Galileo
A globalização afeta a todos. Até os países ou pessoas não-inseridos. É globalização o avanço das atividades econômicas mediante a expansão das comunicações e meios de transportes. E estes impulsionados pelos avanços tecnológicos. Desde que se iniciou, com as Grandes Navegações há 500 anos, ela agrega e desagrega nações. Os agregados compartilham as inovações tecnológicas, as trocas culturais, asseguram suas economias. Os desagregados, estão desagregados. Ficam com as sobras ou o resto do mundo globalizado. São tecnologicamente atrasados e a economia é frágil, não raro essencialmente agrícola. O que é comum a todos, com a globalização, são os efeitos dela: a devastação ambiental, que cobra seu preço.
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krb2012
Nas últimas décadas, o tema da globalização tem ocupado espaço cada vez maior nas pautas das reuniões de organizações internacionais e nos fóruns do debate mundiais. O recente fim de século e de milênio propiciou uma oportunidade de reflexão em escala mundial sobre os rumos da história ao longo dos últimos cem anos, e estimulou o pensamento sobre o futuro da humanidade face aos novos desafios e dilemas do mundo moderno. Não é possível afirmar que exista qualquer consenso ou diagnóstico definitivo sobre o passado, presente e futuro do processo de globalização por que atravessa o mundo moderno. A tentativa de comparar a atual integração mundial com épocas de globalização no passado não está isenta de perigos e armadilhas, em função das novas circunstâncias e variáveis em que se insere o processo de reestruturação da nova ordem internacional. Para procurar entender o fenômeno é preciso, em primeiro lugar, definir os termos, e, depois, dividir a questão de modo a separar as possíveis variáveis que contribuem para explicar o conjunto. Dada a complexidade do fenômeno da integração mundial, torna-se especialmente necessária essa separação dos fatores que estão contribuindo para a nova conformação do cenário internacional. Antes, porém de iniciar a análise, é importante comentar que há duas visões, contraditórias e irreconciliáveis em relação à globalização. Uma delas, em fase de complexidade do tema, renuncia a uma tentativa de compreensão global, e enuncia fatos ocorridos ao redor do globo sem procurar uma explicação unitária, impossível de ser alcançada sob este ponto de vista. A tentativa de interpretação,unitária, como um trabalho de Sísifo, estaria condenada ao fracasso. Os eventos mundiais seriam apenas flashes que iluminariam o escuro cenário mundial, impossível de ser captado de modo unitário. O outro enfoque, mais próximo da perspectiva científica, procura um método de análise, a partir da observação da realidade e, ao mesmo tempo, divide o estudo das questões de modo a iluminar cada canto do cenário. A reconstituição metódica das luzes permitiria uma visão integrada do quadro mundial. Esta segunda perspectiva é mais desafiadora e fértil. O presente estudo adota a segunda perspectiva e procura focalizar quatro importantes fatores que têm contribuído de forma diversa para configurar o processo de globalização nos últimos 20 anos, ou seja, desde o início dos anos 80: a globalização nas comunicações, a econômica, a política e a dos valores presentes no convívio em todos os níveis: pessoal, social, nacional e mundial. A ligação entre eles é clara: a revolução das comunicações favorece e permite a integração econômica. O fator econômico, por sua vez, tem implicações no cenário e no relacionamento político. E o elemento político, em última instância, está presidido por valores e princípios. A presença ou ausência de valores éticos e princípios morais nas pessoas que comandam a política, a cultura, a economia e as comunicações é fundamental para compreender a evolução da humanidade, e o processo de globalização em curso. Outra maneira de enunciar, o mesmo processo é dizer que a informação-favorecida pela comunicação- é necessária para tomar decisões econômicas. A economia, por sua vez, está a serviço da política e a política deveria perseguir o bem da sociedade, norteada por princípios ou valores éticos. Este ponto de partida descansa na ideia de que a ação humana é intencional e as pessoas se dirigem a determinados fins quando atuam. O triste atentado terrorista ao coração de Nova York, no ano passado, é um exemplo claro desse ponto de vista. Embora, condenável sob todos os pontos de vista,a motivação dos terroristas suicidas provinha de valores compartilhados. Apesar de os valores que motivaram suas ações serem totalmente condenáveis, nem por isso deixam de ser valores. Nas entrelinhas da carta da América, divulgada em fevereiro de 2002 pelo Institute for American Values e assinada por 60 intelectuais americanos, dentre eles Samuel Huntington e Francis Fukuyama, condenando todos os radicalismos e extremismos que matam em nome da fé, suprimem a liberdade das consciências, desrespeitam a liberdade humana e ferem a dignidade da pessoa humana, encontram-se valores que vão muito além dos interesses comerciais ou econômicos.
