Desafio A pessoa deficiente visual, uma vez treinada e ambientada em conhecimentos de orientação e mobilidade, é capaz de realizar grandes conquistas e desenvolver sua vida com autonomia e liberdade. Pode inclusive praticar atividades físicas, esportivas e recreativas normalmente, com algumas adaptações quando necessárias. Mas, muitas vezes, elas não são apresentadas a essas atividades e acabam pensando que as aulas de Educação Física e espaços de prática esportiva não são para elas. Imagine que você é professor de Educação Física de uma turma do 7.º ano do Ensino Fundamental (com alunos de 12 anos em média) na qual há uma aluna cega. Os colegas de turma contaram que ela nunca participou de uma aula de Educação Física, ficando sempre sentada na arquibancada, aguardando o final da aula para voltar à sala de aula. Quando você conversou com a aluna, descobriu que ela tinha vontade de participar, mas nunca teve oportunidade e, além disso se sentia insegura. Então, você resolveu desenvolver uma brincadeira nova para essa turma, uma atividade que incluísse a aluna e que lhe fosse prazerosa. Seu desafio é criar uma brincadeira ou uma atividade para a turma dessa aluna que a inclua. Explique o objetivo da atividade, o tempo de desenvolvimento, os materiais necessários, os objetivos que pretende alcançar e como pretende verificar se o objetivo foi alcançado. Padrão de resposta esperado Nome da brincadeira: O que é o que é? Material: uma venda para os olhos e uma caixa ou sacola cheia de objetos (deve haver pelo menos um objeto diferente para cada aluno). Objetivo da atividade: conhecer a importância e funcionalidade dos sentidos, além de discutir acerca dos limites e possibilidades da pessoa com deficiência visual. Tempo da atividade: 1 hora. Desenvolvimento: os alunos deverão estar sentados no chão em um círculo, incluindo a aluna com deficiência visual. Deve-se escolher o primeiro a brincar. Este, após realizar a atividade, deve falar em voz alta o nome do próximo a brincar. Cada aluno deve ir na sua vez até o meio da roda, onde receberá uma caixa cheia de objetos. Com os olhos vendados, o aluno deverá dizer que objeto está em suas mãos. Os outros colegas estarão vendo o objeto, e um deles ficará responsável por falar para a colega deficiente visual qual é o objeto (sem que o colega vendado ouça). Não podem dar pistas, nem dicas de qual é o objeto. Cada um terá 1 minuto para descobrir. Caso acerte, será aplaudido pela turma; caso erre, terá que "pagar uma prenda", que deve ser tarefas simples, do tipo abraçar alguém, pular num pé só, imitar um animal ou contar uma piada, desde que não seja nada vexatório. A ideia é que seja divertido. Tudo que acontecer deve ser relatado em voz alta, e o professor deve ter cuidado com isso, afinal, a aluna deficiente visual, por não enxergar, perde elementos contextuais que não são audíveis. Quando for a vez da aluna deficiente visual, não se deve esquecer de colocar-lhe a venda. Ao final, após todos terem brincado, uma roda de conversa deverá ser desenvolvida para que discutam como se sentiram, quais dificuldades e facilidades tiveram. Nesse momento, deve-se aproveitar para discutir a questão de deficiência visual e convidar a colega a expor sua experiência. Essa é uma forma de quebrar barreiras e discutir de forma educativa aspectos importantes que ajudam na inclusão da aluna.
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