A informação em consulta psicológica — isto é, manter o paciente informado tanto de seu diagnóstico quanto das questões da psicoterapia e do contrato terapêutico — tem funções tanto éticas quanto terapêuticas para o psicodiagnóstico. Informar o paciente sobre o seu diagnóstico é uma tarefa que deve ser realizada com o máximo cuidado pelo profissional. Sobre esse tema, leia o caso a seguir:

Celina, uma estagiária em psicologia, trabalha com um grupo de pesquisa sobre psicodiagnóstico. Celina participa como bolsista de iniciação científica e atende os pacientes usando entrevistas clínicas e anamnese para colaborar com a coleta de dados do grupo, do qual participam mestrandos e doutorandos. Após as entrevistas clínicas, Celina comunica para o paciente o resultado da avaliação e tem o dever de informar o paciente sobre o encaminhamento decidido.

Durante uma experiência desse tipo, Celina precisou comunicar a um paciente um resultado especialmente delicado e complexo. Para isso, ela utilizou o que estudou em livros de autores como Carrió (2012) e o que ela tem observado da conduta de profissionais mais experientes. Celina chamou o paciente Paulo e seu acompanhante ao consultório para comunicar o diagnóstico. Ela escolheu o consultório por se tratar de um local mais reservado e sigiloso, o que, na percepção da estagiária, fomenta a manutenção de postura adequada e ética. Paulo, por sua vez, é um paciente ansioso, que fica nervoso com notícias difíceis. Ele apresentava, até então, muita expectativa com os resultados da avaliação psicológica (e dúvidas com relação à confiabilidade). Diante disso, Celina avaliou que Paulo é um paciente que precisaria de mais tempo para entender a realidade da situação psicodiagnóstica. Celina comunicou a Paulo o diagnóstico de uma maneira que permitiu a Paulo tomar consciência da realidade do quadro no seu tempo. O paciente foi encaminhado para psicoterapia para lidar com as questões. Celina deixou claro que, para qualquer outra dúvida, o paciente poderia entrar em contato com a equipe.

A partir desse relato e dos estudos da obra de Carrió (2012) sobre entrevistas clínicas, marque a alternativa que corresponde à atitude da psicóloga Celina para comunicar o psicodiagnóstico ao paciente:


A.
Tomada de precauções.


B.
Confirmação da assimilação.


C.
Exemplificação.


D.
Enunciação parcimoniosa.


E.
Enunciação autoritária.
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