O feudalismo era um sistema de organização econômica, política e social da Europa Ocidental durante a Idade Média. Com as invasões bárbaras e a desagregação do Império Romano a partir do século V, a Europa inicia profunda reestruturação, marcada por descentralização do poder, ruralização e emprego de mão-de-obra servil. Com começo e fim graduais, o sistema feudal tem sua origem mais bem situada na França setentrional dos séculos IX e X e seu desaparecimento no século XVI.
Apesar de constituir um sistema fechado, que chega ao fim com a revisão de quase todos os seus valores pelo Renascimento, o feudalismo é um dos alicerces do Estado ocidental moderno. Os grandes conselhos de reis e de seus feudatários são os ancestrais diretos dos modernos parlamentos.
O feudalismo predominou na Europa durante toda Idade Média e segundo o téorico iluminista escocês, Lord Kames, o feudalismo é precedido pelo nomadismo e em certos locais do mundo pode ser sucedido pelo capitalismo.
Sociedade
A estrutura social é estabelecida com base nas relações de dependência pessoal, ou vassalagem, que abrangem desde o rei até o camponês livre. Há uma relação direta entre autoridade e posse da terra. O vassalo, ou subordinado, oferece ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho em troca de proteção e de um lugar no sistema de produção. Os camponeses, que trabalham nas terras dos senhores feudais, são os responsáveis por toda a atividade produtiva do feudo. Além de produzir para seu sustento, devem obrigações a seu senhor, como a corvéia, que consiste no trabalho gratuito e obrigatório durante três dias da semana. Devem também impostos, que são pagos em produtos ou dinheiro. Os senhores feudais formam a nobreza rural e têm poder para fazer os servos e os camponeses livres cumprirem as normas vigentes. Vivem em castelos fortificados, a melhor representação de seu poder civil e militar. Os cavaleiros armados garantem o domínio do senhorio sobre a terra.
Economia
O feudo constitui a unidade territorial da economia feudal. Caracteriza-se pela auto-suficiência econômica e pela ausência quase total do comércio e de intercâmbios monetários. A produção é predominantemente agropastoril, voltada para a subsistência, e as trocas são feitas com produtos, não com dinheiro. As cidades deixam de ser centros econômicos, os ofícios e o artesanato passam a se realizar nos próprios castelos.
Influência da Igreja
A Igreja Católica integra-se ao sistema feudal por meio dos mosteiros, que reproduzem a estrutura dos feudos. Transforma-se também em grande proprietária feudal, detém poder político e econômico e exerce forte controle sobre a produção científica e cultural da época.
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O feudalismo era um sistema de organização econômica, política e social da Europa Ocidental durante a Idade Média. Com as invasões bárbaras e a desagregação do Império Romano a partir do século V, a Europa inicia profunda reestruturação, marcada por descentralização do poder, ruralização e emprego de mão-de-obra servil. Com começo e fim graduais, o sistema feudal tem sua origem mais bem situada na França setentrional dos séculos IX e X e seu desaparecimento no século XVI.
Apesar de constituir um sistema fechado, que chega ao fim com a revisão de quase todos os seus valores pelo Renascimento, o feudalismo é um dos alicerces do Estado ocidental moderno. Os grandes conselhos de reis e de seus feudatários são os ancestrais diretos dos modernos parlamentos.
O feudalismo predominou na Europa durante toda Idade Média e segundo o téorico iluminista escocês, Lord Kames, o feudalismo é precedido pelo nomadismo e em certos locais do mundo pode ser sucedido pelo capitalismo.
Sociedade
A estrutura social é estabelecida com base nas relações de dependência pessoal, ou vassalagem, que abrangem desde o rei até o camponês livre. Há uma relação direta entre autoridade e posse da terra. O vassalo, ou subordinado, oferece ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho em troca de proteção e de um lugar no sistema de produção. Os camponeses, que trabalham nas terras dos senhores feudais, são os responsáveis por toda a atividade produtiva do feudo. Além de produzir para seu sustento, devem obrigações a seu senhor, como a corvéia, que consiste no trabalho gratuito e obrigatório durante três dias da semana. Devem também impostos, que são pagos em produtos ou dinheiro. Os senhores feudais formam a nobreza rural e têm poder para fazer os servos e os camponeses livres cumprirem as normas vigentes. Vivem em castelos fortificados, a melhor representação de seu poder civil e militar. Os cavaleiros armados garantem o domínio do senhorio sobre a terra.
Economia
O feudo constitui a unidade territorial da economia feudal. Caracteriza-se pela auto-suficiência econômica e pela ausência quase total do comércio e de intercâmbios monetários. A produção é predominantemente agropastoril, voltada para a subsistência, e as trocas são feitas com produtos, não com dinheiro. As cidades deixam de ser centros econômicos, os ofícios e o artesanato passam a se realizar nos próprios castelos.
Influência da Igreja
A Igreja Católica integra-se ao sistema feudal por meio dos mosteiros, que reproduzem a estrutura dos feudos. Transforma-se também em grande proprietária feudal, detém poder político e econômico e exerce forte controle sobre a produção científica e cultural da época.