O iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do iluminismo
Partindo desta ideia, podemos pensar no iluminismo/esclarecimento como forma de emancipação do ser humano, e como elemento para libertação da condição de menoridade (através do uso em conjunto da razão e da liberdade e desta como instrumento do homem para a busca do esclarecimento).
Para Kant (1985, p.100) a menoridade é a “incapacidade de servir do entendimento sem a orientação de outrem”, é a ausência do entender sem o auxilio de outro. No pensamento de Kant o único responsável pela menoridade do individuo é ele próprio, e somente ele, com liberdade, pode livrar-se dessa condição e para a emancipação da menoridade é importante que o indivíduo exerça plenamente sua liberdade – de falar, escrever, pensar. Para sair da menoridade é preciso buscar o esclarecimento, pensar por si próprio, sair da caverna da própria ignorância e ver o mundo com outros olhos.
Kant (1985) ainda assevera que o homem não pode renunciar ao esclarecimento, pois é um direito sagrado da humanidade, não podendo nem mesmo um governante decidir sobre o esclarecimento de seu povo. Ressaltando ainda que o governante deve ser fonte para a busca do esclarecimento.
Características do Iluminismo
Apesar de haver divergência de pensamentos entre os diversos autores iluministas, é possível anotar algumas tendências gerais comuns: “O que caracteriza as luzes, além da valorização do homem [...] é uma profunda crença na Razão humana e nos seus poderes” Além disso, “Tem-se, a partir da ascensão do pensamento filosófico e científico, em meados do século XVI, uma mudança acerca da funcionalidade da ciência e do lugar do indivíduo no mundo” . Vemos assim o racionalismo como “propulsor do saber” e a defesa do conhecimento científico e racional como meio para a superação de preconceitos e Ideologias tradicionais e busca do Esclarecimento.
Além disso, os filósofos do iluminismo tinham um ideal de luta pela liberdade, como dizia Diderot “o espírito do nosso século parece ser da liberdade” (apud FORTES, 1985). Em que o homem não deveria se guiar pelos pensamentos de outrem, mas pensar por si só, sendo dono do seu “próprio nariz”, se tornando um homem racional, deixando de lado as Ideologias retrógadas que cerceiam a liberdade e se voltando para a razão. Há, portanto, uma defesa intransigente da liberdade entre os pensadores iluministas (liberdade política, religiosa, de expressão, de imprensa).
A liberdade individual se torna o centro da discussão sobre política, à medida que a filosofia política iluminista promovia a centralidade dos direitos individuais, diferenciando os compromissos dos antigos e medievais da ordem e hierarquia. Nesse sentido, podemos afirmar que o iluminismo teve sua primeira expressão teórica, mais concentrada, em fins do século XVII, com o inglês John Locke – considerado o pai do liberalismo –, preocupado em “modificar” a concepção de súditos da coroa britânica para cidadãos. Defenderia a liberdade e a tolerância religiosa
Unicórnia9
O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa, que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas) e pregava maior liberdade econômica e política.
Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.
O Iluminismo tinha o apoio da burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham interesses comuns.
As críticas do movimento ao Antigo Regime eram em vários aspectos como: - Mercantilismo. -Absolutismo monárquico. - Poder da igreja e as verdades reveladas pela fé. Com base nos três pontos acima, podemos afirmar que o Iluminismo defendia: - A liberdade econômica, ou seja, sem a intervenção do estado na economia. - O Antropocentrismo, ou seja, o avanço da ciência e da razão. - O predomínio da burguesia e seus ideais.
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O iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do iluminismo
Partindo desta ideia, podemos pensar no iluminismo/esclarecimento como forma de emancipação do ser humano, e como elemento para libertação da condição de menoridade (através do uso em conjunto da razão e da liberdade e desta como instrumento do homem para a busca do esclarecimento).
Para Kant (1985, p.100) a menoridade é a “incapacidade de servir do entendimento sem a orientação de outrem”, é a ausência do entender sem o auxilio de outro. No pensamento de Kant o único responsável pela menoridade do individuo é ele próprio, e somente ele, com liberdade, pode livrar-se dessa condição e para a emancipação da menoridade é importante que o indivíduo exerça plenamente sua liberdade – de falar, escrever, pensar. Para sair da menoridade é preciso buscar o esclarecimento, pensar por si próprio, sair da caverna da própria ignorância e ver o mundo com outros olhos.
Kant (1985) ainda assevera que o homem não pode renunciar ao esclarecimento, pois é um direito sagrado da humanidade, não podendo nem mesmo um governante decidir sobre o esclarecimento de seu povo. Ressaltando ainda que o governante deve ser fonte para a busca do esclarecimento.
Apesar de haver divergência de pensamentos entre os diversos autores iluministas, é possível anotar algumas tendências gerais comuns: “O que caracteriza as luzes, além da valorização do homem [...] é uma profunda crença na Razão humana e nos seus poderes” Além disso, “Tem-se, a partir da ascensão do pensamento filosófico e científico, em meados do século XVI, uma mudança acerca da funcionalidade da ciência e do lugar do indivíduo no mundo” . Vemos assim o racionalismo como “propulsor do saber” e a defesa do conhecimento científico e racional como meio para a superação de preconceitos e Ideologias tradicionais e busca do Esclarecimento.
Além disso, os filósofos do iluminismo tinham um ideal de luta pela liberdade, como dizia Diderot “o espírito do nosso século parece ser da liberdade” (apud FORTES, 1985). Em que o homem não deveria se guiar pelos pensamentos de outrem, mas pensar por si só, sendo dono do seu “próprio nariz”, se tornando um homem racional, deixando de lado as Ideologias retrógadas que cerceiam a liberdade e se voltando para a razão. Há, portanto, uma defesa intransigente da liberdade entre os pensadores iluministas (liberdade política, religiosa, de expressão, de imprensa).
A liberdade individual se torna o centro da discussão sobre política, à medida que a filosofia política iluminista promovia a centralidade dos direitos individuais, diferenciando os compromissos dos antigos e medievais da ordem e hierarquia. Nesse sentido, podemos afirmar que o iluminismo teve sua primeira expressão teórica, mais concentrada, em fins do século XVII, com o inglês John Locke – considerado o pai do liberalismo –, preocupado em “modificar” a concepção de súditos da coroa britânica para cidadãos. Defenderia a liberdade e a tolerância religiosa
obs.: breve resumo do meu livro de historia
Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.
O Iluminismo tinha o apoio da burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham interesses comuns.
As críticas do movimento ao Antigo Regime eram em vários aspectos como:
- Mercantilismo.
-Absolutismo monárquico.
- Poder da igreja e as verdades reveladas pela fé.
Com base nos três pontos acima, podemos afirmar que o Iluminismo defendia:
- A liberdade econômica, ou seja, sem a intervenção do estado na economia.
- O Antropocentrismo, ou seja, o avanço da ciência e da razão.
- O predomínio da burguesia e seus ideais.