A um poema Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino, escreve! No aconhego Do claustro, na paciência e no sossego, Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego Do esforço; e a trama viva se construa De tal modo, que a imagem fique nua, Rica mas sóbria, como um templo grego.
Não se mostre na fábrica o suplício Do mestre. E, natural, o efeito agrade, Sem lembrar os andaimes do edifício.
Porque a Beleza, gêmea da Verdade, Arte pura, inimiga do artifício, E a força e a graça na simplicidade.
1) Qual a temática do texto?
2) Explique como a ideia de "arte pela arte" se manifesta no texto?
3) Alguns críticos costumam apontar , como consequência do culto excessivo da forma, certa frieza e ausência de sensibilidade nos poemas parnasianos. O soneto lido confirma esse ponto de vista? Justifique sua resposta.
4) A partir da compreensão do texto, destaque, pelo menos, três características do estilo parnasiano.
1) O poema representa a árdua tarefa de escrever perfeitamente, priorizando apenas a estética, e não o conteúdo, criando assim, um poema metricamente planejado.
2) O estilo parnasiano é regido pela sede de perfeição estética. Para eles, não importam o sentimentalismo exposto ao escrever, e sim se, diante da métrica e da estrutura, o poema encontra-se perfeito. Arte pela arte significa a priorização estética e, no poema, percebe-se pela descrição da busca pela forma perfeita. A partir da função metalinguística (que usa um poema para falar de outro poema, no caso, de sua criação) encontra-se a luta pela perfeição estética.
3) Sim. O poema, ao longo dos versos, demonstra apenas o quão é necessário "sofrer" para atingir o objetivo da tarefa, que seria a perfeição estética. Não há vestígios de sentimentalismos e o quão importante seria demonstra-los durante a escrita. Nos seguintes versos percebemos a frieza e obsessão pela forma: "Porque a Beleza, gêmea da Verdade,/ Arte Pura, inimiga do artíficio,/ E a força e a graça na simplicidade." Destaca-se principalmente o quão sério eles consideravam a Arte pela Arte.
4) Encontra-se no poema uma ausência de sentimentalismos, o culto a forma estética e a preciosidade formal e a valorização da Arte pela Arte, em que não devia-se medir esforços para conseguir alcançar a perfeição do fazer poético.
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1) O poema representa a árdua tarefa de escrever perfeitamente, priorizando apenas a estética, e não o conteúdo, criando assim, um poema metricamente planejado.
2) O estilo parnasiano é regido pela sede de perfeição estética. Para eles, não importam o sentimentalismo exposto ao escrever, e sim se, diante da métrica e da estrutura, o poema encontra-se perfeito. Arte pela arte significa a priorização estética e, no poema, percebe-se pela descrição da busca pela forma perfeita. A partir da função metalinguística (que usa um poema para falar de outro poema, no caso, de sua criação) encontra-se a luta pela perfeição estética.
3) Sim. O poema, ao longo dos versos, demonstra apenas o quão é necessário "sofrer" para atingir o objetivo da tarefa, que seria a perfeição estética. Não há vestígios de sentimentalismos e o quão importante seria demonstra-los durante a escrita. Nos seguintes versos percebemos a frieza e obsessão pela forma: "Porque a Beleza, gêmea da Verdade,/ Arte Pura, inimiga do artíficio,/ E a força e a graça na simplicidade." Destaca-se principalmente o quão sério eles consideravam a Arte pela Arte.
4) Encontra-se no poema uma ausência de sentimentalismos, o culto a forma estética e a preciosidade formal e a valorização da Arte pela Arte, em que não devia-se medir esforços para conseguir alcançar a perfeição do fazer poético.