Sarah22111
Na Inglaterra do século XIX, a literatura surgiu como uma ferramenta extremamente importante, um tipo especial de escrita encarregada de diversas funções. Usada como material de ensino, ela pôde oferecer aos colonos um panorama da força e da grandeza da própria nação, envolvendo, assim, as pessoas num clima de cooperação em direção à civilização.
Dentro das casas, ela desempenhava um papel igualmente fundamental no intuito de destacar valores diferentes àqueles tão propagados pela nova economia capitalista. Dessa maneira, ela contribuía para criar um senso de camaradagem entre as pessoas e para manter a sociedade unida apesar das diferenças de classes tão evidenciadas pelo sistema capitalista que crescia.
A literatura, então, era vista como um tipo especial de linguagem que poderia civilizar não apenas as classes mais baixas como também os aristocratas e as classes médias. Essa visão da literatura como um objeto estético que poderia “tornar as pessoas melhores” se baseia na ideia do chamado “sujeito liberal”, ou seja, o indivíduo definido não por sua posição e interesses sociais, mas por uma subjetividade livre de determinantes exteriores. Assim, a literatura é capaz de envolver a mente dos indivíduos em reflexões éticas, induzindo os leitores a avaliar condutas (próprias e de outros), desenvolvendo a sensibilidade e a faculdade imaginativa de forma a encorajar o crescimento do saber e capacidade de discernimento.
Um educador naquela época sustentava que, por meio do diálogo com a literatura, o coração das pessoas pode bater em direção a um sentimento de humanidade universal, descobrindo que nenhuma diferença de classe ou credo pode destruir o poder da palavra para encantar e instruir.
Apesar de apresentar essa função “civilizatória” e positiva tão evidente, alguns teóricos ainda argumentam que a literatura pode gerar passividade e aceitação fácil dos acontecimentos. Isso porque, segundo eles, ela encoraja a leitura e a reflexão solitárias como modo de distanciamento do mundo. Mas, por outro lado, é fato que a literatura sempre foi vista historicamente como uma força perigosa pelos detentores de poder. Ela é capaz de promover o questionamento dos arranjos sociais e, portanto, gerar transformações.
Enfim, a literatura está baseada na possibilidade de dizer o que se deseja das mais variadas formas. A obra literária pode ridicularizar ou incentivar qualquer crença, valor ou ideologia. Por isso ela não pode ser reduzida a uma função social conservadora: dificilmente ela é a fornecedora apenas de “valores familiares”. Ao contrário, ela pode tornar sedutores qualquer tipo de atitudes e posturas. Daí alguns estudiosos afirmarem que ela é uma instituição paradoxal.
Mas, o fato é que ela é capaz de induzir a mente dos leitores por entre caminhos antes inimagináveis, ampliando a capacidade de concentração, memorização, raciocínio e reflexão.
Além disso, ela é capaz, em alguns casos, de incentivar e motivar aqueles que precisam de exemplos a ser seguidos.
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Dentro das casas, ela desempenhava um papel igualmente fundamental no intuito de destacar valores diferentes àqueles tão propagados pela nova economia capitalista. Dessa maneira, ela contribuía para criar um senso de camaradagem entre as pessoas e para manter a sociedade unida apesar das diferenças de classes tão evidenciadas pelo sistema capitalista que crescia.
A literatura, então, era vista como um tipo especial de linguagem que poderia civilizar não apenas as classes mais baixas como também os aristocratas e as classes médias. Essa visão da literatura como um objeto estético que poderia “tornar as pessoas melhores” se baseia na ideia do chamado “sujeito liberal”, ou seja, o indivíduo definido não por sua posição e interesses sociais, mas por uma subjetividade livre de determinantes exteriores. Assim, a literatura é capaz de envolver a mente dos indivíduos em reflexões éticas, induzindo os leitores a avaliar condutas (próprias e de outros), desenvolvendo a sensibilidade e a faculdade imaginativa de forma a encorajar o crescimento do saber e capacidade de discernimento.
Um educador naquela época sustentava que, por meio do diálogo com a literatura, o coração das pessoas pode bater em direção a um sentimento de humanidade universal, descobrindo que nenhuma diferença de classe ou credo pode destruir o poder da palavra para encantar e instruir.
Apesar de apresentar essa função “civilizatória” e positiva tão evidente, alguns teóricos ainda argumentam que a literatura pode gerar passividade e aceitação fácil dos acontecimentos. Isso porque, segundo eles, ela encoraja a leitura e a reflexão solitárias como modo de distanciamento do mundo. Mas, por outro lado, é fato que a literatura sempre foi vista historicamente como uma força perigosa pelos detentores de poder. Ela é capaz de promover o questionamento dos arranjos sociais e, portanto, gerar transformações.
Enfim, a literatura está baseada na possibilidade de dizer o que se deseja das mais variadas formas. A obra literária pode ridicularizar ou incentivar qualquer crença, valor ou ideologia. Por isso ela não pode ser reduzida a uma função social conservadora: dificilmente ela é a fornecedora apenas de “valores familiares”. Ao contrário, ela pode tornar sedutores qualquer tipo de atitudes e posturas. Daí alguns estudiosos afirmarem que ela é uma instituição paradoxal.
Mas, o fato é que ela é capaz de induzir a mente dos leitores por entre caminhos antes inimagináveis, ampliando a capacidade de concentração, memorização, raciocínio e reflexão.
Além disso, ela é capaz, em alguns casos, de incentivar e motivar aqueles que precisam de exemplos a ser seguidos.