatrizes deixadas pela discriminação. Assinale a sequência correta do V ou F: Alternativas: a) F - F - V - V. b) V - V - F - V. c) F - V - F - V. d) V - V - V - V. e) V - F - F - V.
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As atividades religiosas levam às disposições de ânimo e motivação nos sujeitos. O ânimo é "uma tendência persistente, uma inclinação crônica para executar certos tipos de atos e experimentar certas espécies de sentimento em determinadas situações" (GEERTZ, 2008, p. 71). Sobre as motivações, o autor caracteriza as possíveis motivações que levam os indivíduos a agir de maneiras determinadas. Analise os exemplos apresentados pelo autor e associe às suas corretas reflexões: a) uma "coragem aparatosa" b) a “circunspecção moral" c) a "tranquilidade desapaixonada" ( ) o indivíduo conserva a mesma postura de regozijo ou de desventura, independente da conjuntura do momento em que ele esteja vivendo, culpa-se por expressar a si próprio e às suas emoções, ainda que minimamente, ou ainda, se conforma com a contemplação de objetos muito imprecisos. ( ) conduz o indivíduo, por exemplo, a estabelecer promessas desmedidas, ou a expor publicamente seus pecados mais íntimos sob o risco da desaprovação de uma plateia exigente, ou também, a prontamente se identificar com falas genéricas e imprecisas durante sessões espíritas; ( ) a ponto de se lançar em desafios severos e mesmo de se empolgar com as dores envolvidas. Assinale a alternativa que apresente relação correta entre os exemplos e suas reflexões: Alternativas: a) a - b - c. b) a - c - b. c) b - a - c. d) b - c - a. Alternativa assinalada e) c - b - a.
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2) O apostolado universal se firmou somente com os mendicantes, sobretudo com as ordens dos Pregadores e dos Menores. Com o objetivo de salvar as almas, os religiosos mendicantes acreditavam que era necessário deixar seu convento para ir de cidade em cidade, de reino em reino, chegando até a tocar as extremidades do mundo. As missões evangelizadoras foram, assim, um dos grandes pilares das ordens mendicantes, e acabaram por ocupar um lugar central em sua espiritualidade, bem como em sua trajetória, especialmente pelo fato de os fundadores das duas ordens, Domingos de Guzmão e Francisco de Assis, terem dedicado parte de suas vidas a esse fim. GONÇALVES, Rafael Afonso. O despertar dos mendicantes para os outros mundos (séculos XIII e XIV). Dissertação (mestrado em História). Franca, UNESP, 2011. Disponível em: < https://www.franca.unesp.br/Home/Pos-graduacao/rafael-a-goncalves.pdf >. Acesso em 14/09/2020. As ordens religiosas revolucionaram o panorama religioso e social da Europa na Idade Média, abrindo espaço para uma nova abordagem social no Cristianismo; as ordens mencidcantes têm um grande destaque neste contexto histórico. Desta forma, assinale a alternativa correta sobre a outra grande novidade apresentada pelos mendicantes, além das missões evangelizadoras, em relação aos mosteiros: Alternativas: a) A aliança capital com as Ordens militares, que permitiram aos mendicantes a segurança no caminho entre as cidades e uma base de evangelização em Jerusalém. b) A aceitação de ordens formadas por mulheres e por pessoas casadas, ou solteiras que não queriam o celibato, o que aumentou o alcance de membros. c) A decisão de que, apesar de os membros terem de fazer votos de pobreza, a Ordem poderia acumular riquezas para terem uma base para as viagens de evangelização. d) A noção de que quem trabalhava não tinha tempo para fazer a missão evangelizadora, de forma que eles deveriam viver apenas de doações. e) A busca em fazer parte de um grupo que pregava a palavra de Deus, mas sem contato nenhum com o Papado, visto como um local de luxo e corrupção.
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4) A Escola de Chartres vai unir o pensamento físico e metafísico platónico, essencialmente tendo como referência o Timeu, juntamente com elementos da matemática pitagórica. (...) A Escola de Chartres uniu o pensamento simbólico ao pensamento científico procurando as marcas de Deus. RAMOS, José. A Escola de Chartres. Fénix – Ideias e Cultura. Jul. 2017. Disponível em https://www.revistafenix.pt/a-escola-de-chartres/. Acesso em 16 mai 2020. A importância da ‘Escola de Chartres’ para o desenvolvimento da Filosofia Medieval é dada pela unificação do pensamento intelectual aos debates teológicos de seu tempo. Deste modo, considerando o conteúdo apresentado, avalie as opções que se seguem e assinale a correta: Alternativas: a) Os autores ‘chartrianos’ redescobriram a filosofia de Platão e, por isto, enfatizavam a importância da fé, em uma perspectiva anti-humanista. b) De acordo com os autores da Escola de Chartres, o homem é um ser intrinsecamente irracional, pelo fato se orientar-se pelos instintos. c) A dissociação entre fé e razão é um dos principais elementos da ‘Escola de Chartres’, ao enfatizar a importância e o predomínio da Razão. d) A gramática é considerada secundária como arte liberal, haja visto que remete a educação formal da primeira infância. e) Thierry de Chartres demonstrou a relação entre Deus e a matéria por serem, ambos, o princípio criador de todas as coisas.
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