Durante o período escolar questionamos, geralmente, a utilidade das disciplinas estudadas. “Matemática, apesar de chata, é útil, pois nos ensina cálculos que são imprescindíveis para a vida cotidiana. Ajuda-nos a fazer compras, por exemplo”, argumentos como esses sempre aparecem entre estudantes adolescentes, vez ou outra; e sobre todas as disciplinas, incluindo a história. Entretanto, questionar a utilidade ou a importância da história para a vida cotidiana quase sempre resulta em respostas insatisfatórias.
Para tentar resolver, em parte, esse impasse, vamos pensar um pouco a partir da visão que um dos antigos pensadores romanos tinha da história. Para o orador romano Cícero, a história era a “mestra da vida” (em latim: historia magistra vitae). Com esta expressão, Cícero queria dizer que por meio dos exemplos do passado, dos sofrimentos e sucessos, das tragédias e dos grandes feitos das gerações anteriores, podemos extrair lições para nos orientarmos no presente, diante dos problemas que se apresentam.
Pois bem, mas Cícero vivia numa época em que as pessoas não tinham uma vida tão afetada por artefatos tecnológicos, automóveis, poluição visual e sonora, problemas psicológicos diversos e tantos outros aspectos da era contemporânea. E, além disso, na Roma Antiga, a história não era uma disciplina com estrutura científica, com metodologia precisa ou enquadramentos teóricos. Nossa época, ao contrário, não valoriza tanto os exemplos do passado como os antigos o faziam e, desse modo, a utilidade da história é sempre vista em outros termos.
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Durante o período escolar questionamos, geralmente, a utilidade das disciplinas estudadas. “Matemática, apesar de chata, é útil, pois nos ensina cálculos que são imprescindíveis para a vida cotidiana. Ajuda-nos a fazer compras, por exemplo”, argumentos como esses sempre aparecem entre estudantes adolescentes, vez ou outra; e sobre todas as disciplinas, incluindo a história. Entretanto, questionar a utilidade ou a importância da história para a vida cotidiana quase sempre resulta em respostas insatisfatórias.
Para tentar resolver, em parte, esse impasse, vamos pensar um pouco a partir da visão que um dos antigos pensadores romanos tinha da história. Para o orador romano Cícero, a história era a “mestra da vida” (em latim: historia magistra vitae). Com esta expressão, Cícero queria dizer que por meio dos exemplos do passado, dos sofrimentos e sucessos, das tragédias e dos grandes feitos das gerações anteriores, podemos extrair lições para nos orientarmos no presente, diante dos problemas que se apresentam.
Pois bem, mas Cícero vivia numa época em que as pessoas não tinham uma vida tão afetada por artefatos tecnológicos, automóveis, poluição visual e sonora, problemas psicológicos diversos e tantos outros aspectos da era contemporânea. E, além disso, na Roma Antiga, a história não era uma disciplina com estrutura científica, com metodologia precisa ou enquadramentos teóricos. Nossa época, ao contrário, não valoriza tanto os exemplos do passado como os antigos o faziam e, desse modo, a utilidade da história é sempre vista em outros termos.