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É globalização o avanço das atividades econômicas mediante a expansão das comunicações e meios de transportes. E estes impulsionados pelos avanços tecnológicos.
Desde que se iniciou, com as Grandes Navegações há 500 anos, ela agrega e desagrega nações. Os agregados compartilham as inovações tecnológicas, as trocas culturais, asseguram suas economias. Os desagregados, estão desagregados. Ficam com as sobras ou o resto do mundo globalizado. São tecnologicamente atrasados e a economia é frágil, não raro essencialmente agrícola.
O que é comum a todos, com a globalização, são os efeitos dela: a devastação ambiental, que cobra seu preço.
Não é possível afirmar que exista qualquer consenso ou diagnóstico definitivo sobre o passado, presente e futuro do processo de globalização por que atravessa o mundo moderno. A tentativa de comparar a atual integração mundial com épocas de globalização no passado não está isenta de perigos e armadilhas, em função das novas circunstâncias e variáveis em que se insere o processo de reestruturação da nova ordem internacional.
Para procurar entender o fenômeno é preciso, em primeiro lugar, definir os termos, e, depois, dividir a questão de modo a separar as possíveis variáveis que contribuem para explicar o conjunto. Dada a complexidade do fenômeno da integração mundial, torna-se especialmente necessária essa separação dos fatores que estão contribuindo para a nova conformação do cenário internacional.
Antes, porém de iniciar a análise, é importante comentar que há duas visões, contraditórias e irreconciliáveis em relação à globalização. Uma delas, em fase de complexidade do tema, renuncia a uma tentativa de compreensão global, e enuncia fatos ocorridos ao redor do globo sem procurar uma explicação unitária, impossível de ser alcançada sob este ponto de vista. A tentativa de interpretação,unitária, como um trabalho de Sísifo, estaria condenada ao fracasso. Os eventos mundiais seriam apenas flashes que iluminariam o escuro cenário mundial, impossível de ser captado de modo unitário.
O outro enfoque, mais próximo da perspectiva científica, procura um método de análise, a partir da observação da realidade e, ao mesmo tempo, divide o estudo das questões de modo a iluminar cada canto do cenário. A reconstituição metódica das luzes permitiria uma visão integrada do quadro mundial. Esta segunda perspectiva é mais desafiadora e fértil.
O presente estudo adota a segunda perspectiva e procura focalizar quatro importantes fatores que têm contribuído de forma diversa para configurar o processo de globalização nos últimos 20 anos, ou seja, desde o início dos anos 80: a globalização nas comunicações, a econômica, a política e a dos valores presentes no convívio em todos os níveis: pessoal, social, nacional e mundial.
A ligação entre eles é clara: a revolução das comunicações favorece e permite a integração econômica. O fator econômico, por sua vez, tem implicações no cenário e no relacionamento político. E o elemento político, em última instância, está presidido por valores e princípios. A presença ou ausência de valores éticos e princípios morais nas pessoas que comandam a política, a cultura, a economia e as comunicações é fundamental para compreender a evolução da humanidade, e o processo de globalização em curso.
Outra maneira de enunciar, o mesmo processo é dizer que a informação-favorecida pela comunicação- é necessária para tomar decisões econômicas. A economia, por sua vez, está a serviço da política e a política deveria perseguir o bem da sociedade, norteada por princípios ou valores éticos. Este ponto de partida descansa na ideia de que a ação humana é intencional e as pessoas se dirigem a determinados fins quando atuam.
O triste atentado terrorista ao coração de Nova York, no ano passado, é um exemplo claro desse ponto de vista. Embora, condenável sob todos os pontos de vista,a motivação dos terroristas suicidas provinha de valores compartilhados. Apesar de os valores que motivaram suas ações serem totalmente condenáveis, nem por isso deixam de ser valores.
Nas entrelinhas da carta da América, divulgada em fevereiro de 2002 pelo Institute for American Values e assinada por 60 intelectuais americanos, dentre eles Samuel Huntington e Francis Fukuyama, condenando todos os radicalismos e extremismos que matam em nome da fé, suprimem a liberdade das consciências, desrespeitam a liberdade humana e ferem a dignidade da pessoa humana, encontram-se valores que vão muito além dos interesses comerciais ou econômicos.
ESPERO DE ALGUMA FORMA, TER AJUDADO !! (: